Tendências
Folha de São Paulo
19/11/2014 09h26 | Atualizada em 26/11/2014 15h12
O desempenho do Brasil na área de infraestrutura nos últimos anos foi baixo em comparação ao de países emergentes e desenvolvidos.
Dados levantados pelos economistas João Manoel Pinho de Mello, do Insper, e Vinícius Carrasco, da PUC-Rio, mostram que a qualidade da infraestrutura piorou em vários aspectos em anos recentes e que o volume de investimento ainda é baixo sob a perspectiva internacional.
Estatísticas do relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial indicam que a qualidade geral da infraestrutura brasileira teve recuo de 2,1% entre 2010 e 2014.
A pequena queda recente seguiu um período de alta a partir de meados da década passada, mas contrasta com o processo de melhoria contínua de outros paíse
...O desempenho do Brasil na área de infraestrutura nos últimos anos foi baixo em comparação ao de países emergentes e desenvolvidos.
Dados levantados pelos economistas João Manoel Pinho de Mello, do Insper, e Vinícius Carrasco, da PUC-Rio, mostram que a qualidade da infraestrutura piorou em vários aspectos em anos recentes e que o volume de investimento ainda é baixo sob a perspectiva internacional.
Estatísticas do relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial indicam que a qualidade geral da infraestrutura brasileira teve recuo de 2,1% entre 2010 e 2014.
A pequena queda recente seguiu um período de alta a partir de meados da década passada, mas contrasta com o processo de melhoria contínua de outros países.
Para a média dos países emergentes acompanhados pelo Fórum, a qualidade geral da infraestrutura aumentou 10,2% entre 2010 e 2014, embora já partisse de um patamar acima do brasileiro. Tendências semelhantes aparecem em setores específicos.
A percepção negativa em relação à situação da infraestrutura no país pode indicar que o aumento dos investimentos nos últimos anos não tem sido capaz nem de recuperar o desgaste sofrido pelas estruturas já existentes, como estradas e ferrovias.
"A piora na qualidade sugere que os investimentos não estão nem compensando a depreciação, o que é preocupante, já que precisamos ir muito além disso", diz Mello.
Estimativa dos economistas Cláudio Frischtak e Katharina Davies indica que os investimentos do Brasil em infraestrutura atingiram o equivalente a 2,45% do PIB em 2013.
Segundo os especialistas, o valor é, de fato, menor do que o mínimo necessário para compensar a depreciação, que seria de 3% do PIB.
28 de julho 2020
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