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Bens de capital é setor com maior exposição direta à Rússia na Bolsa

Impacto do conflito para empresas brasileiras com ações negociadas na Bolsa de Valores tende a ser limitado

Folha de S.Paulo

08/03/2022 11h00

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, empresas do setor de bens de capital estão entre as principais empresas brasileiras com ações negociadas na Bolsa de Valores com algum tipo de exposição comercial mais direta aos mercados da Rússia e da Ucrânia.

A Weg, cujos papéis fazem parte do índice de ações Ibovespa, além de Randon e Iochpe-Maxion, estão entre as principais companhias de capital aberto do mercado local que desempenham atividades comerciais na região, segundo levantam

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Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, empresas do setor de bens de capital estão entre as principais empresas brasileiras com ações negociadas na Bolsa de Valores com algum tipo de exposição comercial mais direta aos mercados da Rússia e da Ucrânia.

A Weg, cujos papéis fazem parte do índice de ações Ibovespa, além de Randon e Iochpe-Maxion, estão entre as principais companhias de capital aberto do mercado local que desempenham atividades comerciais na região, segundo levantamento de analistas de ações do BTG Pactual.

"Os impactos diretos [para o mercado brasileiro] são pequenos, pois apenas as empresas de bens de capital têm exposição de vendas para a região hoje”, dizem os analistas do banco.

“No entanto, como de costume, a crescente instabilidade deve afetar os preços globais das commodities, trazendo impactos secundários para nossas teses de investimento.”

Os analistas da XP Investimentos, por sua vez, apontam três grandes impactos para as empresas de bens de capital no contexto do conflito: implicações inflacionárias, refletindo o aumento dos preços das commodities e a desvalorização do real; efeito da desaceleração da economia europeia nas empresas mais expostas à região; e aversão ao risco por parte dos investidores.

Apesar da exposição, os analistas assinalam que o impacto tende a ser limitado – no caso da fabricante de motores Weg, que tem um escritório comercial na Rússia, por exemplo, os negócios na região representaram apenas 0,3% do lucro líquido de R$ 3,6 bilhões registrado em 2021.

Os analistas do BTG Pactual destacam ainda que a Randon também vende produtos para a região, mas em uma proporção que representa igualmente apenas 0,3% das vendas da empresa, que reportou receitas de R$ 9 bilhões no ano passado, uma alta de 67% ante 2020.

Os analistas da XP dizem que, embora a depreciação do real possa beneficiar as exportações da empresa, a redução da demanda induzida pela inflação no Brasil e as pressões de custos sobre os aumentos de matérias-primas podem ter papel preponderante para os próximos resultados operacionais.

"Embora valha ressaltar a exposição da Randon ao agronegócio, potencialmente beneficiado por preços mais altos de commodities, que deveria compensar parcialmente este ambiente econômico mais desafiador no Brasil", salientam os especialistas.

Com relação à Iochpe-Maxion, os analistas do BTG Pactual dizem que a empresa também comercializa rodas no mercado do Leste Europeu, mas, mais uma vez, o negócio representa apenas uma fração de suas vendas consolidadas.

"Assumimos que é tão pequeno quanto as outras empresas, portanto, abaixo de 1%." Os analistas da XP, por sua vez, assinalam que a Iochpe-Maxion é a empresa mais exposta ao continente europeu e, portanto, a que tende a ser mais impactada pelos conflitos na região do Leste Europeu dentro do setor.

A empresa conta com uma planta industrial na Turquia que tem um importante papel no fornecimento de seus produtos para a Europa Ocidental e Oriental. "As perspectivas de rentabilidade da empresa podem ficar sob pressão, se os preços do alumínio e do aço subirem em um cenário de restrição de oferta", acentuam.

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