Construção
O Estado de São Paulo
16/07/2014 12h03 | Atualizada em 23/07/2014 14h46
A instalação de uma fábrica de caminhões no Brasil, pela gigante estatal chinesa Dongfeng Motor deveria ser motivo de comemoração na próxima semana, quando o país recebe a visita do presidente chinês Xi Jinping.
No entanto, o clima em torno do acordo não está para celebrações.
Nos últimos meses, a promessa de um negócio bilionário acabou mergulhada em uma série de desentendimentos entre a Dongfeng, maior fabricante de caminhões da China e a segunda do mundo, e a parceira brasileira Aurium Trading & Investimentos. A razão: os chineses decidiram engavetar o projeto.
As divergências na joint venture binacional foi parar na Corte de Arbitragem Internacional de Londres (LCIA). Na ação, os brasileiros acusam os chin
...A instalação de uma fábrica de caminhões no Brasil, pela gigante estatal chinesa Dongfeng Motor deveria ser motivo de comemoração na próxima semana, quando o país recebe a visita do presidente chinês Xi Jinping.
No entanto, o clima em torno do acordo não está para celebrações.
Nos últimos meses, a promessa de um negócio bilionário acabou mergulhada em uma série de desentendimentos entre a Dongfeng, maior fabricante de caminhões da China e a segunda do mundo, e a parceira brasileira Aurium Trading & Investimentos. A razão: os chineses decidiram engavetar o projeto.
As divergências na joint venture binacional foi parar na Corte de Arbitragem Internacional de Londres (LCIA). Na ação, os brasileiros acusam os chineses de descumprirem obrigações do acordo e cobram o pagamento de R$ 1,67 bilhão por danos e pela violação do contrato.
A Dongfeng tinha tudo pronto para erguer uma fábrica em Pouso Alegre, MG. O empreendimento previa mais de R$ 1 bilhão em investimentos e a contratação de 3 mil trabalhadores. Pelo acordo, a fábrica seria construída em 2014 e os primeiros caminhões da marca chinesa estariam rodando em estradas brasileiras em 2015.
As desavenças entre as sócias levaram o Brasil a incluir o assunto na pauta das relações comerciais bilaterais.
Apesar dos reveses, o estado mineiro ainda vê chances de o negócio vingar. O município que oferecer uma área de 1,5 milhão de m² para sediar as instalações da fábrica, conseguiu atrair a empresa chinesa XCMG. A fabricante de máquinas pesadas abriu as portas em junho, após injetar R$ 330 milhões na planta. o desembolso total deve chegar a R$ 1 bilhão.
Volvo quer concluir joint venture
No centro dos desentendimentos está a fabricante sueca Volvo, que, no início de 2013 comprou 45% das operações da subsidiária do grupo Dongfeng que se instalaria no Brasil. Segundo fontes a par das negociações, a entrada da Volvo na chinesa teria causado a suspensão do projeto. A empresa teria exercido poder de sócia para paralisar o plano e defender sua participação no mercado local.
No entanto, a Volvo destaca a intenção de concluir a joint venture com a chinesa DFCV (Dongfeng Commercial Vehicles), assim que possível.
Em janeiro deste ano, a Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional da China aprovou a pareceria entre a Volvo Group e a Dongfeng Motor Group.
Outras aprovações de órgãos chineses, no entanto, ainda são aguardadas. A expectativa é de que o processo seja concluído em breve.
03 de junho 2019
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade