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Banco enxerga em algas uma alternativa de matéria-prima com grande potencial

Valor Econômico

23/06/2010 15h10 | Atualizada em 23/06/2010 18h53

A produção de biodiesel a partir de algas, uma iniciativa ainda em fase de pesquisa, é tratada pelos técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como a mais promissora alternativa para o segmento no longo prazo.

"A expectativa em relação a esse biodiesel é enorme", diz o estudo do banco, ressaltando que, além de "supostamente" o biodiesel de algas ser mais produtivo do que qualquer cultura vegetal, as algas absorvem gás carbônico (CO2), crescem rápida e exponencialmente, podem ser cultivadas em espaços pequenos - piscinas e lagoas, por exemplo - e não são utilizadas, em geral, como alimentos. Mas André do Amaral Mendes,

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A produção de biodiesel a partir de algas, uma iniciativa ainda em fase de pesquisa, é tratada pelos técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como a mais promissora alternativa para o segmento no longo prazo.

"A expectativa em relação a esse biodiesel é enorme", diz o estudo do banco, ressaltando que, além de "supostamente" o biodiesel de algas ser mais produtivo do que qualquer cultura vegetal, as algas absorvem gás carbônico (CO2), crescem rápida e exponencialmente, podem ser cultivadas em espaços pequenos - piscinas e lagoas, por exemplo - e não são utilizadas, em geral, como alimentos. Mas André do Amaral Mendes, um dos autores do trabalho, ressalva que, dado o estágio das pesquisas, as algas neste momento são apenas "uma promessa, uma alternativa para o futuro".

Quanto ao problema do excesso de capacidade produtiva destacado pelo trabalho, os técnicos do BNDES apresentam três cenários para o comportamento futuro da produção e demanda. No primeiro, a mistura de biodiesel ao diesel mineral é mantida nos 5% e não haveria o fechamento de nenhuma das 63 plantas autorizadas a operar até novembro do ano passado. Nesse cenário, com uma estimativa de aumento da demanda de 3,6% ao ano a partir de 2011, até 2018 ainda haveria capacidade ociosa, o que poderia estimular uma consolidação na área.

No segundo cenário, a legislação determinaria o aumento da mistura para B6 em 2011 e B7 em 2012, com o crescimento da demanda estabilizando-se em 3,6% a partir de 2013. Aqui, a capacidade ociosa seria menor e os autores preveem que a partir de 2016 haveria necessidade de investimentos em novas plantas. Na terceira alternativa, o percentual da mistura chegaria a B8 em 2013, permitindo a eliminação do excesso de capacidade já entre 2014 e 2015.

Nos dois últimos cenários seria necessário um pronunciamento dos fabricantes de veículos sobre o comportamento dos motores com as novas misturas. Mendes ressaltou que até agora as montadoras só chancelaram a mistura B5.

Também não foi levada em conta a possibilidade de exportação de biodiesel. Por enquanto, essa alternativa é considerada muito remota diante das barreiras técnicas impostas pelos países europeus, principais usuários de diesel, como forma de proteger seus próprios produtores. Para o futuro, quando o Brasil tornar-se exportador de diesel - após a construção das grandes refinarias da Petrobras no Nordeste - o País poderia exportar a mistura pronta.

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