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Revista M&T - Ed.134 - Abril 2010
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Robustez a serviço da economia

Além dos ganhos de custos com manutenção, proporcionados pelo motor eletrônico, caminhão P310 reduz o consumo de combustível em operação de transporte de terra

Para uma construtora de pequeno porte, o custo de aquisição geralmente figura como item decisivo na opção por um equipamento ou outro, diante das limitações a investimentos. Mesmo nesses casos, entretanto, o desempenho pode contar a favor de determinado modelo, como demonstra a experiência da mineira AC Parceria e Terraplenagem.

Com um parque de cerca de 80 equipamentos de movimentação de solos, entre escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras e caminhões basculantes, a empresa não se enquadra no perfil de uma construtora de grande porte. Mas para quem operava com uma frota composta por cinco equipamentos, até 2007, o ritmo de crescimento foi vertiginoso nesse período.

O engenheiro Luiz Carlos Vilela, sócio-diretor da construtora, atribui esse desempenho aos investimentos do governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nos últimos três anos, participamos de praticamente todas as grandes obras do PAC em Belo Horizonte”, ele comemora. No portfólio de realizações se inclui até mesmo a execução de gra


Para uma construtora de pequeno porte, o custo de aquisição geralmente figura como item decisivo na opção por um equipamento ou outro, diante das limitações a investimentos. Mesmo nesses casos, entretanto, o desempenho pode contar a favor de determinado modelo, como demonstra a experiência da mineira AC Parceria e Terraplenagem.

Com um parque de cerca de 80 equipamentos de movimentação de solos, entre escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras e caminhões basculantes, a empresa não se enquadra no perfil de uma construtora de grande porte. Mas para quem operava com uma frota composta por cinco equipamentos, até 2007, o ritmo de crescimento foi vertiginoso nesse período.

O engenheiro Luiz Carlos Vilela, sócio-diretor da construtora, atribui esse desempenho aos investimentos do governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nos últimos três anos, participamos de praticamente todas as grandes obras do PAC em Belo Horizonte”, ele comemora. No portfólio de realizações se inclui até mesmo a execução de grande parte da terraplenagem do Centro Administrativo de Minas Gerais (nada menos que 400 mil m3 de material movimentado), como subcontratada de alguns dos consórcios construtores.

De subcontratada, a empresa já se prepara para alçar voos mais altos e, com a expansão do horizonte, vieram novas responsabilidades. “No nosso tipo de atividade, que envolve grandes volumes de produção, precisamos contar com equipamentos de alta disponibilidade”, complementa Luiz Cláudio Santos Lopes, também sócio-diretor da AC. Por esse motivo, ele explica que a construtora opera com equipamentos novos e apóia seu programa de manutenção na garantia oferecida pelos fabricantes e distribuidores.

Negócio acessível
Na lista das mais recentes aquisições da AC figuram quatro caminhões basculantes modelo P310 6x4, da Scania, que passaram a integrar sua frota a partir de novembro de 2009. Trata-se da primeira experiência da empresa com equipamentos da marca, que sempre foi vista com um posicionamento de preço acima de suas possibilidades. “Travamos contato com a montadora na M&T Expo 2009, constatamos a viabilidade do negócio e ele se concretizou”, resume Lopes.

Esse desfecho só tornou-se possível devido ao programa de demonstração desenvolvido pela Scania, que disponibiliza um veículo para testes por parte do potencial cliente. Em curto prazo de avaliação, o P310 apresentou uma economia de 10% no consumo de combustível em relação aos demais modelos 6x4 da frota, que são de outra marca. Operando com caçamba de 18 m3, eles atingiram esse desempenho em ciclos médios de transporte de 6 km de extensão, com picos de 15 km entre os pontos de carga e descarga.

Tal economia se deve, segundo a montadora, ao elevado torque proporcionado pelo caminhão, o maior entre os demais modelos da mesma categoria, que possibilita maior capacidade de carga e tração mesmo em operações severas. Na obra do Centro Administrativo de Minas Gerais, por exemplo, os caminhões operaram em trechos off-road com rampas de até 25º, dentro do canteiro, e em trechos urbanos, para o transporte de terra até os bota-foras. Isso a uma carga de trabalho de dois turnos, totalizando 20 horas diárias de operação.

Apoio do dealer
Após esse serviço, os P310 foram transferidos para as minas de Timbopeba e Alegria, juntamente com outros equipamentos da frota da AC, para atender contratos com a mineradora Vale em obras de alteamento de barragens. “Eles estão com 30.000 km rodados e, até o momento, vêem apresentando ótima disponibilidade, exigindo apenas as manutenções preventivas básicas, como as trocas de óleo e de filtros”, afirma Lopes.

Luiz Vilela ressalta a importância desse quesito para as operações da empresa. “Se um caminhão quebra no canteiro de obras, paralisamos toda a produção, inclusive dos demais equipamentos da tropa de choque, como escavadeiras hidráulicas, montoniveladoras, tratores e outros.”

Nesse ponto, ele conta com o apoio da concessionária Itaipu, que disponibiliza uma oficina mecânica no município de Contagem (MG), exclusivamente voltada ao segmento off-road, além de oficinas volantes para assistência técnica aos clientes em campo. “Estamos satisfeitos com essa aquisição, que vem atendendo muito bem às nossas necessidades.”

Recursos eletrônicos
Equipado com motor de 310 hp de potência (a 1.900 rpm), o P310 tem um peso bruto total (PBT técnico) de 33.500 kg (veja quadro acima). Mas o que Vilela destaca são os ganhos proporcionados pelo motor eletrônico. Entre eles está o sistema de controle de giros, que não deixa a rotação do motor exceder a 800 rpm em velocidades de até 5 hm/h, preservando o trem de força do veículo diante de arrancadas mais bruscas. “Diante das limitações em termos de qualidade da mão-de-obra, esses recursos otimizam a operação com economia de custos”, ele pondera.

Nesse quesito, aliás, os caminhões Scania contam com sistema de gerenciamento remoto com protocolo aberto, que permite monitorar o desempenho do veículo em quesitos como pressão e temperatura do motor, identificando até mesmo a velocidade desenvolvida pelo operador.

Por meio de sensores de basculamento, o sistema permite acompanhar até mesmo as descargas, identificando cada elevação da caçamba e o tempo da operação. “Essas novas tecnologias ajudam a melhorar a produtividade, mas ainda precisamos avanças nos processo de automação da operação, pois somos o típico caso de uma empresa que cresceu mais rápido que nossos mecanismos de gestão”, conclui Luiz Lopes, apontando os próximos passos da AC Parceria e Terraplenagem.

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