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A norma de segurança para transportadores autopropelidos

Conheça detalhes da NBR ISO 3691-6, que trata especificamente de requisitos de segurança e verificação em veículos industriais de carga e de pessoal

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25/07/2024 08h51 | Atualizada em 29/07/2024 16h30

Quando se fala em transportadores autopropelidos de carga e de pessoal, surgem questões como controles de deslocamento e frenagem, requisitos adicionais para controle remoto sem fio, projetos de sistemas de exaustão e arrefecimento, requisitos para os transportadores de gás liquefeito de petróleo (GLP) e posições do operador e do passageiro, dentre outras.

O que nem todos sabem é que todas essas questões são apresentadas na NBR ISO 3691-6, de 06/2024, que trata especificamente de requisitos de segurança e verificação em veículos industriais. A norma fornece os requisitos de segurança e os meios de verificação para tra

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Quando se fala em transportadores autopropelidos de carga e de pessoal, surgem questões como controles de deslocamento e frenagem, requisitos adicionais para controle remoto sem fio, projetos de sistemas de exaustão e arrefecimento, requisitos para os transportadores de gás liquefeito de petróleo (GLP) e posições do operador e do passageiro, dentre outras.

O que nem todos sabem é que todas essas questões são apresentadas na NBR ISO 3691-6, de 06/2024, que trata especificamente de requisitos de segurança e verificação em veículos industriais. A norma fornece os requisitos de segurança e os meios de verificação para transportadores autopropelidos, que são projetados para transportar cargas sem levantamento, conforme estabelecido na ISO 5053-1:2020. Também abrange transportadores de pessoal com três ou mais rodas, velocidade máxima não superior a 56 km/h e capacidade de carga não superior a 5.000 kg.

Dessa maneira, a NBR ISO 3691-6 é aplicável a veículos equipados com plataforma (que pode ser basculante), com a finalidade de transportar materiais, ou com determinado número de assentos, com a finalidade de transportar passageiros. Porém, não se aplica a veículos destinados principalmente para movimentação de terra ou transporte rodoviário, assim como são excluídos veículos sem condutor, controlados por operador caminhante, carros de golfe e tratores com empuxo na barra de tração de até 20.000 N e, inclusive, com plataforma para transporte de materiais.

A norma trata de todos os riscos, situações e eventos perigosos significativos, tanto quando as máquinas aplicáveis são utilizadas conforme o previsto como em condições de mau uso, ambas razoavelmente previsíveis pelo fabricante. Todavia, o texto não trata de riscos de quebra durante a operação e não estabelece requisitos para os perigos ao se utilizar os veículos em vias públicas ou em atmosferas potencialmente explosivas. Da mesma forma, não estabelece requisitos para fornecimento de extintores de incêndio. Já os requisitos regionais são tratados em diretrizes como EN 16307-6:2014 e ABNT ISO/TS 3691-8:2024.

O documento é uma norma tipo C, conforme declarado na NBR ISO 12100, sendo de grande relevância em relação à segurança, incluindo fabricantes de máquinas e órgãos de saúde e segurança, assim como usuários, funcionários, empregadores e prestadores de serviços. Os requisitos da norma tipo C têm prioridade sobre os requisitos das demais normas para máquinas projetadas e construídas de acordo com seus requisitos.

Mas o documento não repete todas as regras técnicas que representam o estado da arte (tecnologia de ponta) e são aplicáveis ao material utilizado para construir o veículo industrial. Assim, também é necessário fazer referência à NBR ISO 12100.

Conformidades – Um avanço importante no trabalho sobre a série NBR ISO 3691 foi o acordo para publicar uma nova estrutura de normas internacionais para veículos industriais, tendo, por um lado, as normas básicas para todos os tipos de veículos e, por outro lado, normas independentes para abranger as funções específicas respectivas de veículos industriais. A revisão da ISO 3691:1980 estabelece as normas básicas para alinhar os principais regulamentos legislativos mundiais, consolidando esforços no desenvolvimento de uma Norma Internacional globalmente relevante.

O objetivo foi alcançado para a maioria das questões abordadas. Para diversas áreas potencialmente problemáticas, foram necessários acordos e outros ainda serão necessários no futuro. Quando requisitos regionais divergentes permanecem, são tratados em diretrizes como EN 16307 e ISO/TS 3691-8:2024. Os veículos devem estar em conformidade com os requisitos de segurança e/ou medidas de proteção da norma.

Além disso, o veículo deve ser projetado de acordo com os princípios da NBR ISO 12100:2013 para riscos aplicáveis, porém não significativos, que não são tratados no documento.

Operação – Para a operação do veículo, aplicam-se condições como temperatura ambiente média para trabalho contínuo de +25°C, temperatura ambiente máxima de +40°C de curta duração (até 1 h), temperatura mais baixa de +5°C para uso em condições normais de veículos em ambientes internos e de –20°C em ambientes externos e altitude de até 2.000 m.

Os sistemas e equipamentos elétricos devem estar de acordo com a ISO 20898:2008. Entretanto, podem existir requisitos regionais (cf. EN 16307-6:2014 e ABNT ISO/TS 3691-8:2024). Não pode haver, por exemplo, arestas vivas ou partes pontiagudas que representem perigo na posição normal de operação ou na área de acesso e saída de operadores ou passageiros, seja durante a operação normal como nas verificações diárias.

Os componentes que armazenam energia – e podem representar risco durante a remoção ou desmontagem, como, por exemplo, acumulador hidráulico ou freios acionados por mola – devem ser fornecidos com um meio de liberar a energia antes da remoção ou desmontagem. Os transportadores devem ser fornecidos com um dispositivo (por exemplo, chave, código ou cartão magnético) que impeça a partida em sua ausência.

Dispositivos – Um freio de estacionamento deve ser fornecido em conformidade com a norma. Os transportadores movidos a motor de combustão interna devem ser equipados com um dispositivo que impeça a partida do motor enquanto a transmissão está acionada. Os controles de deslocamento em transportadores movidos a motor de combustão interna devem ser dispostos de modo que, em solo nivelado, o transportador não se movimente da posição de repouso até que a transmissão seja acionada.

O movimento de deslocamento motorizado do transportador com pessoa a bordo somente deve ser possível se o operador estiver na posição normal de operação. O deslocamento motorizado não pode ocorrer automaticamente quando o operador retornar à posição normal sem uma operação adicional, por exemplo, requerendo a reinicialização do controle da direção ou a reativação do controle de velocidade etc.

Um velocímetro deve ser fornecido em transportadores com operador a bordo que possuam velocidade máxima de deslocamento superior a 25 km/h. Todos os transportadores devem ser projetados com freios de serviço e de estacionamento, em conformidade com a ISO 6292:2020. O freio de estacionamento deve ser equipado com um sistema que impeça o desacionamento involuntário.

A frenagem de emergência está sujeita a requisitos regionais, além dos requisitos do documento (cf. EN 16307-6:2014 e ABNT ISO/TS 3691-8:2024). Os transportadores com operador em pé devem ser equipados com um sistema de freio acionável automaticamente quando o operador libera o controle de acionamento do freio. Esse sistema pode servir como freio de serviço e de estacionamento.

A falha da fonte de energia para o desacionamento do freio não pode resultar em perda de frenagem para os freios de acionamento automático. O freio deve ser acionado automaticamente em caso de falha da fonte de energia para este sistema de freio.

Controle – Para os atuadores de controle manual, em sua consistência com os movimentos do transportador, o movimento dos controles (quando praticável) deve ser consistente com os movimentos do transportador que está sendo operado. Também devem estar confinados dentro do contorno de perspectiva plana do transportador ou do manche.

Se houver posições de operação adicionais, isto é, mais de um operador, a operação dos controles deve ser possível somente a partir de uma posição de operação por vez, exceto a chave geral de emergência, que deve ser operável de todas as posições. Se houver mais de uma posição de operação para um único operador, o uso dos controles de uma única posição deve impedir o uso de controles de outras posições de operação, exceto a chave geral de emergência, que deve ser operável de todas as posições.

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