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Agro deve ajudar mercado de caminhões a crescer em 2024, avalia Scania

Visão da montadora é otimista para o setor, mesmo com as perdas esperadas para a safra de grãos do Brasil

Globo Rural

18/12/2023 11h19 | Atualizada em 18/12/2023 21h09

O agronegócio deve contribuir para o aumento das vendas de caminhões no Brasil em 2024.

A avaliação é da montadora sueca Scania. O setor responde por quase 45% das vendas da empresa no país. Segundo o diretor comercial da Scania no Brasil, Alex Nucci, a visão é otimista para o agro mesmo com a previsão de quebra da safra de grãos.

“Olhando o potencial do mercado brasileiro, [considerando] que existe um grande volume de clientes que pensam em renovar ou ampliar sua frota e a conexão entre produto, safra e multimodalidade com portos e ferrovias, acreditamos que 2024 será um ano positivo”, analisou.

O executivo afirmou ainda que o cenário é otimista também para as para as cadeias produtivas de cana-de-açúcar e de madeira, nas quais a Scania tem participações de 45% e 22%, respectivamente.

“Nenhum cliente até o momento nos disse ‘não vou comprar porque vai ter quebra de safra’. Quando olhamos para cana, também não há um cenário ruim. E na madeira, o setor segue positivo”, acrescentou.

A expectativa da Scania para o mercado d

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O agronegócio deve contribuir para o aumento das vendas de caminhões no Brasil em 2024.

A avaliação é da montadora sueca Scania. O setor responde por quase 45% das vendas da empresa no país. Segundo o diretor comercial da Scania no Brasil, Alex Nucci, a visão é otimista para o agro mesmo com a previsão de quebra da safra de grãos.

“Olhando o potencial do mercado brasileiro, [considerando] que existe um grande volume de clientes que pensam em renovar ou ampliar sua frota e a conexão entre produto, safra e multimodalidade com portos e ferrovias, acreditamos que 2024 será um ano positivo”, analisou.

O executivo afirmou ainda que o cenário é otimista também para as para as cadeias produtivas de cana-de-açúcar e de madeira, nas quais a Scania tem participações de 45% e 22%, respectivamente.

“Nenhum cliente até o momento nos disse ‘não vou comprar porque vai ter quebra de safra’. Quando olhamos para cana, também não há um cenário ruim. E na madeira, o setor segue positivo”, acrescentou.

A expectativa da Scania para o mercado de caminhões no geral no ano que vem é de crescimento. Segundo Nucci, as projeções da empresa estão em linha com a da indústria, que espera uma expansão de até 14% nos negócios.

No caso da montadora, 50% a 60% da produção com entrega prevista para o primeiro trimestre de 2024 já está em carteira.

Da demanda do segundo trimestre do próximo ano, entre 30% e 40% estão vendidos. A expectativa é ampliar a participação de mercado de 12% para 14% no segmento de semipesados e de 22% para 24% no segmento de pesados.

“Neste ano, as vendas têm sido mais para renovação do que ampliação de frota. Para o próximo ano, o produtor está mais focado em ampliação de frotas do que em renovação”, afirmou Nucci.

O ambiente da indústria deste ano é de retração. Em novembro, o setor licenciou 9,2 mil caminhões, 2,3% a menos que em outubro e queda de 9,6% em comparação com o mesmo mês de 2022. No acumulado do ano, os licenciamentos do segmento recuaram 14,4% em relação ao mesmo período no ano passado e ficaram em 97,6 mil. Os números são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Atuante nos segmentos de semipesados e pesados, a Scania licenciou 1,2 mil caminhões em novembro, volume 15,4% menor que em outubro e 9% inferior a novembro de 2022. De janeiro a novembro, foram 10,8 mil unidades licenciadas pela Scania, 6,9% abaixo do mesmo período no ano passado.

Nucci explicou que um dos fatores do desempenho foi o cenário político e econômico do Brasil, especialmente entre janeiro e maio. O crédito estava restrito e as taxas de juros estavam elevadas. Depois, o mercado começou a dar sinais de melhora.

Outro fator foi a transição do padrão Euro5 para o Euro6 de controle de emissões de poluentes. Até maio, pelo menos 70% dos caminhões que saíam das concessionárias da marca estavam sob a regulamentação anterior. Agora, de 70% a 80% estão sob a mais atualizada.

“As taxas de juros começaram a sinalizar queda e a oferta de crédito aumentou. O mercado começou a assimilar o Euro6 e passou a adotar a tecnologia. Ficou mais aquecido nos últimos quatro meses”, explicou.

Ainda assim não será suficiente para reverter o cenário de 2023, reconheceu. A queda nas vendas da companhia deve ser de 13% na comparação com 2022.

Neste ano, a montadora sueca também entrou no ramo de locação de caminhões. Atualmente, há 40 unidades sob este tipo de contrato, que é feito por concessionários e dura de 48 a 60 meses. Para o primeiro trimestre de 2024, a previsão é de colocar mais 20 ou 30 unidades.

Energia renovável – Uma das principais apostas da montadora sueca nos últimos anos tem sido em caminhões movidos a gás natural e que podem rodar também com biometano. Desde o lançamento do modelo, em 2019, foram vendidas até o momento 850 unidades. Outras 150 estão com entrega prevista para os primeiros três meses de 2024.

“Estamos estudando a ampliação do tanque para aumentar autonomia”, destacou Nucci, para quem, neste momento, o gás é uma solução para curtas e médias distâncias. “E o biometano está mais na mesa. As coisas estão saindo do papel”, acrescentou.

Em relação ao biodiesel, o executivo disse que os modelos estão preparados para rodar com até 20% de mistura no diesel de petróleo. E que não vê problemas no aumento da mistura para 15%. O cronograma atual do governo prevê que o B15 seja obrigatório em 2026, mas o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve decidir antecipar o cronograma em reunião marcada para este mês.

“O importante é ter um biodiesel de qualidade”, disse o executivo, que tem uma visão mais positiva em relação ao combustível de origem vegetal e se mostra mais cético sobre o biodiesel originado a partir de gordura animal.

Neste ano, a Scania vendeu para a Amaggi caminhões que podem rodar apenas com biodiesel (B100). Foram 100 unidades em um lote de 350. Foi preciso adaptar motores e componentes, como filtros. “É preciso ter a potência certa para rodar com B100”, explicou. “Se tem biodiesel de qualidade, conseguimos acertar o caminhão”, acrescentou.

A empresa está fazendo testes com caminhões elétricos para avaliar fatores como autonomia e abastecimento. A ideia é aprofundar essas discussões ao longo de 2024 para, possivelmente, colocar um produto no mercado em 2025.

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