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Atrasos são problemas para o setor

Algumas empresas já entregaram equipamentos e ainda não receberam, outras estão com a parte ou o total da produção pronta, estocada, sem ter efetuado a entrega

Valor Econômico

28/01/2015 08h31 | Atualizada em 04/02/2015 17h17

Com montantes a receber em atraso e contratos paralisados, os fabricantes de máquinas e equipamentos que fornecem para o setor de petróleo e gás estão se articulando para buscar uma solução em conjunto.

O conselho de óleo e gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) realizou uma reunião semana passada com empresas do setor para discutir a situação.

Pelo menos 60 companhias de vários portes, desde gigantes com WEG e Siemenes, até as menores, Metroval e AZ Armaturen, ficaram por cerca de quatro horas a portas fechadas com as presidências do conselho e a executiva da Abimaq para direcionar as queixas.

A entidade solicitou

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Com montantes a receber em atraso e contratos paralisados, os fabricantes de máquinas e equipamentos que fornecem para o setor de petróleo e gás estão se articulando para buscar uma solução em conjunto.

O conselho de óleo e gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) realizou uma reunião semana passada com empresas do setor para discutir a situação.

Pelo menos 60 companhias de vários portes, desde gigantes com WEG e Siemenes, até as menores, Metroval e AZ Armaturen, ficaram por cerca de quatro horas a portas fechadas com as presidências do conselho e a executiva da Abimaq para direcionar as queixas.

A entidade solicitou uma reunião com a presidente da Petrobras, Graça Foster, para buscar soluções junto com a estatal, e, o encontro deve acontecer na primeira semana de fevereiro, deixando o setor otimista sobre o interesse da estatal em resolver as questões de pagamentos dos fornecedores junto com o setor.

De acordo com César Prata, os problemas atingem tanto empresas pequenas quanto multinacionais e os montantes a receber, por fornecedor, vão de R$ 80 mil a R$30 milhões.

Até agora foi identificado que as dificuldades se concentram, principalmente em contratos relacionados às obras da Usina de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

Algumas empresas já entregaram equipamentos e ainda não receberam, outras estão com a parte ou o total da produção pronta, estocada, sem ter efetuado a entrega.

A maior parte dos contratos com problemas é com as EPCistas, contratadas para realizar as obras e que compram máquinas e equipamentos. Dentre as devedoras, estão as empresas citadas na Operação Lava-Jato, algumas das quais enfrentam problemas financeiros.

A SKF do Brasil, por exemplo, confirma que quatro projetos com a Petrobras, que somam R$ 2 milhões, estavam para ser fechados ano passado e foram adiados. Segundo Ronaldo Farias, gerente de petróleo e gás, petroquímica e energias não renováveis, a empresa está confiante de que os projetos devem sair neste ano.

De acordo com a Abimaq, o faturamento da indústria fornecedora de máquinas e equipamentos para petróleo e gás no Brasil foi de cerca de R$ 8 bilhões em 2014.

As empresas de petróleo, diz César Prata, presidente do conselho, investem cerca de R$ 100 bilhões por ano do país, dos quais 30% são máquinas.

 

 

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