Nas cidades-sede da Copa de 2014, quase 800 projetos somam mais de R$ 104 bilhões em investimentos em infraestrutura
Os dados sobre investimentos totais para a Copa do Mundo de 2014 variam desde os relacionados somente à construção civil, calculados em R$ 22,7 bilhões, até os que envolvem todas as melhorias em infraestrutura, chegando à cifra de R$ 104 bilhões. O primeiro valor é estimado pela LCA Consultores e o último abrange 786 projetos levantados pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base).
A maior concentração de projetos ocorre na área de mobilidade urbana, compreendendo desde obras de corredores para ônibus até a instalação de metrôs de superfície, com investimentos totais de R$ 61 bilhões. Um exemplo é Salvador, que prevê a implantação de um corredor de alta capacidade de tráfego, orçado em R$ 570 milhões, ligando o aeroporto às proximidades do novo Fonte Nova. O projeto é um dos vários BRTs (Bus Rapid Transit), em implantação nas cidades-sedes da Copa de 2014. As obras no entorno da nova arena, por sua vez, devem consum
Nas cidades-sede da Copa de 2014, quase 800 projetos somam mais de R$ 104 bilhões em investimentos em infraestrutura
Os dados sobre investimentos totais para a Copa do Mundo de 2014 variam desde os relacionados somente à construção civil, calculados em R$ 22,7 bilhões, até os que envolvem todas as melhorias em infraestrutura, chegando à cifra de R$ 104 bilhões. O primeiro valor é estimado pela LCA Consultores e o último abrange 786 projetos levantados pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base).
A maior concentração de projetos ocorre na área de mobilidade urbana, compreendendo desde obras de corredores para ônibus até a instalação de metrôs de superfície, com investimentos totais de R$ 61 bilhões. Um exemplo é Salvador, que prevê a implantação de um corredor de alta capacidade de tráfego, orçado em R$ 570 milhões, ligando o aeroporto às proximidades do novo Fonte Nova. O projeto é um dos vários BRTs (Bus Rapid Transit), em implantação nas cidades-sedes da Copa de 2014. As obras no entorno da nova arena, por sua vez, devem consumir outros R$ 38,5 milhões.
A área hoteleira e as demandas de saneamento urbano dividem a segunda colocação, cada uma com cerca de R$ 12 bilhões em investimentos. Mas é importante ressaltar que as construções e reformas de hotéis poderão superar as projeções iniciais, uma vez que dependem exclusivamente da iniciativa privada. No caso de saneamento, entretanto, a avaliação não é tão positiva, considerando que as concessões no setor estancaram desde 2007, quando um novo marco regulatório foi estabelecido.
Com uma previsão de R$ 6 bilhões em aportes, as obras de aeroportos não andam na velocidade necessária. Somente num jogo de final de Copa do Mundo, a média de jatos executivos pode subir para 1,5 mil aeronaves pousando em um único dia na cidade-sede, número registrado na Copa da Alemanha, em 2006. O fato exigiu grande esforço por parte das autoridades germânicas, conhecidas pelo seu nível de organização. Cidades como Cuiabá e Curitiba são dois exemplos de que os governos locais estão preocupados e que tomaram iniciativas para minimizar os atrasos nos pousos e decolagens.
No Mato Grosso, segundo o diretor de planejamento da Agecopa, o governo estadual resolveu bancar os cerca de R$ 80 milhões necessários à ampliação do aeroporto da capital, para evitar que a cidade ficasse fora da Copa das Confederações. No caso de Curitiba, cujo planejamento para a Copa de 2014 está adiantado, mostrando porque a cidade é um exemplo de urbanismo, a nota fora de tom é, novamente, o aeroporto. Segundo Susana Afonso da Costa, assessora para Assuntos da Copa do Mundo, os paranaenses tomaram uma iniciativa similar à mato-grossense e esperam reduzir os atrasos no Aeroporto Afonso Pena.
A área de energia elétrica tem investimentos previstos de R$ 2,6 bilhões, distribuídos em 128 projetos, de acordo com Mello. Os investimentos estão concentrados na área de distribuição, como a instalação de subestações. Mais de 75% deles serão direcionados para as redes de distribuição das cidades. Um dado curioso é que o suprimento principal de energia nos estádios será feito com uso de geradores, cabendo às concessionárias locais o fornecimento da linha de segurança (backup) – ou seja, um princípio inverso ao usual.
Esses são exemplos dos quase 800 projetos atualmente em curso, o que também deve influenciar setores como a produção de aço e toda a cadeia de materiais de construção. A questão é vencer o tempo curto até 2013.
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