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Revista M&T - Ed.2 - Set/Out 1989
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TÉCNICAS DE OPERAÇÃO

Ser bom Patroleiro não é um Passe de Mágica

PARTE I MOTONIVELADORA: A primeira máquina que chega no canteiro e só sai na inauguração da obra

A tração dianteira melhora o controle direcional quando em trabalhos com chassis articulado, principalmente em terrenos de baixa aderência.
Com início da fabricação de motoni- veladoras articuladas no Brasil pela Fiatallis, torna-se oportuno divulgar sugestões gerais de operação. Revêr também técnicas de mistura, espalha- mento de materiais, terraceamento, corte de taludes e acabamento de ruas sem saída. Algumas aplicações rodoviárias especiais estão incluídas como detalhes de outras aplicações desta versátil máquina rodoviária.
As motoniveladoras podem ser consideradas uma ferramenta extremamente versátil nas mãos de um operador bém preparado. No passado, elas eram consideradas uma das mais difíceis máquinas para serem operadas e exigiam inteligência e destreza. Era necessário ter muito talento e experiência se quisesse ser considerado um "bom patroleiro”.
A motoniveladora destacou-se como um dos equipamentos rodoviários que mais evoluíram nos últimos anos.
A articulação do chassis é provavelmente uma das maiores inovações no produto, que aliada a outros pontos, não menos importantes como "Po- wer-Shift”, sistemas eletrônicos de comando, tração nas rodas dianteiras, buchas auto-lubrificantes nas articulações, contribuem para torná-las bem mais fáceis e confortáveis para operação, falicitando a execução de tarefas mais difíceis, porém exigem do operador conhecimento e experiência para utilizar todos os recursos disponíveis e vir a ser considerado um "bom patroleiro".
Assim, o que fazer e como fazer com uma motoniveladora?
A seguir, apresentamos algumas respostas a essas perguntas, no sentido de contribuir para que você venha tornar-se operador de uma moderna motoniveladora.

SUGESTÕES GERAIS DE OPERAÇÃO


A tração dianteira melhora o controle direcional quando em trabalhos com chassis articulado, principalmente em terrenos de baixa aderência.
Com início da fabricação de motoni- veladoras articuladas no Brasil pela Fiatallis, torna-se oportuno divulgar sugestões gerais de operação. Revêr também técnicas de mistura, espalha- mento de materiais, terraceamento, corte de taludes e acabamento de ruas sem saída. Algumas aplicações rodoviárias especiais estão incluídas como detalhes de outras aplicações desta versátil máquina rodoviária.
As motoniveladoras podem ser consideradas uma ferramenta extremamente versátil nas mãos de um operador bém preparado. No passado, elas eram consideradas uma das mais difíceis máquinas para serem operadas e exigiam inteligência e destreza. Era necessário ter muito talento e experiência se quisesse ser considerado um "bom patroleiro”.
A motoniveladora destacou-se como um dos equipamentos rodoviários que mais evoluíram nos últimos anos.
A articulação do chassis é provavelmente uma das maiores inovações no produto, que aliada a outros pontos, não menos importantes como "Po- wer-Shift”, sistemas eletrônicos de comando, tração nas rodas dianteiras, buchas auto-lubrificantes nas articulações, contribuem para torná-las bem mais fáceis e confortáveis para operação, falicitando a execução de tarefas mais difíceis, porém exigem do operador conhecimento e experiência para utilizar todos os recursos disponíveis e vir a ser considerado um "bom patroleiro".
Assim, o que fazer e como fazer com uma motoniveladora?
A seguir, apresentamos algumas respostas a essas perguntas, no sentido de contribuir para que você venha tornar-se operador de uma moderna motoniveladora.

SUGESTÕES GERAIS DE OPERAÇÃO
Motoniveladoras articuladas podem ser operadas com chassis rígido, com chassi articulado, ou com chassi em off-set (carangueijo). Com chassis rígido é usada normalmente no nivelamento de grandes áreas e também na
manutenção e conservação de estradas. Com o chassis articulado, reduz o raio de giro em áreas restritas e controla com precisão o deslocamento lateral do material cortado pela lâmina. Em off-set (carangueijo), permite ao operador manter a traseira da máquina em solo resistente no caso de trabalhos em aterros, permite melhor acabamento dos canais de drenagem e reduz as passadas no espalhamento de materiais. Permite ainda a concentração do peso, atrás da lâmina, em operações pesadas.
Embora as modernas motoniveladoras permitam ao círculo o giro de 360°, a maioria das operações são executadas com a lâmina entre 15° e 45° em relação à direção de trabalho.
A excessiva angulação da lâmina reduz a distância de deslocamento lateral do material cortado pela lâmina; permite, porém, cortes mais profundos e serviços severos de nivelamento.
A mudança do ângulo de ataque, inclinação frontal "PITCH" da lâmina é também muito importante na produtividade. Inclinando a lâmina para a frente, facilita-se a rolagem do material cortado e permite ainda melhor espalhamento e compactação do material. Inclinando a lâmina para trás, permite-se maior ação de corte da lâmina, mas reduz a rolagem do material ao longo da mesma.
A lâmina com perfil / evolvente “ROLL-AWAY” mantém a capacidade de rolagem de material, quando a lâmina está inclinada para trás.
A angulação da lâmina no corte, gera esforço lateral na máquina. Estes esforços devem ser superados pela inclinação nas rodas dianteiras e/ou pela articulação do chassis na direção dos esforços de corte da lâmina. Só é recomendável a mudança de ângulo durante o corte, nas motoniveladoras equipadas com placas de resina fenóli- ca nos suportes do círculo, de maneira a reduzir o atrito e o desgaste da mesa do círculo.

OPERAÇÕES TÍPICAS E TÉCNICAS DE EXECUÇÃO
1. Cortando canal em “V”

* Mantenha o chassis rígido se for cortar o canal em material compacto. Se for em solo solto, articule o chassis para manter os tandens no terreno mais sólido possível.
Com o círculo centrado sob o chassis, posicione o canto da lâmina ligeiramente para fora do pneu dianteiro. Incline a lâmina para frente até que a parte superior da mesma esteja alinhada com o centro do pneu dianteiro. Posicione a lâmina de maneira que a descarga do materal cortado seja no centro da máquina, entre os tandens. Incline ligeiramente as rodas dianteiras na direção de descarga.
Na primeira passada, em 1- ou 2- marcha, corte apenas a profundidade necessária para marcar o alinhamento do canal. Na segunda passada, posicione as rodas dentro do canal e com velocidade ligeiramente superior à da primeira passada, de forma a manter a inclinação das paredes a 3:1.
A descarga do material cortado deve ser mantida entre os tandens. Uma passada de limpeza é necessária. Desloque o círculo e a lâmina na direção do canal, com a lâmina estendida bem atrás da coluna de material de maneira a impedir o escorregamento de terra para dentro do canal. O canto da lâmina deverá ser posicionado entre os tandens, com a lâmina ligeiramente angulada e inclinada para frente, para facilitar o rolagem do material. Todos os passes de corte do canal devem ser feitos com o diferencial travado, em 2- ou 3- marcha.
Para cortar canais com taludes com inclinação 1,5 a 2:1, desloque o círculo e a lâmina contra o barranco.
Alinhe o canto da lâmina com o centro do pneu traseiro. Posicione a extremidade da lâmina para fora do pneu dianteiro e incline a lâmina levemente para frente. Direcione as rodas para o canal em "V" para depositar material do talude dentro do canal. Faça uma passada de limpeza para tirar material do canal, jogando-o sobre a estrada e espalhando-o quando necessário.

2. Terraceamento - Curvas de Nível
Uma das mais importantes aplicações das motoniveladoras na agricultura é o terraceamento em curvas de nível que visam a contenção e distribuição das águas pluviais nos campos agrícolas, permitindo o aumento daprodutividade e a prevenção da erosão nas encostas das colinas.
Este trabalho consiste do corte de canais em "V", segundo as curvas de nível do terreno, distantes um do outro de 10 a 100 metros, sendo mais distantes para menores aclives e mais próximas para os maiores aclives. Estes canais se prestam também à distribuição por gravidade de fertilizante líquido.

3. Cortando Canal de Leito Plano
A abertura de um canal de leito plano é a continuação de um canal em "V".
Com o círculo centrado sob o chassis em posição reta, posicione a extremidade da lâmina atrás de borda exterior do pneu dianteiro direito. Angule a lâmina até que a outra extremidade alcance a largura e profundidade de canal desejada (com escarificadores de montagem frontal é possível posicionar a lâmina a 90°, se for necessário).
Incline a lâmina levemente para frente, a fim de espalhar o material sobre o leito do canal.
Esta passada deve ser feita em 1‘- e 2- marcha (com o diferencial travado, caso o equipamento o possua).
Na passada seguinte, empurre o material para fora do canal e sobre o leito da estrada. Para isso, mova o círculo e a lâmina para fora do monte e angule bem a lâmina para evitar que o material retorne para dentro do canal. Mantenha a extremidade da lâmina bem perto do pneu dianteiro, para evitar que torrões de material rolem para o canal. Na próxima passada, espalhe levemente o material da borda da estrada para o centro.

4. Limpando um Canal Úmido
cu/e o chassis na posição OFF-SET (Carangueijo), de forma a manter as rodas traseiras em terreno firme, enquanto as dianteiras correm pelo barranco. (Ver Fig. n0 3).
Desloque o círculo e a lâmina em direção ao canal, com a lâmina angulada de maneira a trazer o material para o leito da estrada. (Se o equipamento possuir tração dianteira hidrostática, use-a para melhorar a dirigibilidade.
Desta forma, as rodas dianteiras irão girar ligeiramente mais rápido que as traseiras).


Se o canal tiver inclinação muito acentuada, a ponto de se perder o contato da roda dianteira com o solo, tente dirigi-la mais para dentro ou mais para fora do canal, a fim de manter ambas as rodas no terreno. Ou, se não se quer deixar que as rodas traseiras toquem o talude do canal, coloque-as parcialmente em direção ao canal de forma a enviesara máquina o suficiente para manter as rodas dianteiras em contato com o solo.

5. Leito das Estradas - Abaulamento
Após a preparação da drenagem, o próximo passo é nivelar e abaular a estrada.
Mantenha o chassis reto, círculo centrado e lâmina quase perpendicular à máquina, de forma que o material saia por ambos os cantos, e corte a crista da estrada alto o bastante para permitir a drenagem para os dois lados.
Em passes subseqüentes, angule a lâmina entre 10° e 25° e incline-a um pouco a frente para permitir que o material role em direção às beiras da estrada.
Faça estas passadas em velocidades relativamente altas, para que o material solto passe por baixo da lâmina antes de atingir as extremidades.
Na passada final em cada borda da estrada, posicione a ponta da lâmina em linha com o tandem, de forma que os pneus traseiros irão compactar o material que possa transbordar pela lateral da lâmina.

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