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Ações de infraestrutura têm potencial de alta

Ações de companhias dos segmentos de construção civil, imobiliário e logística podem ser beneficiadas e ter valorização nos próximos meses

Valor Econômico

01/06/2016 13h08 | Atualizada em 08/06/2016 12h04

A despeito da instabilidade dos primeiros dias do governo interino de Michel Temer, há quase um consenso entre os analistas de que os investimentos em infraestrutura devem se tornar prioritários neste governo. Depois de anos de investimento pífio no setor, a retomada pode começar agora e ganhar força no médio prazo, entre 12 e 24 meses. Com isso, as ações de companhias dos segmentos de construção civil, imobiliário e logística podem ser beneficiadas e ter valorização nos próximos meses.

A percepção dos investidores foi reforçada pela criação da Secretaria de Programas de Parcerias e Investimento, chefiada por Moreira Franco, que deve atuar com intensidade nos projetos de concessão. É uma medida importante já que entre os países e

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A despeito da instabilidade dos primeiros dias do governo interino de Michel Temer, há quase um consenso entre os analistas de que os investimentos em infraestrutura devem se tornar prioritários neste governo. Depois de anos de investimento pífio no setor, a retomada pode começar agora e ganhar força no médio prazo, entre 12 e 24 meses. Com isso, as ações de companhias dos segmentos de construção civil, imobiliário e logística podem ser beneficiadas e ter valorização nos próximos meses.

A percepção dos investidores foi reforçada pela criação da Secretaria de Programas de Parcerias e Investimento, chefiada por Moreira Franco, que deve atuar com intensidade nos projetos de concessão. É uma medida importante já que entre os países emergentes, o investimento em infraestrutura do Brasil só é menor do que o da Argentina. Em 2013, o investimento como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 5,8%, recuando em 2014 e 2015. A previsão é que os recursos destinados ao setor mantenham dinâmica semelhante em 2016, voltando a ganhar terreno no ano que vem.

A corretora Guide preparou um estudo sobre as ações com maior potencial de alta. São elas: CCR ON, Rumo Logística ON, Eztec ON, Gerdau PN e Mills ON. Na análise, a casa considerou a relação entre o preço atual do papel e o lucro estimado no curto prazo e comparou com dados históricos das empresas. A corretora não fez projeções de preço-alvo para ações.

A Magliano Corretora também tem uma perspectiva positiva para o setor de infraestrutura nos próximos meses, mas considera que análises mais profundas sobre potencial de valorização das ações só podem ser feitas após o fim da interinidade do governo Temer. "É provável que investidores estrangeiros só ingressem no país para participar dos leilões de concessão após a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff do governo. Os investidores esperam por previsibilidade econômica", disse Raymundo Magliano Neto, presidente da Magliano Corretora.

De acordo com o economista Ignácio Crespo, da Guide, a CCR tem fundamentos sólidos, é bem administrada e conta com forte geração de caixa no médio e longo prazos. A empresa foi vencedora em três projetos no ano passado: o aeroporto de Confins, a BR-163 em Mato Grosso do Sul e o metrô de Salvador. "Mesmo assim, continua com espaço no balanço para entrar em novos projetos", disse. Neste ano, as ações já subiram 24,44%.

O analista da Coinvalores Corretora, Felipe Silveira, também considera que a CCR é a melhor ação do setor. Entretanto, devido à volatilidade recente do mercado de ações, a corretora está reavaliando o preço-alvo do papel.

A favor dos investimentos em infraestrutura também está uma possível retomada do PIL (Programa de Investimento em Logística), lançado em 2015, com valor de R$ 198 bilhões, equivalente a 0,8% do PIB. O programa tinha como objetivo incentivar o desenvolvimento da infraestrutura no país e, segundo analistas, poderia ser recuperado pelo governo interino de Temer.

 

 

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