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Baixa demanda é o principal obstáculo à recuperação da indústria da construção

Apesar do baixo ritmo do setor, os empresários esperam o aumento da atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.

Assessoria de Imprensa

09/05/2018 09h36 | Atualizada em 09/05/2018 15h37

Com a demanda fraca, a indústria da construção continua operando com baixo ritmo de atividade, elevada ociosidade e queda no número de empregados.

O indicador de nível de atividade do setor ficou em 47,1 pontos em março, o maior desde novembro de 2013. Mesmo assim, o índice está abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o aumento da queda na atividade.

O nível de utilização da capacidade de operação ficou em 57%. Isso significa que as empresas operaram com 43% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados em março, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada no final de abril pela Confederação Naci

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Com a demanda fraca, a indústria da construção continua operando com baixo ritmo de atividade, elevada ociosidade e queda no número de empregados.

O indicador de nível de atividade do setor ficou em 47,1 pontos em março, o maior desde novembro de 2013. Mesmo assim, o índice está abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o aumento da queda na atividade.

O nível de utilização da capacidade de operação ficou em 57%. Isso significa que as empresas operaram com 43% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados em março, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada no final de abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador de número de empregados subiu 1,3 ponto em relação a fevereiro e ficou em 45,4 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando está abaixo dos 50 pontos mostra queda do emprego.

"A recuperação da indústria da construção depende de uma situação mais favorável dos consumidores. As pessoas precisam ter mais segurança em relação ao emprego, à renda e à situação financeira em geral para comprar um imóvel", diz Marcelo Azevedo, economista da CNI. "Os consumidores ainda estão muito receosos para assumir um financiamento alto e de longo prazo", completa Azevedo.

Por isso, a demanda interna insuficiente, com 34,2% das assinalações, foi o principal obstáculo enfrentado pelas empresas no primeiro trimestre do ano. O número de menções ao problema aumentou 4,4 pontos percentuais em relação ao último trimestre do ano. Em segundo lugar na lista de problemas, aparece a elevada carga tributária, com 32% das respostas e, em terceiro, os empresários citam a falta de capital de giro.

O levantamento mostra que as condições financeiras das empresas pioraram no primeiro trimestre. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional caiu para 34,4 pontos, 2,6 pontos abaixo do registrado no quarto trimestre de 2017. O índice de satisfação com a situação financeira recuou para 39,2 pontos.

Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram insatisfação com o lucro e com a situação financeira. O crédito também ficou mais difícil. Depois de quatro trimestres de crescimento, o índice de facilidade de acesso ao crédito caiu para 30,2 pontos.

Confiança

A pesquisa informa ainda que as perspectivas são positivas. Mesmo com as leves quedas registradas em abril frente a março, todos os indicadores de expectativas estão acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.

A disposição para investir também melhorou. O indicador de intenção de investimento aumentou 4,1 pontos em relação a março e ficou em 35,2 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2015. Isso, avalia a CNI, pode contribuir para a recuperação do setor nos próximos meses.

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