Rotineiros em obras de construção civil do Brasil, os serviços de corte e perfuração de concreto (SCPC) são utilizados principalmente na abertura de passagens para tubulações e execução de pisos e lajes em edificações.

O método também é aplicado na área industrial, que tem prazos exíguos de execução, o que torna obrigatória a sua utilização, muitas vezes em condições inóspitas de temperatura, umidade, toxicidade, imersão e áreas explosivas.

Atualmente, milhares de empresas já atuam na área no país, a maioria no estado de São Paulo. Todavia, esse avanço da aplicação também tem pressionado o setor.

“O setor vive uma crise devido ao grande número de empresas que estão entrando no mercado, tornando-o competitivo, acirrado e pouco inteligente, com preços muito baixos”, explica Gilberto Giassetti, diretor da Porto Seguro Cortes e Furos, empresa de Jundiaí (SP) especializada no segmento.

Segundo ele, o que pode fazer a diferença na sobrevivência dessas empresas é o foco em segurança, prazos e custos. “O diferencial está na utilização de máquinas de alta performance, controladas remotamente, com mão de obra extremamente especializada”, afirma o especialista.

Sem formação de poeira, vibrações ou abalos na estrutura remanescente, o método utiliza poucos técnicos e equipamentos, mas requer a avaliação de questões como serviços complementares de retoques, enchimentos, corte de ferragens e retrabalhos.

“Também é preciso ficar atento ao ganho de prazo no cronograma da obra, estudando a possibilidade de remover grandes volumes de concreto com poucos cortes, o que em alguns casos garante o reaproveitamento das estruturas cortadas”, finaliza Giassetti.