Fotos:KOMATSU
Em 2025, a Komatsu celebra 50 anos da fábrica no Brasil.
Como parte das comemorações, a empresa reuniu a imprensa especializada em julho para acentuar a importância do mercado brasileiro nas operações da marca, que no momento conclui o ciclo de investimentos de R$ 161 milhões previstos para o triênio 2023-2025, mas já antecipa planos de aportar mais R$ 100 milhões nos próximos dois anos em seu parque fabril, com o objetivo de modernizar e expandir a produção em mais de 50% até 2030.
Localizada em Suzano (SP), a unidade – a 1ª da marca fora do Japão, inaugurada em 1975 – conta com área de 630 mil m² e área construída de 100 mil m², mobilizando em torno de 1,3 mil funcionários.
Dentre os investimentos previstos no local está a construção de um novo prédio fabril, além da aqu
Fotos:KOMATSU
Em 2025, a Komatsu celebra 50 anos da fábrica no Brasil.
Como parte das comemorações, a empresa reuniu a imprensa especializada em julho para acentuar a importância do mercado brasileiro nas operações da marca, que no momento conclui o ciclo de investimentos de R$ 161 milhões previstos para o triênio 2023-2025, mas já antecipa planos de aportar mais R$ 100 milhões nos próximos dois anos em seu parque fabril, com o objetivo de modernizar e expandir a produção em mais de 50% até 2030.
Localizada em Suzano (SP), a unidade – a 1ª da marca fora do Japão, inaugurada em 1975 – conta com área de 630 mil m² e área construída de 100 mil m², mobilizando em torno de 1,3 mil funcionários.
Dentre os investimentos previstos no local está a construção de um novo prédio fabril, além da aquisição de novas máquinas de usinagem e robôs de solda.
Segundo Jeferson Biaggi, presidente da unidade fabril no Brasil, a modernização do parque industrial prevê aumento da produção de modelos produzidos no país, incluindo tratores de esteiras, carregadeiras, motoniveladoras e escavadeiras.
“O prédio ficará pronto agora em outubro, mas a previsão é que a fábrica comece a operar plenamente a partir de fevereiro de 2026”, informou.
Biaggi: necessidade de infraestrutura no país justifica investimentos. Foto:MELINA FOGAÇA
Segundo ele, a capacidade atual da fábrica é de 3.200 máquinas por ano, que deve saltar para 4 mil equipamentos em 2026, após a expansão.
Para isso, a Komatsu importou uma nova máquina de usinagem industrial que, segundo o executivo, contribuirá para o aumento da capacidade.
“Com essa nova máquina, a parte de usinagem vai aumentar em 30%”, disse Biaggi, destacando que a unidade conta com duas máquinas capazes de usinar chassis inteiros na linha de produção, mas que já somam mais de 30 anos de serviço e, além disso, trabalham no máximo da capacidade.
“Dessa maneira, a nova máquina de usinagem irá contribuir para suprir esse gargalo na produção local”, posicionou.
A planta brasileira, inclusive, é uma das poucas unidades do grupo que possui processo interno de fundição, dentre 25 países de atuação.
Até por isso, a operação da América Latina sempre se mantém no radar da empresa.
“O processo de expansão mundial começou justamente pela fábrica de Suzano”, ressaltou Takuya Imayoshi, presidente e CEO global da Komatsu, que veio ao país especialmente para participar das celebrações.
PRODUÇÃO
O grosso da produção da fábrica de Suzano é voltado para o mercado brasileiro, que representa 70% das vendas efetuadas pela operação local.
Do percentual restante, a unidade também exporta produtos para mercados como EUA (em torno de 655 máquinas/ano), Europa (170 unidades/ano) e América Latina (200 unidades/ano).
Além da fábrica de Suzano, a Komatsu mantém uma unidade menor em Arujá (SP) e investe na construção de uma nova planta industrial, localizada em Contagem (MG), com inauguração prevista para 2026. Reforçando a atuação, a companhia inaugurou ainda uma nova unidade em Parauapebas (PA), em operação desde o início deste ano.
“O espaço é utilizado para fabricação e reparo de implementos para equipamentos de mineração”, explicou o executivo.
Nacionalização do modelo PC500LC-10M0 busca responder ao aumento da demanda. Foto:KOMATSU
Segundo Biaggi, o plano estratégico de crescimento da empresa também estabelece a criação de um novo Centro de Desenvolvimento no Brasil, que inclui um grupo de engenheiros responsáveis pela definição e customização de novos produtos exclusivos para o mercado local.
“Para o país, já estamos desenvolvendo uma pá carregadeira específica para cana de açúcar, um equipamento que não existe no Japão”, complementou.
Em relação às projeções para 2025, Biaggi vê um cenário de estabilidade com viés de alta, mantendo-se no patamar de +10% de avanço, como já ocorreu no ano passado, especialmente por conta da alta dos juros.
“Mesmo diante desses desafios, o Brasil tem extrema necessidade de infraestrutura em diversos setores, como saneamento, por exemplo, o que justifica esses investimentos que a Komatsu vem fazendo na fábrica”, comentou.
PORTFÓLIO
A fábrica da Komatsu no país produz máquinas florestais como os harvesters PC200F-8 e PC200F-8M0, além do feller buncher PC350F-8 e da plantadeira de eucalipto D61EM-23M0.
Já o portfólio de máquinas de construção produzidas localmente inclui as escavadeiras (PC130(LC)-10M0, PC160LC-8, PC200-10M0, PC240LC-8 e PC360LC-8M2), as carregadeiras de rodas (WA200-6 e WA320-6), os tratores de esteiras (D51EX-22, D51EXI(PXI)-24, DE1EX-23M0 e D61EXI(PXI)-24) e as motoniveladoras (GD535-5 e GD655-5).
Com a ampliação da fábrica, antecipou o executivo, serão introduzidas soluções como a carregadeira de médio porte WA380-6, que acaba de ser nacionalizada e já começou a ser produzida, dois novos modelos de harvesters florestais, desenvolvidos especialmente para o mercado brasileiro, e a escavadeira de grande porte PC500LC-10M0 para construção pesada e mineração, que também será nacionalizada.
Trata-se da primeira máquina de 50 t produzida pela marca no Brasil.
“Como a capacidade dos caminhões aumentou muito ao longo dos anos, uma escavadeira de 50 t casa melhor com um caminhão de 45 t, resultando em ciclos mais rápidos de trabalho”, afirmou Biaggi.
“Além disso, a demanda começou a crescer e sentimos a necessidade de nacionalizar.”
Comparada ao modelo anterior, a PC500LC-10M0 – que já é comercializada via importação no Brasil desde 2019 – promete produtividade (ton/h) até 15% superior e consumo (l/h) até 11% menor, podendo atingir até 21% a mais de eficiência (ton/l).
Esses resultados são tangíveis devido ao maior volume da caçamba, garantiu a empresa, além de maior sincronia entre motor diesel e bomba hidráulica, possibilitando maior fluxo hidráulico com rpm menor.
“Ao todo, são cinco diferentes modos de operação para seleção do operador, de acordo com a necessidade do trabalho, com aumento da força de escavação na caçamba e aumento da força no braço”, descreveu.
No médio prazo, a unidade de Suzano também deve iniciar a produção de carregadeiras compactas e minis para o mercado brasileiro.
Antes de iniciar a produção, todavia, a operação deve oferecer os equipamentos via importação, visando testar o mercado.
“Estamos trazendo as primeiras unidades e, de acordo com a aceitação, daremos início à fabricação”, antecipou Biaggi.
Saiba mais:
Komatsu: www.komatsu.com.br
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Telefone (11) 3662-4159
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