Dando prosseguimento ao ciclo de debates sobre a recuperação das nossas rodovias, a Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção – Sobratema - apresentou, no dia 22 de agosto, no auditório do Instituto de Engenharia de São Paulo, com o apoio de ADDCO, Almeida, Barrier Systems, Bitelli, Dynapac, Dynatest, Wildcard e Wirtgen, um amplo painel sobre o tema. Para as dezenas de pessoas, que com- pareceram ao evento representando empresas dos mais variados setores, os palestrantes convidados procuraram mostrar as últimas novidades em equipa- mentos para o diagnóstico de falhas e recuperação de rodovias, além dos métodos modernos para lidar com as interferências.
Segundo o presidente da Sobratema, Carlos Fugazzola Pimenta, o evento foi mais um passo no sentido de analisar a real situação da recuperação de rodovias no país, mas ainda há muito o que se debater. “Percebemos que sempre que um tema é d
Dando prosseguimento ao ciclo de debates sobre a recuperação das nossas rodovias, a Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção – Sobratema - apresentou, no dia 22 de agosto, no auditório do Instituto de Engenharia de São Paulo, com o apoio de ADDCO, Almeida, Barrier Systems, Bitelli, Dynapac, Dynatest, Wildcard e Wirtgen, um amplo painel sobre o tema. Para as dezenas de pessoas, que com- pareceram ao evento representando empresas dos mais variados setores, os palestrantes convidados procuraram mostrar as últimas novidades em equipa- mentos para o diagnóstico de falhas e recuperação de rodovias, além dos métodos modernos para lidar com as interferências.
Segundo o presidente da Sobratema, Carlos Fugazzola Pimenta, o evento foi mais um passo no sentido de analisar a real situação da recuperação de rodovias no país, mas ainda há muito o que se debater. “Percebemos que sempre que um tema é discutido nos eventos, logo surgem diversos aspectos novos, ampliando o assunto. Para essa palestra mesmo, por exemplo, chegamos à conclusão, depois de muito trabalho em cima da pauta, de que havia muito mais a se debater. Mas o importante é que nosso objetivo foi alcançado. Tivemos muitos participantes, formando um grupo muito heterogêneo, que certamente deixou o Instituto de Engenharia com posições novas, tendo o seu interesse despertado. Isso é o fundamental”, destacou.
Outra preocupação da Sobratema foi com relação à avaliação dos presentes, tendo como meta descobrir quais as mudanças necessárias. “Isso é para nos dar um maior “feedback” que nos possibilite saber quais são os desejos dos participantes”, ressaltou Pimenta. Os resultados mostraram que 98% dos presentes consideraram a palestra entre boa e ótima. Entre as sugestões apresentadas, a utilização de audiovisuais e a maior participação do público, foram bastante enfatizadas.
Os palestrantes convidados, foram apresentados pelo Diretor de Comunicação, Roberto Ferreira, e seus temas foram os seguintes: “Gerência de Pavimentos”, com o engenheiro Ernesto Preusler, da Dynatest; “Operação Tapa-Buracos”, “Sinalização Dinâmica com Matriz Pontual” e “Manejo de Tráfego”, com o engenheiro Jorge Saback Vianna, da Conter; “Fresagem & Estabilização”, com o engenheiro Cláudio Adriano Cifali, da Cifali Bitelli; “Reciclagem a Frio”, com o engenheiro Antônio Monfrinatti Neto, da Wirtgen; “Controle Contínuo de Compactação”, com o engenheiro Mozart de Sá Nunes, da Dynapac, “Tratamento Superficial & Acabamento”, com o professor José Bonetti, da Almeida.
O primeiro tema debatido foi a “Gerência de Pavimentos”, apresentado por Ernesto Preusler, da Dynastest, empresa especializada em avaliação estrutural e funcional de pavimentos. Ele ratificou a importância da avaliação da pavimentação antes da definição dos melhores procedimentos a serem adotados na recuperação. Isso pode ser feito através de um equipamento - o deflectômetro de impacto -, que simula o efeito produzido por uma carga de roda em movimento, dotado de sete sensores em linha, que dão um verdadeiro Raio-X sobre as condições da estrutura e suas deformações. A partir daí, com os dados obtidos, fica mais fácil escolher entre fresagem ou reciclagem, conforme cada caso requeira.
Cláudio Adriano Cifali, por sua vez, destacou a utilização da fresagem e estabilização. Segundo ele, há um projeto de recuperação dos pavimentos injetando emulsão asfáltica, para “trabalhar na base”. A expectativa é que, no futuro não seja necessário colocar nada sobre a base, eliminando-se os agregados e, reduzindo consequentemente, os custos. As máquinas estabilizadoras entrariam diretamente na base. Atualmente, máquinas desse tipo trabalham com sucesso no México e Austrália.
A Wirtgem, através de seu representante, Antônio Monfrinatti Neto, mostrou as vantagens de reciclagem a frio. Monfrinatti destacou os pontos positivos da utilização desse método, ideal para pavimentos com vários recapeamentos, as recicladoras a frio conseguem cortes mais profundos de até 30 centímetros, na camada asfáltica. As recicladoras executam, sozinhas, várias funções, o que serve para diminuir os gastos da recuperação. No Brasil estão funcionando, hoje, sete recicladoras de dois metros e três, de um metro de largura.
O engenheiro Mozart de Sá Nunes, da Dynapc, fez sua palestra em cima do tema “Controle Contínuo de Compactação”, apresentando uma nova técnica de compactação que assegura maior eficiência do processo. Isso é obtido com a implantação de um sensor no cilindro vibrador, que possibilita a informação precisa sobre o melhor “timing” de cada ciclo, evitando-se o desperdício. Com uma instalação bastante simples, o investimento se paga em apenas três meses, afirmou Mozart.
O professor José Bonetti, da Almeida, falou sobre “Tratamento Superficial e Acabamento”, enfocando o asfalto a frio e as emulsões asfálticas. De uma forma bem didática - justificando sua condição de mestre -, Bonetti lembrou que, antes de tudo, é importante o conhecimento total do material utilizado, evitando surpresas de última hora, como ruptura e oxidação da emulsão asfáltica. Para solucionar esses problemas, existe no mercado um produto tensoativo que atua na emulsão asfáltica, eliminando as tensões superficiais aumentando a impermeabilização da massa asfáltica, aumentando a sua capacidade de ser trabalhada e acelerando a ruptura da emulsão R.L.
O produto deixa a massa asfáltica mais aberta, sem que perda a impermeabilidade, além de reduzir o consumo de emulsão. Por acelerar o rompimento da emulsão, a massa asfáltica poderá trabalhar com pequena quantidade de pó de pedra, sendo ideal para tapa-buracos; o produto também facilita o uso do P.M.F. e aumenta a durabilidade da massa asfáltica. A economia, segundo Bonetti, varia em torno de US$ 3,50 por m3 de P.M.F.
O engenheiro Jorge Saback Vianna, da Conter, por sua vez, palestrou sobre três temas: “Operação Tapa-Buracos”, “Sinalização Dinâmica com Matriz Pontual” e “Manejo de Trânsito”. Na primeira, Saback mostrou a novidade em tapa-buracos, uma máquina que realiza, sozinha, a função de recuperação do pavimento. Utilizando um único operador, o equipamento limpa o local com jato de ar, coloca os agregados e a emulsão asfáltica, tudo com muita rapidez e sem precisar interromper o tráfego. Com relação à sinalização dinâmica, ele mostrou o que há de mais moderno em sinalização de rodovias, com painéis luminosos montados sobre pickups. Para terminar, dentro do tema de manejo de tráfego, foram apresentados vídeos com equipamentos para proporcionar, sem perigo para os trabalhadores, o desvio controlado das correntes de tráfego em uma rodovia a ser recuperada sem a indesejável interrupção de sua utilização.
Após a palestra, Carlos Pimenta agradeceu à boa participação dos presentes, bem como às empresas que enviaram seus representantes para as palestras, convidou a todos para o VII Seminário Sobratema, a se realizar no mês de outubro, no próprio Instituto de Engenharia.
Marcelo Eduardo Braga
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