Agrishow: 450 expositores e 135 mil visitantes em 6 dias.
Mais de 1600 marcas, entre máquinas, implementos, componentes e insumos, apresentadas por 450 expositores para um público de 135 mil pessoas, gerando um volume de negócios de R$ 800 milhões. Esse foi o saldo da 8ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow, realizada de 30 de abril a 05 de maio, no Centro de Tecnologia Agrícola da Alta Mogiana, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
O evento, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq, em parceria com a Associação Brasileira de Agribusiness - Abag, Associação Nacional para a Difusão de Adubos - Anda e Sociedade Rural Brasileira - SRB, ocupou uma área de ex
Agrishow: 450 expositores e 135 mil visitantes em 6 dias.
Mais de 1600 marcas, entre máquinas, implementos, componentes e insumos, apresentadas por 450 expositores para um público de 135 mil pessoas, gerando um volume de negócios de R$ 800 milhões. Esse foi o saldo da 8ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow, realizada de 30 de abril a 05 de maio, no Centro de Tecnologia Agrícola da Alta Mogiana, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
O evento, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - Abimaq, em parceria com a Associação Brasileira de Agribusiness - Abag, Associação Nacional para a Difusão de Adubos - Anda e Sociedade Rural Brasileira - SRB, ocupou uma área de exposição de 170 mil m2, uma área descoberta de 88 mil m2 e mais 30 mil m2 de terreno para pastagem.
Já consolidada como a terceira maior feira de agrobusiness do mundo e a mais importante da América Latina, a Agrishow’2001 atraiu 60 expositores internacionais, 20 a mais que no ano passado. Segundo Sérgio Magalhães, presidente da mostra e diretor de feiras da Abimaq, esse número é tanto mais significativo quando se lembra que há4 anos, entre 204 expositores, apenas 5 vinham de fora do Brasil. “Isso mostra que a feira, "por sua importância, ganhou uma visibilidade fantástica e transformou-se num grande palco internacional de agrobusiness", afirmou.
Máquinas
Estande da Massey Ferguson
Não foram poucas as novidades trazidas por fabricantes e fornecedores para esse palco. No estande da norte-america na John Deere, o foco foram as colheitadeiras 1450 e 1550, o trator D7810 e as plantadeiras da série 9200, todas de alta potência e rentabilidade. Os produtos utilizam componentes fabricados pela Dana, que também apresentou seus novos eixos diferenciais para tratores, colheitadeiras, motoniveladoras e retroescavadeiras.
Já a Massey Ferguson optou pelos tratores MF 283E e o MF 265. O primeiro, um trator estreito e o único em seu segmento com potência de 85 CV, é indicado para trabalhos de pulverização, enquanto o segundo é a versão Super-Estreito do MF 265, com maior desempenho e apropriado para pomares e lavouras de café. Na Case IH, o destaque ficou com as plantadeiras ASM - Advanced Seed Meter (Sistema Avançado de Dosagem), série 1200, para plantio direto, com velocidade de até 9km/h. Os modelos da série - ASM 1211, 1213, 1215 e 1217 - foram desenvolvidos para utilização de sementes de milho, soja, algodão, feijão, girassol e sorgo e, entre outras características, apresentam maior velocidade e maior uniformidade de plantio, tanto no espaçamento quanto na profundidade da semente. Outro lançamento foi da colhedora de cana Série A7000, com capacidade de 800 a 1000 t/dia ou 70 t/h em média, dependendo da cultura.
A Agrale, líder no segmento de tratores de pequeno porte (até 40 CV), levou a maior linha do mercado, com modelos de 14,7 a 135 CV de potência. O destaque ficou por conta do 4230.4 (27 CV), modelo de menor traçado nacional, com direção hidrostática e melhor escalonamento de marchas para maior rendimento operacional. No segmento de caminhões leves foi exposto o Agrale 8500 Turbo, com capacidade de carga de 5.250 kg, motor MWM de 135 CV freios a ar e cabine avançada basculante em GFK, com estrutura de aço revestida por chapas laminadas de poliéster e fibra de vidro.
A Sotenco, representante no Brasil Vermeer, apresentou o triturador de galhos BC625, para galhos com até 15 cm (6”) de diâmetro. O BC 625 está equipado com o sistema AutoFeed II, patenteado pela Vermeer, que monitora e controla automaticamente a velocidade do rolete de alimentação, através do sensoriamento da carga do motor. Outras vantagens da máquina são sua manobrabilidade em espaços reduzidos, resultante de sua largura de 122 cm (48”) e a facilidade de acoplamento independentemente do tipo de engate do veículo utilizado. A mesa de alimentação do BC625 tem 163 cm de comprimento, o maior do mercado.
Nas demonstrações de campo das máquinas - mais de 450 ao todo -, o maior diferencial do Agrishow em relação a outras feiras, a participação ficou restrita à apresentação de apenas um submódulo ou tipo de máquina por empresa, determinando uma seleção mais rigorosa dos equipamentos. O objetivo foi garantir uma melhor observação do desempenho das máquinas pelo público.
Negócios
Plantadeira Case com sistema de plantio a vácuo ASM
Apesar de RS 800 milhões terem sido gerados em negócios na feira, segundo dados da Abimaq, igualando o volume da edição passada, nem todas as expositoras mantiveram o mesmo desempenho. Enquanto a Massey Ferguson, por exemplo, comercializou em torno de 450 máquinas (R$21 milhões ou 5% de seu faturamento anual), o mesmo que em 2000, a Case, registrou um crescimento de 30% em relação à feira anterior, somando R$ 11 milhões. Já a New Holland, que lidera o mercado de tratores com 41% de participação, faturou R$ 21 milhões, 10% a menos que no ano passado, quando vendeu 5857 máquinas.
Esses resultados eram esperados, já que nem organizadores, nem expositores contavam com um novo fenômeno de vendas a exemplo do ocorrido no Agrishow’2000, onde o aumento do volume, em relação a 1999, foi de 30%. Na época, esse crescimento foi devido, em grande parte, ao início do Moderfrota, programa do governo que oferece financiamentos a juros abaixo do mercado para a aquisição de máquinas agrícolas (veja box abaixo). Já em 2001, como os recursos do programa foram disponibilizados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - desde janeiro, as vendas, na opinião do gerente de produto e mercado da SLC - John Deere, José Luís Coelho, “tendem a ser mais espaçadas ao longo do ano”.
Para Magalhães, a crise na Argentina e o baixo preço das commodities deixaram os produtores mais receosos quanto à aquisição de equipamentos novos. “Ainda assim, ele sabe que hoje só há ganho com aumento de produtividade e, para que isso ocorra, é preciso modernizar sua frota. Quem não tem tecnologia, não faz dinheiro", concluiu, justificando a manutenção dos patamares de negócios alcançados no evento anterior.
Além do BNDES, os três bancos - Banco do Brasil, Banespa e Bradesco - que tiveram estandes permanentes no Agrishow, concederam cerca de R$ 275 milhões em financiamentos para aquisição de máquinas.
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