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Revista M&T - Ed.58 - Abr/Mai 2000
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Concreto projetado

Os prós e contras de cada um dos sistemas

Via úmida e via seca: vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas no planejamento.

O incremento de obras subterrâneas, urbanas, de estradas com grandes taludes de corte, bem como os túneis de mineração, proporcionou o desenvolvimento da técnica de concreto projetado. De maneira recíproca, a disponibilidade dessa metodologia vetorizou a redução de custos dessa obras, bem como o aumento da segurança durante a construção.
Esse crescimento diversificou o emprego da tecnologia, sendo que contemporaneamente se nota seu uso, em construção de canais, revestimento definitivo de obras subterrâneas (túneis, chaminés, aduções, tanques, estacionamentos, estações de metrô) e até para a construção de barragens e obras urbanas de arquitetura específica (museus, igrejas, piscinas). O melhor, e adequado conhecimento de suas propriedades ampliam a credibilidade técnica e o decorrente uso, sendo muito adotado para obras de reparos e restaurações.
Atualmente, dois processos básicos se distinguem. O processo por “via úmida” e o por “via seca”, diferindo-se pela maneira que os materiais são dosados e introduzidos na máquina. Ambos possuem pontos de vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas no planejamento. Um dos pontos de atenção nessa metodologia é o “Ricochete” (ou “Reflexão” ou “Rebote”), ou seja, porções (agregado ou argamassa) do concreto, que batem na superfície e se desprendem da massa, tornando-se em “perdas” do processo. A intensidade dessa “perda”, depende, e muito, da experiência do operador-lançador, no adequado controle do jato (em termos de posição e características da mistura).
O uso cada vez mais intenso dessa metodologia fez aparecer máquinas com lança articuladas e robotizadas para aumentar a produção, e reduzir as “perdas”. De outro modo, também, o surgimento das fibras metálicas e sintéticas, nos anos 60-70 proporcionou a redução (e até eliminação) das malhas de armadura para certas


O incremento de obras subterrâneas, urbanas, de estradas com grandes taludes de corte, bem como os túneis de mineração, proporcionou o desenvolvimento da técnica de concreto projetado. De maneira recíproca, a disponibilidade dessa metodologia vetorizou a redução de custos dessa obras, bem como o aumento da segurança durante a construção.
Esse crescimento diversificou o emprego da tecnologia, sendo que contemporaneamente se nota seu uso, em construção de canais, revestimento definitivo de obras subterrâneas (túneis, chaminés, aduções, tanques, estacionamentos, estações de metrô) e até para a construção de barragens e obras urbanas de arquitetura específica (museus, igrejas, piscinas). O melhor, e adequado conhecimento de suas propriedades ampliam a credibilidade técnica e o decorrente uso, sendo muito adotado para obras de reparos e restaurações.
Atualmente, dois processos básicos se distinguem. O processo por “via úmida” e o por “via seca”, diferindo-se pela maneira que os materiais são dosados e introduzidos na máquina. Ambos possuem pontos de vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas no planejamento. Um dos pontos de atenção nessa metodologia é o “Ricochete” (ou “Reflexão” ou “Rebote”), ou seja, porções (agregado ou argamassa) do concreto, que batem na superfície e se desprendem da massa, tornando-se em “perdas” do processo. A intensidade dessa “perda”, depende, e muito, da experiência do operador-lançador, no adequado controle do jato (em termos de posição e características da mistura).
O uso cada vez mais intenso dessa metodologia fez aparecer máquinas com lança articuladas e robotizadas para aumentar a produção, e reduzir as “perdas”. De outro modo, também, o surgimento das fibras metálicas e sintéticas, nos anos 60-70 proporcionou a redução (e até eliminação) das malhas de armadura para certas obras subterrâneas, o que fortaleceu o aumento do uso dos concretos projetados, desta feita com fibras. Em algumas obras de barragens essa tecnologia tem sido usada em profusão nas contenções de taludes, como por exemplo em Itaipu, onde se aplicou cerca de 10.000m3 de concreto projetado.

Projeção via seca

Esta técnica é conhecida desde o início do século e normalmente utiliza bombas tipo rotor. Este sistema evoluiu para o sistema semi-úmido onde a entrada de água se dá numa posição anterior ao bico de projeção, propiciando uma melhor mistura água-agregado. A mistura seca é transportada por ar comprimido da bomba até o bico de projeção. A água é então introduzida entre 4 e 6 m antes do bico (via semi-úmida) ou diretamente no bico (via seca). Éum sistema recomendado para volumes até 10 m3/h. No Brasil, os equipamentos mais conhecidos são o CP6 e o CP10, da ESTE, e as bombas ALIVAAL 262 e 285 - a primeira, nacionalizada pela ASSERC, com o suporte da ALIVA, Suíça.

Projeção via úmida
A projeção via úmida divide-se em dois sistemas básicos. A projeção via úmida com fluxo denso (slump 11. aproximadamente), usando bombas de rotor. As mesmas bombas citadas para a via seca também podem ser utilizadas neste método. Outro sistema é o de projeção via úmida com fluxo fino (slump até 16), usando bombas de pistão. No Brasil, a Schwing, e a Putzmeister tem apresentado essa solução.

Fluxo denso


Transporte de mistura densa usando ar comprimido (bombas de rotor). Otransporte da mistura, já com água, é feito utilizando ar comprimido. É recomendado para produções entre 5 e 30 m3/h

Fluxo fino


O material é transportado hidraulicamente. A baixa velocidade de transporte não é suficiente para a projeção, por isso deve ser utilizado ar comprimido no bico de projeção ou no conversor de fluxo 2 a 3 metros antes do bico. A bomba utilizada pode ser do tipo de pistões com válvula “S” ou bombas de pistões eletronicamente compensadas para evitar pulsações no bico de projeção. É recomendado para vazões de 5 a 30 m3/h.

Equipamentos
Vários equipamentos de projeção estão o disponíveis no mercado. A tendência, em termos de métodos de projeção, no entanto,éde equipamentos versáteis e híbridos (operando em mais de um sistema), para queum mesmo equipamento, por exemplo, possa operar atendendo a várias necessidades e fases de um mesmo projeto. Também se verifica uma preocupação dos fabricantes emcompatibilizar seus equipamentos para projeção de fibras de aço junto com o concreto ecom equipamentos de sustentação (robôs).

ALIVA AL 262.1-B
E uma bomba de projeção de concreto do tipo rotor que pode ser utilizada tanto nos métodos de projeção seca e semi-umida, tuanto no úmido. E disponível com acionamento elétrico ou pneumático e capacidade de rotor de 10 ou 16 L, que permite vazões de 5 a 10 m3. Omodelo, já nacionalizado, tem como principais características, o novo desenho da tolva - maior e mais baixa— que facilita a alimentação e possibilitao uso de mistura densa e com fibras de aço. A tela também tem um novo projeto, que permite o uso de misturas com fibras de aço — até 50 Kg/cm3. Para a via seca, a bomba dispõe de um filtro de ar na exaustão para eliminar o excesso de pó na descarga. Para reduzir o desgaste prematuro dos discos, a bomba está equipada com uma bomba de glicerina para a lubrificação dos mesmos.

ESTE CP10 SU
A CP10 SU é um equipamento para projeção por via úmida e por via seca, dotado de motovariador (varia-se a vazão, variando-se o número de giros do motor), que permite regulagem da produção. Tem acionamento elétrico de 20 CV, que garante uma produção máxima de 10 m3/h e distâncias de transporte horizontal de 300 m (seca) e 40 m (úmida) e vertical de 100 m (seca) e 20 m (úmida). Também admite o uso de fibras de aço ou sintética. Funciona com bicos sintéticos Polieste, que levam a uma diminuição da reflexão devido ao seu comprimento e à conicidade. O sistema pré-umidificante Polieste, também garante ao sistema via seca ter caraterísticas semelhantes ao de via úmida no local de projeção.

Robôs de projeção
Para atender a necessidade de projeção de grandes volumes de concreto (túneis de grande seção e taludes de grande extensão) e para superar a incapacidade humana de suportar equipamentos com vazões superiores a 6 m3h também são necessários equipamentos de sustentação do sistema de projeção. Quando estes são automatizados, eles são chamados de robôs de projeção. Eles têm um braço normalmente telescópico, que fazem com que o bico de projeção possa se posicionar a 1 ou 1,5 m da parede e a 90 graus da superfície a se projetada, diminuindo a incidência da reflexão.
Existem diversos equipamentos deste tipo operando no Brasil, desenvolvidos pelos principais fornecedores do setor, com diferentes configurações e alcances. A ALIVA, por exemplo, disponibiliza desde robôs dotados de braços compactos, para minas ou túneis de pequena seção, controlados por controle remoto hidráulico, elétrico ou por rádio, com alcance de 3 a 8 m, a modelos montados sobre caminhão. Além de configurações específicas com braço longo para taludes, túneis de grande seção e cavernas de até 16,5 m.
A Putzmeister Brasil acaba de lançar no mercado brasileiro, o robô WETKRET WKF 12.73. A primeira unidade vendida no Brasil , montada sobre caminhão, foi adquirida pela Ivaí Engenharia de Obras S. A . para emprego, inicialmente em túneis do Rodoanel. O robô incorpora os mais recentes avanços da tecnologia de equipamentos na área de construção de túneis, dentre os quais se destacam o duplo acionamento (a diesel e/ ou eletricamente), o sistema de dosagem automático e sincronizado com a projeção de concreto, o sistema de limpeza com água pressurizada. O rendimento do equipamento é de até 24 m3/hora e há possibilidade de incorporação de fibras de aço numa dosagem de até 40 Kg/m3. A operação é feita por por telecomando com cabo de 25 m de comprimento e, segundo o fabricante, consegue-se uma da reflexão em até 50%, em comparação com a projeção por via seca. Além do uso na projeção de concreto, pode ser também, empregado no bombeamento de concreto, no processo construtivo de túneis com utilização de formas.
A Este Industrial também desenvolveu o seu próprio robô - o Robojet. Podendo ser montado sobre escavadeira ou caminhão MB 4x4 ou similar adequado (junto com uma base giratória), o robô da Este tem braço equipado com powerpack (acionado por motor elétrico de 30 HP), permitindo o uso do braço com o motor diesel da escavadeira desligado. Totalmente controlado remotamente, o Robojet conta ainda com brushing (pintura) com velocidade regulável.
"Robô" Putzmeister Para Concreto Projetado Via Úmida

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