Conexão Mineral
19/04/2022 11h00
A Universidade de Queensland (UQ), por meio de seu Instituto de Minerais Sustentáveis (SMI), e a Universidade de Genebra (Unige) divulgaram na semana passada um estudo que aponta que a areia proveniente do processo de produção do minério de ferro pode contribuir para solucionar duas importantes questões ambientais ao reduzir tanto a extração de areia do meio ambiente como a geração de rejeitos de mineração.
O estudo teve contribuição da Vale, que cedeu amostras da sua Areia Sustentável produzida na mina de Brucutu (MG) para que as universidades fizessem uma análise independente do material.
A Areia Sustentá
...A Universidade de Queensland (UQ), por meio de seu Instituto de Minerais Sustentáveis (SMI), e a Universidade de Genebra (Unige) divulgaram na semana passada um estudo que aponta que a areia proveniente do processo de produção do minério de ferro pode contribuir para solucionar duas importantes questões ambientais ao reduzir tanto a extração de areia do meio ambiente como a geração de rejeitos de mineração.
O estudo teve contribuição da Vale, que cedeu amostras da sua Areia Sustentável produzida na mina de Brucutu (MG) para que as universidades fizessem uma análise independente do material.
A Areia Sustentável, da Vale, é um coproduto do processamento do minério de ferro. A partir de adequações na operação, o material arenoso, anteriormente descartado em pilhas e barragens, é processado e transformado em produto, seguindo os mesmos controles de qualidade da produção de minério de ferro.
Este ano, a Vale vai destinar cerca de 1 milhão de toneladas de areia, entre venda e doações, para aplicação na construção civil e testes em pavimentação asfáltica, entre outros usos.
O estudo realizado pelas universidades, chamado “Ore-sand: Uma nova solução potencial para as crises de rejeitos de mineração e de sustentabilidade global da areia”, investigou se a areia proveniente do processamento de minério, descrita em inglês pelo termo “ore-sand” (“areia de minério”, em tradução livre), poderia se tornar uma fonte sustentável de areia e ao mesmo tempo reduzir o volume de rejeitos gerados pela mineração.
Os resultados de caracterização do material, afirma o estudo, indicam que a areia de minério é inerte e atóxica e pode ser adequada para certas aplicações, por conta própria ou como parte de uma mistura com areia mais grossa, por exemplo, para atender a padrões específicos de granulometria.
A separação e reprocessamento desses materiais arenosos antes de serem adicionados aos rejeitos não só reduziria significativamente o volume de rejeito gerado como também criaria uma fonte sustentável de areia.
O estudo apontou que, da perspectiva técnica, a areia das operações de minério de ferro pode ser um substituto direto da areia extraída do meio ambiente na fabricação de tijolos, na pavimentação asfáltica, em aterros, e na manufatura de cimento. Quando mesclada com areia mais grossa e outros agregados, pode ser utilizada na produção de concreto e argamassa, drenagem e melhoria do solo, e tratamento d’água.
A avaliação do ciclo de vida da “areia de minério”, baseado no caso da Areia Sustentável da Vale, mostra também que esse material tem potencial de apresentar menores emissões líquidas de carbono durante sua produção quando comparado com a areia extraída do meio ambiente. No entanto, para se ter uma noção melhor do potencial dessa redução, é preciso fazer uma avaliação da etapa de transporte do produto, o que não foi contemplado neste relatório.
“A Vale já investiu cerca de R$ 50 milhões e fez parceria com mais de 40 organizações, entre universidades, centros de pesquisa e empresas nacionais e estrangeiras, para estudar aplicações para o material proveniente do processamento do minério de ferro”, explica André Vilhena, gerente de Novos Negócios. “Nosso objetivo é inovar para tornar a mineração mais sustentável e inteligente, promovendo a economia circular e beneficiando a sociedade”.
Em 2021, a Vale iniciou a comercialização da Areia Sustentável, um coproduto do processamento de minério de ferro. Cerca de 250 mil toneladas de areia foram processadas e destinadas a venda ou doação para uso em concretos, argamassas, pré-fabricados, artefatos, cimento e pavimentação rodoviária.
Cada tonelada de areia produzida representa uma tonelada a menos de rejeito sendo disposta em pilhas ou barragens.
27 de novembro 2024
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