A Odeq, oficina de equipamentos pesados da Odebrecht, recebeu, no começo de dezembro de 2009, a certificação técnica e ambiental por parte do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) e do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva), respectivamente. De acordo com as entidades, essa foi a primeira certificação do gênero para uma oficina de equipamentos pesados no Brasil. E o reconhecimento não foi fácil, como adianta Afonso Legaspe Mamede, diretor de equipamentos da construtora.
“Em quatro meses, período pelo o qual nos adaptamos para obter as certificações, realizamos mudanças radicais na oficina. Antes não havia padrão de serviço, de iluminação e de manuseio de lubrificantes, entre outros itens, e tudo isso teve que ser revisto”, diz ele.
De acordo com Paulo Ricieri Nery Lopes, especialista da área de reparo de equipamentos da construtora, a conscientização dos três mecânicos, seus auxiliares e de mais 15 profissionais de serviços foi a tarefa mais difícil. “Em razão dessa dificuldade, tivemos mais de 150 horas de treinamentos técnicos e comportamenta
A Odeq, oficina de equipamentos pesados da Odebrecht, recebeu, no começo de dezembro de 2009, a certificação técnica e ambiental por parte do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) e do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva), respectivamente. De acordo com as entidades, essa foi a primeira certificação do gênero para uma oficina de equipamentos pesados no Brasil. E o reconhecimento não foi fácil, como adianta Afonso Legaspe Mamede, diretor de equipamentos da construtora.
“Em quatro meses, período pelo o qual nos adaptamos para obter as certificações, realizamos mudanças radicais na oficina. Antes não havia padrão de serviço, de iluminação e de manuseio de lubrificantes, entre outros itens, e tudo isso teve que ser revisto”, diz ele.
De acordo com Paulo Ricieri Nery Lopes, especialista da área de reparo de equipamentos da construtora, a conscientização dos três mecânicos, seus auxiliares e de mais 15 profissionais de serviços foi a tarefa mais difícil. “Em razão dessa dificuldade, tivemos mais de 150 horas de treinamentos técnicos e comportamentais e ainda estamos com outros programas previstos para os próximos 12 meses, a fim de manter o padrão alcançado”, diz ele.
O parâmetro ao qual ele se refere começa pela oficina central, que teve todo o piso refeito e pintado com epóxi. “Antes era um chão rústico de cimento, que não tinha qualquer proteção contra, por exemplo, infiltração de lubrificantes”, explica. “Já o novo piso, além de possuir canaletas ao redor da toda oficina, a fim de dissipar possíveis vazamentos de óleo, ainda é composto por um material que evita que o solo absorva os lubrificantes”, complementa. O especialista destaca que todo o espaço da oficina central é delimitado com faixas amarelas, acompanhando a tendência dos chãos de fábrica mais modernos. Adicionalmente, os equipamentos em reparo, entre os quais se incluem escavadeiras, carregadeiras, tratores, motoniveladoras, e outros, ainda são manuseados sobre uma manta, que retém vazamentos de lubrificantes, complementando os procedimentos.
Organização operacional
A coleta seletiva também era condição sine qua non para a obtenção da certificação ambiental do IQA. Hoje, de acordo com Lopes, das 70 mil toneladas de resíduos gerados mensalmente, mais de 30% são destinados a reciclagens diretas.
Para obter a certificação técnica do Cesvi outros procedimentos tiveram que ser adotados, entre os quais se destaca a criação de uma área totalmente organizada para armazenamento de ferramentas especiais. “Essa arrumação resultou no descarte de mais de 8 toneladas de peças e materiais inúteis que ocupavam o estoque”, informa Lopes.
A caldeiraria também foi equipada com uma bancada que absorve os resíduos de solda. “São sobras encaminhadas para um processo de reciclagem, com procedimentos que não agridem o meio ambiente”, salienta o especialista da Odeq.
Entre as melhorias técnicas e ambientais, também está a estufa de pintura. Ela foi totalmente fechada e agora opera por meio de equipamentos com melhor foco de pintura, evitando a dissipação de névoas de tinta, algo que prejudica a saúde dos operadores e representa um desperdício de material. “Além disso, a pouca névoa gerada ainda é sugada por um exaustor especial, adquirido durante esse processo de certificação”, finaliza Lopes.
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