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A filtração para fluidos hidráulicos de baixa condutividade elétrica

Especialista alerta que a baixa condutividade elétrica dos fluidos hidráulicos pode facilitar o carregamento eletrostático, levando a danos e acidentes

Assessoria de Imprensa

26/10/2021 11h00 | Atualizada em 26/10/2021 11h33

Composto por óleo base (extraído por refino de petróleo) e um pacote de aditivos, o óleo hidráulico mineral recebe inovações em seu desenvolvimento.

“As novas tecnologias visam não só cada vez melhor desempenho, com maior índice de viscosidade, mas também maior vida útil e menor risco ambiental”, afirma o engenheiro Alex Alencar, vice-presidente do setor de filtros industriais da Abrafiltros (Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais). “Para isto, os fabricantes buscam usar sempre processos otimizados devido aos custos.”

Obtido por refino por de

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Composto por óleo base (extraído por refino de petróleo) e um pacote de aditivos, o óleo hidráulico mineral recebe inovações em seu desenvolvimento.

“As novas tecnologias visam não só cada vez melhor desempenho, com maior índice de viscosidade, mas também maior vida útil e menor risco ambiental”, afirma o engenheiro Alex Alencar, vice-presidente do setor de filtros industriais da Abrafiltros (Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais). “Para isto, os fabricantes buscam usar sempre processos otimizados devido aos custos.”

Obtido por refino por destilação, o óleo base, classificado como Grupo I segundo o API (American Petroleum Institute), quase não apresenta compostos orgânicos, ao contrário do óleo mineral hidráulico e de lubrificação dos Grupos II, que além da destilação sofre hidrocraqueamento leve, e III, que conta com hidrocraqueamento severo e maior presença de compostos orgânicos.

“Os óleos do grupo II e III são uma tendência no mercado, mais modernos e tecnicamente superiores”, comenta.

No caso do Grupo I, os óleos apresentam índice de viscosidade de 80 a 120, enquanto os do Grupo III, maior que 120. No entanto, devido à falta de teor de metais pesados com o zinco, possuem baixa condutividade, que variam de acordo com a temperatura. “Quanto mais quente o óleo, maior condutividade elétrica”, explica Alencar.

Segundo ele, a baixa condutividade elétrica facilita o carregamento eletrostático, fenômeno que pode trazer problemas sérios.

“Quando o óleo flui por meio dos filtros tradicionais compostos por fibras inorgânicas e isolantes eletricamente no sistema hidráulico surgem cargas eletrostáticas”, ressalta o engenheiro.

“Esse carregamento eletrostático tende a descarregar através de uma ruptura brusca e com alta concentração de energia através do faiscamento. provocando danos nos componentes hidráulicos”, adverte.

Além da condutividade elétrica e da temperatura, influenciam também o comportamento eletrostático nos sistemas hidráulicos, o material do meio filtrante (que depende do potencial da emissão de elétrons) e a velocidade de fluxo (quanto mais alta, maior a carga eletrostática).

“As descargas eletrostáticas podem ocasionar envelhecimento acelerado no óleo hidráulico, surgimento de radicais livres que atacam antioxidantes e formação de verniz. Já no elemento filtrante, criam furos e destroem a estrutura de suportes. Além disso, pode causar explosões no tanque hidráulico”, afirma Alencar.

O especialista recomenda identificar o tipo de óleo utilizado, buscar na especificação do óleo os livres de zinco para reduzir o risco ambiental, medir a condutividade elétrica do óleo, pedir apoio ao fornecedor do filtro quando necessário e utilizar elementos filtrantes que inibam o carregamento eletrostático.

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