A construção do Túnel Santa Luzia e a execução de terraplanagem em alguns dos trechos de obras cujas licenças ambientais já foram liberadas pelo Ibama completam o rol de obras em realização no Trecho Leste do Rodoanel. A M&T também visitou esses locais para conhecer os equipamentos utilizados, comprovando que a busca por soluções heterodoxas são uma marca dessa obra ímpar.
No Túnel Santa Luzia que, aliás, recebeu esse nome em homenagem à gruta Santa Luzia, que permanecerá preservada com o traçado subterrâneo da rodovia, entre Ribeirão Pires e Mauá, as obras já estão em estágio avançado. Até o fechamento desta edição, haviam sido escavados, em meia seção, 1,3 mil m dos 2.160 m totais, somando as duas direções da pista.
A construção do túnel é realizada pelo método NATM, da sigla em inglês para Novo Método Austríaco para Abertura de Túneis. Para isso, a Toniolo, Busnello subempreiteira contratada para a obra subterrânea lançou mão de três jumbos de perfuração, sendo dois modelos com três braços de perfuração e o outro com dois braços. Todas as máquinas são da marca Tamrock,
A construção do Túnel Santa Luzia e a execução de terraplanagem em alguns dos trechos de obras cujas licenças ambientais já foram liberadas pelo Ibama completam o rol de obras em realização no Trecho Leste do Rodoanel. A M&T também visitou esses locais para conhecer os equipamentos utilizados, comprovando que a busca por soluções heterodoxas são uma marca dessa obra ímpar.
No Túnel Santa Luzia que, aliás, recebeu esse nome em homenagem à gruta Santa Luzia, que permanecerá preservada com o traçado subterrâneo da rodovia, entre Ribeirão Pires e Mauá, as obras já estão em estágio avançado. Até o fechamento desta edição, haviam sido escavados, em meia seção, 1,3 mil m dos 2.160 m totais, somando as duas direções da pista.
A construção do túnel é realizada pelo método NATM, da sigla em inglês para Novo Método Austríaco para Abertura de Túneis. Para isso, a Toniolo, Busnello subempreiteira contratada para a obra subterrânea lançou mão de três jumbos de perfuração, sendo dois modelos com três braços de perfuração e o outro com dois braços. Todas as máquinas são da marca Tamrock, pertencente à Sandvik. “Somente na obra do túnel, contamos também com 11 caminhões, sendo sete fora de estrada com capacidade de 30 t, além de quatro perfuratrizes de superfície, duas carregadeiras com caçamba de 3,5 m³ e cinco escavadeiras, alternando entre modelos de 30 e 40 t”, informa Thiago de Sá Lima, gestor de contratos da construtora. Ele acrescenta que a frota também é composta por oito manipuladores telescópicos, utilizados para aplicações de tratamento nos túneis e para carregamento de explosivos.
ESCAVAÇÃO POR DETONAÇÃO
Segundo Lima, as obras do túnel avançam a passos largos, com ciclos de detonação a cada 18 ou 20 horas. “O processo inicia com a perfuração da parede rochosa com o jumbo, que faz cerca de 150 furos em cada ciclo”, explica o especialista. Em seguida, são feitos o carregamento de explosivo e a detonação. “O próximo passo é a limpeza da área, realizada pelas escavadeiras, carregadeiras e caminhões”, completa.
As rochas escavadas pelas detonações recebem um destino especial: seguem para uma central de britagem anexa ao canteiro, onde serão produzidas britas com especificações 1 e 2, além de pedrisco e areia artificial. Esse material será utilizado na própria obra, principalmente como base de pavimento.
Segundo a Contern, até o término da obra terão sido extraídos e reaproveitados cerca de 600 mil t de rocha. Para que isso ocorra eficientemente, há duas plantas de britagem, sendo a primeira móvel com britadores de mandíbula e de cone da Metso e outra fixa, com os mesmos conceitos e marca.
A limpeza dá lugar ao acabamento das paredes do túnel, onde há a realização do bate-choco (processo de limagem das arestas das rochas, para uniformizar as paredes do túnel) e a aplicação de concreto projetado. Para essa última fase, a Toniolo, Busnello alocou seis caminhões-betoneira com capacidade de 7 m³ cada. Eles transportam o concreto produzido por uma central da marca Cibi, que atende a demanda necessária.
O término das obras do Túnel Santa Luzia está previsto para janeiro de 2013. Até lá, a operação segue a todo vapor, com uma força-tarefa de cerca de 300 operários, divididos em três turnos de oito horas durante os sete dias da semana.
Números da obra
Para as obras do Rodoanel Leste, estima-se que será necessária a escavação de 11 milhões de m³ de terra e 600 mil t de rocha. O volume total de brita destinada a pavimentos, concreto e drenos é estimado em 2 milhões de m³, o suficiente para encher 27 piscinões do Pacaembu. Já o volume de concreto que a obra pode consumir é de 550 mil m³, enquanto a quantidade de aço utilizado deve ser de 46,5 milhões de kg, que equivalem a sete torres Eiffel.
Fábrica de vigas e estacas exclusiva
As 8.200 vigas de concreto e 2.900 estacas necessárias para o Encontro Leve Estruturado estão sendo fabricadas pela própria Contern, em um espaço chamado Fábrica de Vigas. O local foi criado exclusivamente para a obra e fica próximo ao centro da cidade de Suzano, na Grande São Paulo.
O que se fez de terraplanagem até agora
O Túnel Santa Luzia abrange um dos 10 lotes de construção no Rodoanel Leste, assim como alguns trechos do Encontro Leve Estruturado. Porém, nem todos os lotes já receberam as licenças ambientais para construção, o que permite obter uma visão apenas parcial do que está sendo realizado nas obras. Na parte de terraplanagem, por exemplo, os lotes 1 e 4 já movimentaram 3,4 milhões de m³ de terra, ao passo que o lote 5 movimentou 5,1 milhões de m³. Em termos de equipamentos, o três lotes já mobilizaram juntos:
240 caminhões
36 escavadeiras
20 tratores de esteiras
35 rolos compactadores
20 caminhões-irrigadeira
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