Revista M&T - Ed.248 - Outubro 2020
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Agrishow Experience

Experiência virtual

além de uma extensa grade de conteúdo, a ‘Agrishow Experience’ abriu espaço para a exibição virtual de equipamentos e serviços das fabricantes do setor

Ainda na impossibilidade de eventos presenciais – em cumprimento às determinações dos órgãos de saúde que recomendam o isolamento social e a não aglomeração de pessoas durante a pandemia –, a ‘1ª Agrishow Experience’ foi a alternativa encontrada por uma das grandes feiras do país para não privar as fabricantes de mostrar suas novidades ao produtor agrícola, reconhecidamente um dos mercados que mais avançam na mecanização das atividades no país. Promovido pela Informa Markets, o evento físico deste ano foi postergado por conta da pandemia, sendo agendado para ocorrer entre os dias 26 e 30 de abril de 2021, na região de Ribeirão Preto (SP).

Por enquanto, em cinco dias consecutivos, entre 14 e 18 de setembro, um intenso ciclo de entrevistas, webinars e eventos de conteúdo mobilizou o setor do agribusiness, que se reuniu em rede para acompanhar uma grade centrada em máquinas, implementos e i


Ainda na impossibilidade de eventos presenciais – em cumprimento às determinações dos órgãos de saúde que recomendam o isolamento social e a não aglomeração de pessoas durante a pandemia –, a ‘1ª Agrishow Experience’ foi a alternativa encontrada por uma das grandes feiras do país para não privar as fabricantes de mostrar suas novidades ao produtor agrícola, reconhecidamente um dos mercados que mais avançam na mecanização das atividades no país. Promovido pela Informa Markets, o evento físico deste ano foi postergado por conta da pandemia, sendo agendado para ocorrer entre os dias 26 e 30 de abril de 2021, na região de Ribeirão Preto (SP).

Por enquanto, em cinco dias consecutivos, entre 14 e 18 de setembro, um intenso ciclo de entrevistas, webinars e eventos de conteúdo mobilizou o setor do agribusiness, que se reuniu em rede para acompanhar uma grade centrada em máquinas, implementos e insumos, tanto quanto em tecnologia, inovação e conectividade.

E, como não poderia ser diferente, também houve espaço para a exibição de equipamentos em uma vitrine virtual (em exibição até dezembro no site do evento), que trouxe ao internauta uma amostragem atualizada – mesmo que a distância – do que a poderosa agroindústria brasileira dispõe hoje em termos de tecnologias para o campo. Confira alguns destaques a seguir.

CASE IH

A marca optou por promover as colheitadeiras Axial-Flow das Séries 150 e 250, além de produtos como as plantadeiras Fast Riser 6100 (disponível em versões de 48 a 61 linhas), o pulverizador Patriot 350 (com vão livre de 1,73 m) e as novas plataformas Draper TerraFlex 4F (disponíveis nos tamanhos de 30, 35, 40 e 45 pés), todos lançamentos recentes no país.

O modelo Axial-Flow Série 250 traz um sistema inteligente de regulagem automática (Automation AFS Harvest Command), que utiliza 16 sensores para coletar dados do sistema industrial, autorregulando-se até encontrar o ponto ótimo de trabalho para cada situação. O sistema de automação real controla automaticamente 9 operações da colheitadeira, assegura a empresa, sem necessidade de intervenção do operador.

Produto mais votado pelo agricultor brasileiro no prêmio Machine Of The Year 2020,a colheitadeira Axial-Flow Série 250 (na imagem, o modelo 9250) é um dos destaques da Case IH

Além dos lançamentos, o internauta pode acessar diversos outros produtos já conhecidos da marca, como as colhedoras de cana A8810, as colhedoras de café Coffee Express Multi, os pulverizadores Patriot 250, as plantadeiras Easy Riser 3200 e os tratores Quadtrac, Steiger, Magnum, Puma, Farmall A e Farmall.

FPT INDUSTRIAL

A FPT Industrial reforçou no evento virtual sua gama de soluções G-Drive voltada à produção de energia, incluindo um portfólio de grupos geradores – nas configurações Aberto e Cabinado, de 30 kVA a 700 kVa de potência – e motores específicos para a aplicação, com range de potência de 30 kWm a 601 kWm.

Segundo a empresa, a gama de geradores é configurável em potência e isolamento térmico e acústico, trazendo recursos como monitoramento e controle inteligentes, em que o operador pode escolher o modo de funcionamento e controlar os parâmetros do gerador.

Geradores de energia FPT Industrial marcam presença em vitrine virtual

Já em motores, um dos mais recentes lançamentos da marca é o modelo N67TE8 (foto), um propulsor de seis cilindros com injeção eletrônica, capaz de gerar potência em modo stand-by de até 254 kWm.

Também foram apresentados os motores parciais ‘Short Block’ e ‘Long Block’, indicados para reposição de motores em campo, além de peças, serviços e motorizações para os segmentos on-road, off-road e marítimo. “Ao todo, são mais de 150 aplicações para as famílias de motores FPT F1, NEF, Cursor e S8000”, informa a companhia.

KOMATSU

No portfólio exibido em fotos e vídeos, a companhia destacou soluções como a escavadeira hidráulica PC210-10M0 (21 t) e o trator de esteiras D51EX-22 (de 130 hp), além da carregadeira de rodas WA320-6, com especificação para biomassa.

Com cabina espaçosa, a carregadeira traz configuração padrão com sistema de pré-filtro ciclônico, sistema de arrefecimento de água com maior capacidade de troca de calor e radiador hidráulico de seção única, além de telas laterais com orifícios de maior espessura, para a eliminação do acúmulo de material do compartimento do motor.

A pá carregadeira Komatsu WA320-6 tem configuração para uso em biomassa

A máquina conta ainda com a inversão no sentido do fluxo de ar de refrigeração e sistema de hélice reversível com a configuração de reversão automática e manual, responsável por manter a limpeza contínua do sistema de arrefecimento, evitando paradas durante a operação.

NEW HOLLAND CONSTRUCTION

Celebrando 70 anos no Brasil, a empresa destacou uma extensa linha de produtos, muitos deles fabricados em Contagem (MG), incluindo as retroescavadeiras B95B e B110B, as pás carregadeiras 12D EVO, W130B, W170B e W190B, as escavadeiras da Série C EVO (E145C, E175C, E215 C, E245C, E385C, E405C, E485C e E505C), as motoniveladoras RG140.B, RG170.B e RG200.B, os tratores de esteira D140B, D150B e D180C e, em destaque, as minicarregadeiras da nova Série 300.

Disponível em quatro modelos – L318 (foto), L320, L325 e L330, de 60 hp a 90 hp de potência, capacidade operacional de 818 kg a 1.360 kg e força de desagregação de 24,7 kN a 38,3 kN –, a nova família de compactos traz cabina com comandos reposicionados e novo design, resultando em melhor interface e conforto ao operador, garante a fabricante.

O modelo L318 integra a nova Série 300 de minicarregadeiras da New Holland Construction

A Série 300 conta ainda com sistema de elevação ‘Super Boom’, que promete altura e alcance de descarga, com estabilidade. “Enquanto o braço sobe, desloca a carga para a frente e não para trás, resultando em alcance e alturas maiores, indispensáveis em aplicações como carregamento de grãos em caminhões e abastecimento de alimentação para animais”, descreve a empresa.

NEW HOLLAND AGRICULTURE

A fabricante mostrou na ‘Agrishow Experience’ suas principais linhas de máquinas e soluções especializadas para o campo, incluindo novidades como a nova linha de plantadeiras PL7000, composta pelos modelos PL7048 (de 48 linhas) e PL7061 (de 61 linhas, na foto), segundo a companhia uma das maiores do país.

A plantadeira PL7061 é uma das apostas da New Holland Agriculture para a cultura de grãos graúdos

Indicadas para as principais culturas de grãos graúdos, como soja, milho e algodão, as máquinas são direcionadas para grandes e médias propriedades, onde a janela de plantio é cada vez menor e a necessidade de se obter rendimento operacional é fundamental para o sucesso da operação.

A marca, que também venceu o prêmio Machine Of The Year 2020/2021 com a enfardadeira Roll Baler 125 Combi, também exibiu máquinas como o pulverizador Defensor SP3500, com capacidade para 3.500 a 4.000 l, barra de 30/36 m e vão livre de 1,43 m, a colheitadeira CR8.90 para colheita de soja, com duplo rotor e mesa autonivelante, e a família T7 de tratores, representada pelos modelos T7.175 e T7.205, com potência entre 100 cv e 200 cv, dentre outros produtos.

Agricultura tropical é desafio para indústria de máquinas

Webinar promovido na Agrishow Experience reúne especialistas do setor paradebater inovação e sustentabilidade na produção agrícola sob a ótica da tecnologia

Muito se fala sobre a inovação como algo futurista e high-tech, especialmente quando se trata de maquinários agrícolas. No entanto, para Odilo Pedro Marion, presidente da Agrimec, a inovação é mais ampla e surge em qualquer lugar e momento, quando não é mais possível aceitar as coisas da forma como são feitas. “No momento em que você não aceita algo, procura uma alternativa melhor, pois o que existe já está obsoleto”, afirma. “Isto é inovação: a criação de novas tendências.”

No agronegócio, uso da tecnologia acompanha a necessidade do mercado

Por outro lado, o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Ricardo Inamasu, pondera que de nada adianta haver inovação se não for sustentável e rentável. “E necessário considerar um tripé que tem como base a sustentabilidade econômica, ambiental e social”, frisa. “Uma depende da outra.”

Segundo Inamasu, o Brasil apresenta uma agricultura muito própria, com grande variação de solos, distinta da lavoura europeia ou asiática, por exemplo. Isso representa um desafio, pois requer adaptações da tecnologia. A mesma percepção é relatada por Niumar Dutra Aurélio, supervisor de marketing do produto da AGCO, para quem não é possível implantar integralmente uma tecnologia sem focar na real necessidade do mercado em que está sendo oferecida. “Enquanto estão em desenvolvimento, os produtos precisam ser pensados, testados e validados de acordo com as características dos mercados em que serão comercializados”, afirma. “Nisso, entram todos os pontos relacionados à ‘agricultura tropical’.”

De acordo com ele, esse conceito também implica características climáticas independentes e estações definidas, permitindo até três safras por ano em algumas ocasiões. “Assim, para atender às premissas do plantio direto, as técnicas de manejo do solo precisam aumentar a produtividade e melhorar continuamente o ambiente de cultivo”, delineia Aurélio. “Isso inclui evitar erosão, obter rendimento e realizar operações na janela adequada, entregando benefício agronômico ao produtor.”

Particularidades do agronegócio brasileiro exigem adaptação dos equipamentos

Para o diretor de marketing da Jacto, Wanderson Tosta, trabalhar com agricultura tropical também é desafiador para quem atua com equipamentos.

“As tecnologias de fora servem para ditar tendência, mas também funcionam como uma base para o aprimoramento”, pondera. “Mas as condições de trabalho no Brasil – tantas vezes extremas – são bem diferentes das de outros países, exigindo um forte trabalho de desenvolvimento para que as tecnologias atendam às necessidades particulares da agricultura tropical.”

Saiba mais:
Agrishow Experience: www.agrishow.com.br/pt/agrishow-experience.html.html

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