Anfavea
08/07/2022 13h53 | Atualizada em 11/07/2022 15h03
Apesar da recuperação no 2º trimestre, os fracos resultados do início do ano impactaram os números do 1º semestre, na comparação com o mesmo período de 2021.
No entanto, as exportações cresceram no período, de acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com isso, a entidade decidiu rever as perspectivas para o fechamento do ano, com leve crescimento em relação ao ano passado nos indicadores de produção e licenciamento, e com melhora significativa nas
...Apesar da recuperação no 2º trimestre, os fracos resultados do início do ano impactaram os números do 1º semestre, na comparação com o mesmo período de 2021.
No entanto, as exportações cresceram no período, de acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com isso, a entidade decidiu rever as perspectivas para o fechamento do ano, com leve crescimento em relação ao ano passado nos indicadores de produção e licenciamento, e com melhora significativa nas exportações.
Em junho, a produção chegou a 203,6 mil unidades, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano.
No acumulado, foram produzidos 1.092 mil autoveículos, queda de 5% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
No 2º trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro. “A crise global dos semicondutores vem se prolongando mais do que esperávamos em janeiro, em função de novos fatores como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global”, explicou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
A falta de oferta teve reflexo direto no recuo dos licenciamentos. Em junho eles totalizaram 178,1 mil unidades, queda de 4,8% em relação a maio e de 2,4% sobre junho de 2021.
Descontado o feriado prolongado de Corpus Christi, a média mensal de vendas se manteve em 8,5 mil unidades, mesmo valor de maio.
No acumulado do semestre, a redução foi de 14,5%. “Infelizmente esse é um fenômeno global, com números de queda muito semelhantes aos dos principais mercados do planeta”, comentou Leite.
A boa notícia do semestre foi e recuperação das exportações, a despeito da crise na Argentina.
Graças ao aumento dos envios a países como Colômbia, Chile, Peru, México e Uruguai, as montadoras registraram 246 mil unidades exportadas, sendo 47,3 mil em junho, melhor resultado mensal desde agosto de 2018.
O crescimento sobre o 1º semestre de 2021 chegou a 23%. Em valores exportados, a alta já é de 33,7%, em função dos embarques de autoveículos de maior valor agregado.
Levando em conta as restrições de produção e a elevação da inflação e dos juros no Brasil, assim como as restrições ao acesso de crédito (que impactam principalmente as vendas dos veículos de entrada), a Anfavea divulgou novas projeções para o fechamento de 2022, com crescimento em todos os indicadores sobre 2021, mas com menos otimismo que no início do ano.
Para a produção, a nova expectativa é de fechar o ano com 2.340 mil unidades, alta de 4,1% sobre 2021.
Para vendas internas, espera-se chegar a 2.140 mil autoveículos licenciados, crescimento de 1%. Já a expectativa para exportação é de 460 mil unidades embarcadas até o fim do ano, alta de 22,2% na comparação com 2021.
Confira no quadro abaixo os comparativos de licenciamentos de veículos novos no segmento de caminhões (nacionais e importados).
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