P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.126 - Julho 2009
Voltar
Carretas de perfuração

Pneumáticas ainda dominam o mercado

Carretas pneumáticas mantêm o apelo junto aos clientes com base no seu baixo custo de aquisição e manutenção

Apesar das carretas de perfuração hidráulicas serem ate três vezes mais produtivas que as pneumáticas na execução de furos, estas ultimas permanecem com grande participação no mercado brasileiro. Embora os modelos hidráulicos conquistem cada vez mais usuários e avancem no país, os pneumáticos ainda se mostram competitivos em função de serem ate três vezes mais leves e de exigirem menor custo de aquisição por parte do usuário. A essas características se soma o fato de apresentarem um custo de manutenção muito menor que as carretas hidráulicas, o que as torna as preferidas entre as empresas de menor porte.

Pelos cálculos do empresário Tiago Wolf, diretor comercial da Metalurgica Wolf, cerca de 60% das 3.000 carretas de perfuração em operação no país são pneumáticas e essa população de maquinas se concentra basicamente em pedreiras de pequeno e médio porte. Gilberto Adriano Wolf, diretor da PWH tem uma justificativa para essa realidade. “Mesmo os usuários de grande porte avaliam que a boa relação custo/beneficio das maquinas hidráulicas vai ate seu segundo ano de vida. Depois desse período, seus custos de manutenção se tornam tão elevados que elas p


Apesar das carretas de perfuração hidráulicas serem ate três vezes mais produtivas que as pneumáticas na execução de furos, estas ultimas permanecem com grande participação no mercado brasileiro. Embora os modelos hidráulicos conquistem cada vez mais usuários e avancem no país, os pneumáticos ainda se mostram competitivos em função de serem ate três vezes mais leves e de exigirem menor custo de aquisição por parte do usuário. A essas características se soma o fato de apresentarem um custo de manutenção muito menor que as carretas hidráulicas, o que as torna as preferidas entre as empresas de menor porte.

Pelos cálculos do empresário Tiago Wolf, diretor comercial da Metalurgica Wolf, cerca de 60% das 3.000 carretas de perfuração em operação no país são pneumáticas e essa população de maquinas se concentra basicamente em pedreiras de pequeno e médio porte. Gilberto Adriano Wolf, diretor da PWH tem uma justificativa para essa realidade. “Mesmo os usuários de grande porte avaliam que a boa relação custo/beneficio das maquinas hidráulicas vai ate seu segundo ano de vida. Depois desse período, seus custos de manutenção se tornam tão elevados que elas perdem essa vantagem.”

Isso se deve ao fato de que, ao contrario da maioria das maquinas pneumáticas, que são fabricadas no Brasil, elas são importadas e isso se traduz em pecas de reposição mais caras. “Como as carretas pneumáticas são mais leves, elas operam em terrenos irregulares e com inclinação acentuada, motivo pelo qual devem continuar com um grande mercado cativo”, acrescenta Gilberto Wolf. Shannon Santucci, diretor da Air Service, também acredita que os modelos pneumáticos terão um mercado cativo no Brasil por muitos anos, mas ressalta que o avanço das carretas hidráulicas não pode ser menosprezado. Ele atribui esse desempenho ao menor consumo de combustível das maquinas hidráulicas e seu baixo custo de operação. “Enquanto ela mobiliza um único operador, a pneumática precisa de dois profissionais para realizar o mesmo trabalho e seu consumo de óleo diesel chega a ser o dobro, na faixa de 32 l/h”, afirma o especialista.

Facilidade de deslocamento

Todas essas variáveis são analisadas pelos usuários na hora de especificar a carreta de perfuração necessária, considerando o modelo que apresenta a melhor relação custo/beneficio para sua operação.
 Exemplo disso e dado pela pedreira São Matheus Lageado, que opera no bairro de Guaianazes, na zona Leste de São Paulo, com duas carretas. “Uma delas e hidráulica e a outra e pneumática, sendo que usamos essa ultima apenas nos serviços de abertura de novas frentes de perfuração”, explica
Marcos Roberto Santos, engenheiro de minas da pedreira.

A abertura de novas frentes de perfuração se enquadra no projeto de expansão da empresa, que planeja aumentar sua capacidade produtiva de 60 para 120 mil t/mês de brita. A carreta pneumática, fornecida pela Air Service, esta sendo utilizada em todo o trabalho de perfuração para o desmonte das novas bancadas por explosão. Isso porque se trata de um equipamento leve, de 4.800 kg de peso operacional, o que facilita seu deslocamento em terrenos acidentados. “Movimentar um modelo hidráulico nesse local seria perigoso e economicamente inviável.” O engenheiro ressalta que a carreta hidráulica disponível, fornecida pela Wolf, tem 14 t de peso, quase três vezes mais que a pneumática.

Devido as características topográficas da área em fase de abertura, cujo terreno e muito acidentado, com inclinação de ate 35o a uma altura de 1.200 m em relação ao fundo da cavada mina, a carreta pneumática realiza as perfurações com certa lentidão em relação a sua capacidade. “Considerando rochas de media a alta dureza e com a utilização de haste e bits de botão, ela realiza 12 m/h de furo linear, mas são conseguimos executar entre 7 e 8 m/h devido a dificuldade de locomoção”, afirma Santos.

Nas bancadas em produção, ele diz que a empresa realiza cerca de 3.000 m/mês de furos lineares para o desmonte das rochas por explosão. O serviço fica a cargo da carreta hidráulica, que avança a uma media de 20 m/h e opera cerca de 20 dias por mês, em turnos de oito horas. “Antes de adquirir esse equipamento, o mesmo volume de serviço demandava 25 dias de trabalho da carreta pneumática, em turnos de 10 a 11 horas.”

Lançamentos previstos

O equipamento pneumático utilizado pela pedreira São Matheus atinge uma produção semelhante a dos demais modelos oferecidos no mercado. Vale observar que esse desempenho se refere a carretas com capacidade para a execução de furos de ate 4" de diâmetro, o mais usual em pedreiras e obras de construção. A Metalurgica Wolf, por exemplo, que recentemente lançou um modelo equipado com cabine fechada e ar-condicionado, o MW-5000C, relata que ele produz 12 m/h de furos lineares de ate 4" com martelo de topo.

Tiago Wolf, diretor comercial da fabricante, ressalta que o equipamento reúne qualidades das carretas de perfuração hidráulicas, como a cabine fechada, o coletor de pó e o centralizador hidráulico, com o baixo custo de aquisição proporcionado pelos modelos pneumáticos. “Como os clientes são sensíveis a essa questão do preço, acreditamos que esse tipo de equipamento continuara com forte demanda no mercado, o que nos motivou a lançar um modelo pneumático mais sofisticado.” Ele ressalta que a MW-5000C também pode ser operada por apenas um profissional na cabine.

No caso da PWH, as apostas se concentram em um modelo pneumático com capacidade para executar 18 m/h de furos de 3,5" de diâmetro, também dotado de martelo de topo. Segundo Paulo Tadeu Piva, diretor da Cofermim, que atua como agente de exportação dos equipamentos da marca para o mercado externo, um dos diferenciais desse modelo e a sua unidade de compressor de ar, classificada pelo fabricante como a maior do mercado, com 900 pcm.

Apesar da forte demanda pelos modelos pneumáticos, a PWH pretende diversificar sua linha de produtos com o lançamento de uma carreta de perfuração hidráulica ate o final deste ano. “Trata-se de um equipamento com 12 t de peso operacional que testamos ha mais de dois anos e já recebeu a homologação por parte de clientes”, afirma Adriano Wolf, diretor da empresa. Para isso, ele ressalta que a companhia esta concluindo a construção de uma nova fabrica, em Indaiatuba (SP), onde pretende produzir duas unidades por mês desse novo modelo.

A Air Service, que se dedica a comercialização do modelo pneumático 3j442, também planeja lançamentos nos próximos meses, mas, no seu caso, os equipamentos continuarão sendo movidos a ar comprimido. “Será uma maquina de primeira linha”, atesta Shannon Santucci. Ele evita revelar detalhes do equipamento, mas afirma que nao devera ser dotado de cabine fechada. “Durante a perfuração em rocha, o profissional precisa operar a máquina muito próxima ao desmonte e alojá-lo numa cabine poderia facilitar a incidência de erros que acarretariam prejuízos para a linha de aço da perfuração”, finaliza o especialista.

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E