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Revista M&T - Ed.193 - Agosto 2015
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Infraestrutura Esportiva

Legado olímpico

Equipamentos viabilizam diferentes etapas nas obras que sediarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, que herdará uma infraestrutura urbana renovada e multifuncional

Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro receberá um dos mais importantes eventos esportivos do mundo. E, para adequar-se à eficaz estrutura que um evento deste porte requer, a Cidade Maravilhosa atualmente está realizando diversas obras de engenharia que visam a atender aos atletas, técnicos, jornalistas, espectadores, turistas e moradores da cidade, durante e após o evento.

O Complexo do Parque Olímpico está instalado em um terreno de 1,18 milhões de m², em um local que antes abrigava o autódromo de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca. Durante os Jogos Olímpicos, a estimativa é que o local reúna 120 mil visitantes por dia, que acompanharão a disputa entre equipes nacionais de 16 modalidades olímpicas e 10 paraolímpicas.

Dentre as principais construções que integram o projeto para os Jogos está o bairro planejado da Ilha Pura. Ao todo, o espaço terá 800 mil m², sendo que 247 mil m² serão reservados para a construção da Vila Olímpica Rio 2016, que totalizará 31 torres multiuso. O espaço contará ainda com sete condomínios, parque linear de 72 mil m² e interligação de espaços residenciais e


Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro receberá um dos mais importantes eventos esportivos do mundo. E, para adequar-se à eficaz estrutura que um evento deste porte requer, a Cidade Maravilhosa atualmente está realizando diversas obras de engenharia que visam a atender aos atletas, técnicos, jornalistas, espectadores, turistas e moradores da cidade, durante e após o evento.

O Complexo do Parque Olímpico está instalado em um terreno de 1,18 milhões de m², em um local que antes abrigava o autódromo de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca. Durante os Jogos Olímpicos, a estimativa é que o local reúna 120 mil visitantes por dia, que acompanharão a disputa entre equipes nacionais de 16 modalidades olímpicas e 10 paraolímpicas.

Dentre as principais construções que integram o projeto para os Jogos está o bairro planejado da Ilha Pura. Ao todo, o espaço terá 800 mil m², sendo que 247 mil m² serão reservados para a construção da Vila Olímpica Rio 2016, que totalizará 31 torres multiuso. O espaço contará ainda com sete condomínios, parque linear de 72 mil m² e interligação de espaços residenciais e comerciais (leia Box na pág. 48).

DOSADORA

No âmbito puramente construtivo, o projeto – que tem enfoque em um perfil de sustentabilidade desde a fase inicial no canteiro de obras – conta com diversas soluções técnicas avançadas, sendo uma delas a adoção de uma central dosadora de concreto Nomad D-40, da RCO. De acordo com Maurício Cruz Lopes, diretor geral da Ilha Pura, a central dosadora foi utilizada por ser a opção mais viável economicamente para o projeto, que precisava de um terceiro ponto de carga para o carregamento das argamassas necessárias na execução das obras. Mas há outros aspectos que pesaram na escolha. “Nossa decisão também foi pautada pela facilidade de montagem do equipamento, além da grande flexibilidade do maquinário para permitir a mudança do local de instalação, algo que seria necessário no decorrer das obras”, diz ele.

Como destaca Leonardo Cavalcante, executivo da área comercial da RCO, a central Nomad adotada na obra – que ao todo durará três anos e meio – é a mais completa já fornecida pela RCO no país. Equipado com dois silos horizontais, o conjunto incorpora uma balança para a dosagem de água, em vez de hidrômetro. “Desenvolvida especialmente para a Ilha Pura, a balança de água foi posteriormente incorporada como recurso padrão na central de concreto”, explica o especialista.

Outro diferencial interessante para o projeto da Ilha Pura diz respeito à rampa de agregados. Constituída de paredes metálicas, o acessório também foi fornecido pela RCO e contribuiu para agilizar significativamente o processo de ativação da central, dispensando as obras de alvenaria. “A central dosadora instalada possui ainda três balanças de aditivos, quando o padrão em obras é a utilização de apenas uma ou, no máximo, duas”, acresce. “Por isso, consideramos que se trata de uma central completa dotada de software de automação, que garante qualidade, precisão, confiabilidade e rastreabilidade das informações.”

MISTURADORA

Além da RCO, a empresa Schwing-Stetter  também trabalhou no local com diversos equipamentos, como a central misturadora para concreto M2, além de diversas autobetoneiras e bombas para concreto. Segundo o diretor da empresa, Ricardo Lessa, as duas centrais instaladas no canteiro de obras do novo bairro foram responsáveis por cerca de 90% do concreto utilizado na obra. “Com misturador de duplo eixo horizontal e capacidade para a produção de até 94 m³/hora, a M2 realmente foi um dos grandes diferenciais no canteiro da Ilha Pura”, atesta. “Até porque este modelo tem a considerável vantagem de ser transportado de forma rápida e facilmente instalado.”

Lessa explica que as duas centrais misturadoras foram construídas no próprio local, de modo a evitar o deslocamento de caminhões e, desse modo, controlar as emissões. “Estima-se que seriam necessárias 12.500 viagens de caminhões para transportar todo o concreto até agora produzido na obra”, comenta o diretor.

Aliás, com a instalação das centrais misturadoras no local foi possível produzir 60 mil m³ de concreto nas centrais, evitando a emissão de 170 tCO2e (toneladas de carbono equivalente), o que equivale à queima de 67 mil l de óleo diesel.

GRUAS

Além dos equipamentos utilizados para a produção sustentável de concreto, diversas gruas atuaram no local, incluindo equipamentos da marca Potain fornecidos pela Locabens. Segundo o engenheiro Paulo Carvalho, diretor técnico da locadora e responsável pela implantação das gruas Potain na obra, ao todo 17 gruas de lança horizontal dos modelos MC85A e MC125 passaram pelo local. “E, até o final da obra, serão implantadas mais 13 unidades”, complementa o executivo.

Além da movimentação vertical de cargas realizada com guindastes, a empresa também fará a movimentação de pessoas da Vila dos Atletas, com a utilização de conjuntos duplos de elevadores de cremalheira do modelo SC 45 FC 20/30, que inclusive já estão em operação na obra. Esses equipamentos são fabricados pela empresa Alimak Hek, que – assim como a Potain – é representada pela Locabens no Brasil.

ENERGIA

Para atender ao elevado fluxo de atletas, turistas e profissionais de imprensa que acompanharão os Jogos Olímpicos em 2016, serão necessários equipamentos que forneçam energia ininterruptamente, de modo a garantir o bom funcionamento das provas, assim como do espetáculo a ser presenciado ao vivo ou transmitido para todo o planeta pelas diversas mídias presentes nas competições.

A fabricante Atlas Copco, por exemplo, fornece equipamentos que trabalham na geração de energia para diversos setores da obra, além de alimentar alguns maquinários de empresas terceirizadas. Segundo Luiz Gustavo Tavares Mendes, sócio-diretor da Suporte Equipamentos, empresa responsável pela locação dos equipamentos, a fabricante também fornece compressores ao Parque Olímpico. “Esses equipamentos trabalham em conjunto com martelos pneumáticos na quebra de concreto e de pequenas rochas, uma etapa necessária para a planificação dos terrenos”, finaliza.

Vila Olímpica será integrada à cidade

A Vila Olímpica dos Jogos Rio 2016 terá 3.604 apartamentos a serem utilizados por mais de 18 mil atletas. São 31 prédios de 17 pavimentos, distribuídos por sete condomínios independentes com apartamentos de 2, 3 e 4 quartos. O projeto contempla ainda um parque público de 65 mil m2 e um viveiro de 20 mil m2, assinado pelo escritório de paisagismo Burle Marx. Após a competição, os apartamentos serão vendidos e entregues aos clientes finais em um período de até um ano.

 

 

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