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Revista M&T - Ed.56 - Dez/Jan 2000
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Seminário Caterpillar

Princípios e Técnicas de Pavimentação

Recuperação em profundidade total
A CaterpilIar promoveu, entre os dias 20 e 21 de outubro, em Águas de São Pedro, no interior de São Paulo, o “Seminário de Construção e Manutenção de Rodovias”. Dirigido especificamente a seus clientes e convidados especiais, coordenado por Augusto Azevedo, gerente da empresa na área de pavimentação, o evento ganhou contornos de um verdadeiro curso intensivo que enfocou não somente os princípios básicos da compactação e
pavimentação, mas também temas mais específicos, como técnicas para estabilização de solos, recuperação de estradas e o uso de espuma de asfalto.
Estabilização de solos
A estabilização de solos é uma técnica utilizada para melhorar a capacidade

Recuperação em profundidade total
A CaterpilIar promoveu, entre os dias 20 e 21 de outubro, em Águas de São Pedro, no interior de São Paulo, o “Seminário de Construção e Manutenção de Rodovias”. Dirigido especificamente a seus clientes e convidados especiais, coordenado por Augusto Azevedo, gerente da empresa na área de pavimentação, o evento ganhou contornos de um verdadeiro curso intensivo que enfocou não somente os princípios básicos da compactação e
pavimentação, mas também temas mais específicos, como técnicas para estabilização de solos, recuperação de estradas e o uso de espuma de asfalto.
Estabilização de solos
A estabilização de solos é uma técnica utilizada para melhorar a capacidade dos solos em suportar cargas. O processo consiste na combinação do solo nativo com um aditivo e água - cuja porcentagem é determinada por análise - e na sua posterior mistura pela estabilizadora de solos. Os agentes estabilizadores mais comuns são o cimento portland, a cal seca, a cal em pasta fluída, cinzas de carvão, cloreto de cálcio e emulsão asfáltica.
O cimento portland pode ser usado em uma ampla gama de solos, embora sua melhor aplicação ocorra em solos granulares e não-coesivos. A estabilização por cal é comumente usada para reduzir a plasticidade na argila. A cal seca é mais econômica e não provoca poeira, enquanto a pasta fluida é utilizada em material de base granular.
A estabilização por cloreto de cálcio é usada em climas mais frios e resulta na redução do movimento da base devido aos ciclos de congelamento e descongelamento. Já a mistura de agregados adicionais aumenta a estabilidade da sub-base nativa, desde que ela seja composta de materiais finos e pode exigir múltiplas passadas para a obtenção da homogeneidade adequada. A estabilização por cinzas de carvão garante a resistência à compressão e tem características bastante semelhantes à estabilização por cimento portland.

Recuperação de Rodovias
A redução de custos e a qualidade do produto final têm sido apontados como as causas principais da opção pela técnica de recuperação de rodovias pelo método da profundidade total. Outras vantagens que têm incentivado essa opção estariam na possibilidade dese acrescentar agregados à base, aumentando-lhe a resistência, a realização de todo o trabalho no próprio local, evitando a remoção e substituição das camadas deterioradas e a versatilidade do próprio processo que o torna aplicável a diversos tipos de estruturas.
A recuperação em profundidade total é indicada para pavimentos onde se verificam fissuras profundas e refletivas, remendos de buracos, deslocamentos por congelamento, formatos parabólicos e bases com resistência insuficiente ou não projetadas para suportar altos volumes e cargas, como é o caso de várias estradas secundárias que demandam reforço ou ampliação de sua estrutura.
Em vias urbanas, onde freqüentemente ocorrem fissuras e remendos, a recuperação se daria através da adição de uma sobrecapa ou fresagem a frio, sem a necessidade de, mantido um controle adequado de tráfego, interdição da via. Já no caso das rodovias interestaduais, o processo inclui a fresagem de parte da camada asfáltica e a pulverização do asfalto restante e sua mistura com a base, de forma que toda a camada asfáltica é reciclada ourecuperada. Em aeroportos, esse tipo de recuperação tem substituído a colocação de sobrecapa para eliminar as fissuras refletivas, com a colocação de uma nova superfície, de maior vida útil, sobre uma base melhorada e uniformemente compactada. Outro ponto positivo seria o
fator tempo, já que há exemplos de rodoviasestaduais onde por dia foi possível a reabilitação de ½ a 1 milha de pista de duas faixas.
O processo consiste na pulverização da camadadeasfalto existente com uma porção da base original,formando uma nova base melhorada. Amesma máquina que realiza o corte é utilizada para misturar posteriormente os aditivos,se necessário. Os aditivosagregados podem ser misturadosdurante ou depois da pulverização. Também podem ser necessárias passadas múltiplas para se obter a homogeneidade adequada da mistura, sendo que o número de passadas depende das características do aditivo.A profundidade da mistura precisa ser adequada à profundidade
de corte para obtenção de um material consistente. A compactação do material recuperado é feita imediatamentedepois do corte ou mistura, se
forem usados aditivos, ou algum tempo depois, se usada emulsão asfáltica. Onivelamento final dabase ocorre depois de completada todaa fase de compactação.
A nova base, que pode passar por estabilização, deve ser curada para o desenvolvimento da resistência e minimização dasfissuras. Os agentes estabilizadores comumente usados são emulsão asfáltica, espuma de asfalto, cimento portland, cinzas de carvão, cloreto de cálcio, Cal seca e Cal
em pasta fluida.
Espuma de Asfalto
A possibilidade de substituição da emulsãoasfáltica pela espuma de asfalto, foi tratada com a enumeração das vantagens e desvantagensdessanova técnica. As primeiras incluiriam a facilidade de transporte - somente o produto que seráutilizado é carregado -, a possibilidade de trabalhar com a base de espuma tratada até a fase decompactação, seu assentamento imediato após a compactação, a eliminação do tempo de cura e a pavimentação imediata. As desvantagens estariam concetradasnos riscos de se trabalhar comasfalto líquido quente em um móvel, na necessidade de amostragem e análise delaboratório(sendo que as amostras devem sercriadas pela própria recuperadorade rodovias e não por simulação), e a necessidade de um controlemais apurado do teor de agregados finos.


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