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Revista M&T - Ed.161 - Setembro 2012
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Alcoolduto

Obras avançam no interior paulista

Próximas fases começam a ser definidas ainda neste ano,com probabilidade de que o segundo lote seja construido entre Ribeirão Preto (SP) e Uberaba (MG)

Com a previsão de ligar o Centro-Oeste do Brasil ao litoral paulista, a primeira fase do alcoolduto de 1,3 mil km já está em fase final de construção. O primeiro trecho liga Ribeirão Preto a Paulínia, ambas as cidades no interior de São Paulo, em uma linha de 208 km. O projeto é de responsabilidade da Logum Logística, uma sociedade anônima de capital fechado que tem como sócios a Petrobras, a Copersucar, a Cosan, a Uniduto Logística, a Odebrecht Transport Participações e a Camargo Corrêa Óleo & Gás. Os dois últimos grupos, aliás, abarcam as construtoras que compõem o Consórcio Etanol, responsáveis pelas obras de instalação de dutos do primeiro trecho de obras.

“Esse trecho liga o terminal de etanol de Ribeirão Preto, construído para concentrar a produção de etanol da região à Refinaria do Planalto Paulista (Replan), em Paulínia, de onde a rede do alcoolduto tomará diversos direcionamentos, abastecendo principalmente a Região Metropolitana de São Paulo e o litoral do estado”, diz Fábio Jorge, diretor de implantação da Logum Logística. Ele explica que o ponto de escoamento no litor


Com a previsão de ligar o Centro-Oeste do Brasil ao litoral paulista, a primeira fase do alcoolduto de 1,3 mil km já está em fase final de construção. O primeiro trecho liga Ribeirão Preto a Paulínia, ambas as cidades no interior de São Paulo, em uma linha de 208 km. O projeto é de responsabilidade da Logum Logística, uma sociedade anônima de capital fechado que tem como sócios a Petrobras, a Copersucar, a Cosan, a Uniduto Logística, a Odebrecht Transport Participações e a Camargo Corrêa Óleo & Gás. Os dois últimos grupos, aliás, abarcam as construtoras que compõem o Consórcio Etanol, responsáveis pelas obras de instalação de dutos do primeiro trecho de obras.

“Esse trecho liga o terminal de etanol de Ribeirão Preto, construído para concentrar a produção de etanol da região à Refinaria do Planalto Paulista (Replan), em Paulínia, de onde a rede do alcoolduto tomará diversos direcionamentos, abastecendo principalmente a Região Metropolitana de São Paulo e o litoral do estado”, diz Fábio Jorge, diretor de implantação da Logum Logística. Ele explica que o ponto de escoamento no litoral ainda não foi definido, mas provavelmente será na cidade de Caraguatatuba.

Voltando à instalação do primeiro trecho do alcoolduto, Jorge explica que as tubulações em fase final de implantação transportarão cerca de 4 milhões de m³ de etanol por ano, já a partir de 2013. Isso será possível graças à aplicação de dutos de 24 polegadas de diâmetro e cujas instalações estão em estágio avançado, sendo que a maior parte, implantada pelo método tradicional de abertura de valas, já foi finalizada. “Restam agora somente obras especiais, com perfuração direcional (HDD) para execução de travessias de rios e rodovias”, explica ele.

As obras especiais a que Jorge se refere estão previstas em exatos dez percursos, sendo que o maior deles tem 270 metros lineares. “Quando realizadas em travessias de rios e áreas alagadas, como é o caso desse trecho maior, os dutos são concretados antes do adensamento, para obter densidade suficiente para não flutuarem”, explica ele.

O executivo da Logum detalha que o trecho da obra mobilizou um contingente de 1,5 mil operários no pico de operações, além de cerca de 50 side booms e de 60 escavadeiras. “Os side booms serviram não somente para enfileiramento e adensamento de tubulações, mas também para realização de solda automática”, diz ele. Apesar de a Logum Logística não revelar o fornecedor do sistema de soldagem automática e não autorizar repasse de informações de qualquer empresa envolvida no projeto, a revista M&T consultou uma empresa produtora de equipamentos para soldagem automática para descrever esse processo, que permite aumentar a produtividade principalmente em longos trechos de soldagem, como é o caso de obras de dutos, e consiste na soldagem com arames tubulares com alma metálica ou não metálica e arames sólidos.

A frota mobilizada para construção dos 208 km iniciais do alcoolduto ainda inclui equipamentos especiais para obras de dutos como as curvadoras. São máquinas que fazem o curvamento de dutos a frio e podem ter diversas configurações, sendo três delas as mais comuns. A primeira consiste na capacidade da máquina de curvar dutos de 6 a 20 polegadas.

A configuração intermediária, provavelmente a utilizada pelo Consórcio Etanol, curva dutos de 22 a 36 polegadas. Por fim, essas máquinas ainda podem curvar dutos de 48 a 60 polegadas de diâmetro, sendo que a configuração escolhida influencia na produtividade alcançada. Como exemplo, é possível citar que tubulações de 24 polegadas e com paredes de até 1,05 polegadas são curvadas a cada cinco ou seis minutos, segundo a CRC-Evans, fabricante desse tipo de equipamento.

Projeto será um dos maiores do mundo

No trecho entre Ribeirão Preto e Paulínia, Fábio Jorge, da Logum, não levanta adversidades que tornaram essa obra diferente das convencionais para instalação de dutos. Todavia, os próximos trechos compreendem regiões serranas, como será o caso da malha que ligará o litoral paulista, e também regiões que deverão ser mais bem exploradas topograficamente, como a ligação entre Ribeirão Preto (SP) e Uberaba (MG). “Esse, aliás, deve ser o segundo trecho da obra, compreendendo 138 km de extensão”, revela o executivo, salientando que essa definição será tomada até o final deste ano.

A obra seguirá divida por trechos de 100 a 250 km cada e, quando toda a malha de 1,3 mil km estiver concluída, a linha transportará até 12 milhões de m³/ano, abarcando investimentos na ordem de R$ 1 bilhão e consolidando o alcoolduto da Logum Logística como um dos maiores projetos do gênero no mundo.

 

 

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