A emulsão asfáltica é um dos produtos mais caros utilizados em uma obra rodoviária. Quanto melhor for a qualidade desse insumo e sua homogeneidade, mais satisfatório será o resultado na construção do pavimento. Por isso, a tecnologia dos espargidores tem evoluído de maneira singular, atendendo às expectativas de construtoras, empreiteiras e de quem utiliza a rodovia.
O avanço tem possibilitado aumento da produtividade, garantindo uniformidade na aplicação do material ligante e redução de desperdício da emulsão. Para isso, esses equipamentos possuem um tanque contendo emulsões asfálticas, aquecimento e bombeamento para pavimentar o solo de rodovias e vias públicas. O material dispõe de impermeabilizantes e ligas que realizam a aspersão do betume, tornando a máquina capaz de imprimar a pista na área construída.
A estrutura conta com motor hidráulico, bomba de fluxo vari&aac
A emulsão asfáltica é um dos produtos mais caros utilizados em uma obra rodoviária. Quanto melhor for a qualidade desse insumo e sua homogeneidade, mais satisfatório será o resultado na construção do pavimento. Por isso, a tecnologia dos espargidores tem evoluído de maneira singular, atendendo às expectativas de construtoras, empreiteiras e de quem utiliza a rodovia.
O avanço tem possibilitado aumento da produtividade, garantindo uniformidade na aplicação do material ligante e redução de desperdício da emulsão. Para isso, esses equipamentos possuem um tanque contendo emulsões asfálticas, aquecimento e bombeamento para pavimentar o solo de rodovias e vias públicas. O material dispõe de impermeabilizantes e ligas que realizam a aspersão do betume, tornando a máquina capaz de imprimar a pista na área construída.
A estrutura conta com motor hidráulico, bomba de fluxo variável e painel lógico programado para oferecer exatidão, garantindo que a faixa de aplicação do material decorra normalmente, sem deformidades. Existem diferentes tecnologias para a barra espargidora, com modelos equipados com controle eletrônico, pneumáticos e tapa-buraco, entre outras. Cada equipamento oferece uma maneira distinta de aplicação da emulsão asfáltica.
Com o processo de assimilação de tecnologia, o mercado já conta com modelos que não precisam de operadores para controlar a barra ou a caneta espargidora, pois o processo é automatizado por meio de GPS. Os principais tipos disponíveis no mercado incluem modelos mecânicos, hidrostáticos e eletrônicos.
Dependendo do tipo, o operador pode ficar embarcado na cabine do caminhão e controlar a barra espargidora instalada na traseira do equipamento, com taxa de aplicação uniforme em todo o processo.
Telemetria ainda não está totalmente difundida no mercado de espagidores, mas vem avançando
ELETRÔNICA
Especialista do departamento comercial da LDA Equipamentos, o engenheiro Paulo Silva observa que, embora não seja uma tecnologia recente, o sistema de telemetria com uso do GPS (para leitura de velocidade com precisão e confiabilidade) ainda não está totalmente difundido no mercado, devido principalmente ao custo-benefício. “E necessário escala maior na produção e demanda por parte dos clientes”, ressalta.
Com olhar no futuro, Silva diz já vislumbrar espargidores autônomos nos canteiros. “Para isso, é necessário que os equipamentos sejam equipados com uma série de sensores, além de câmeras e módulos de percepção do ambiente em 3D, que os ajudarão a se movimentar em meio aos perigos dos canteiros”, comenta. “Ainda assim, algoritmos avançados, rede neural e sistema 5G serão fundamentais para a adoção.”
Ao contrário do que ocorre com outros tipos de máquinas, em espargidores a eletrônica embarcada, assim como o controlador e o processador, possui linguagem de fácil assimilação. “O sistema dispõe de controle eletrônico de vazão, controle de aplicação da barra/bicos, leitura de velocidade em relação à taxa de aplicação, boia eletrônica digital para controle do nível de material no tanque, leitura de rotação da bomba, leitura de rotação da 5a roda e horímetro”, conta Silva.
Com esses pontos em destaque, o espargidor eletrônico garante automaticamente a taxa de aplicação, mesmo que haja alteração na velocidade do caminhão, possibilitando maior precisão e eficácia no projeto ao evitar desperdício de material e problemas como exsudação e desagregação.
Porém, antes de utilizar o equipamento, é necessário dimensioná-lo de maneira adequada. Para Leonardo Carvalho, coordenador de vendas da SR Equipamentos Rodoviários, isso exige análise do tipo de obra e do nível de complexidade, definindo os recursos necessários. “O ponto mais relevante é a acuracidade no traço entregue pelo equipamento”, aponta. “Caso isso não ocorra, a sequência estará comprometida.”
Com efeito, o espargidor deve manter o material ligante homogeneizado na temperatura ideal e entregar exatamente a taxa de aplicação almejada. “O excesso ou a falta de material afetam a durabilidade do pavimento e geram prejuízos”, sublinha Thiago Sebber Romanelli, coordenador comercial da Romanelli, que detém a Tecnologia eFlow, um processador eletrônico que faz a parametrização do equipamento.
“Se o operador insere a taxa de 1 litro por m², por exemplo, o sistema faz a leitura da velocidade do caminhão e gera uma compensação entre fluxo e velocidade, garantindo exatamente a taxa de aplicação desejada e eliminando a possibilidade de erros”, diz.
Processadores eletrônicos fazem a parametrização do equipamento
MANUTENÇÃO
De acordo com Carvalho, da SR, para manter a produtividade em nível elevado é preciso que a manutenção esteja em dia, respeitando as diretrizes do manual. “Para manter a produção em alto nível, o responsável pela equipe deve qualificar e valorizar seu pessoal”, acentua. “No que se refere às questões técnicas, o que possibilita uma aplicação mais homogênea, com camadas uniformes, são a temperatura correta da emulsão e a calibragem do sistema de espargimento.”
Em relação à produção, Silva reforça que o treinamento é decisivo para atingir bons resultados no processo da aplicação e, ainda, uma melhor compreensão das funcionalidades do equipamento. “A taxa de aplicação da emulsão é dada pela relação entre a vazão da bomba e a velocidade do caminhão, multiplicada pela largura da barra ou bicos abertos”, explica.
Segundo ele, a principal diferença do modelo eletrônico é que dispõe de regulagem variável, enquanto o convencional tem regulagem fixa. “Nesse caso, existe variação de velocidade no caminhão, que não é compensada pela bomba de emulsão”, adiciona.
Conforme é aplicado, o material espargido tende a ficar impregnado no equipamento, o que exige procedimentos de manutenção contínuos e bem-elaborados. Por se tratar de emulsão asfáltica, o material deriva de petróleo disperso na água contendo aditivos dispersantes, que, por natureza, não se misturam. “Portanto, a limpeza da barra espargidora e dos bicos é a principal manutenção para o bom funcionamento dessas máquinas”, especifica Silva, da LDA.
Se a limpeza não for realizada de forma adequada, o material ficará rígido e impregnado na próxima utilização, podendo danificar o equipamento, além, é claro, de atrasar a aplicação do material. Na entrega técnica, geralmente é evidenciado o procedimento correto dessa operação.
Carvalho observa que, apesar de os equipamentos contarem com sistemas eficientes de autolimpeza, é necessário intensificar a cultura da limpeza e revisão básica do equipamento ao final de cada expediente. “Em nossas visitas de campo, percebemos que as empresas estão avançando bastante, com planos baseados em manuais e informações dos fabricantes”, avalia. “Isso minimiza o risco de danificar componentes nos equipamentos com tecnologia embarcada.”
OFERTA
De acordo com o especialista, a automatização é um dos recursos que mais se sobressaem nos espargidores fornecidos pela SR, que se diferenciam com a entrega de 100% da taxa selecionada pelo operador ou engenheiro da obra, segundo a fabricante. “A qualidade dos componentes aplicados também é um diferencial, pois trabalhamos com fornecedores certificados e sempre com produtos nacionais”, assegura. “Estamos trabalhando forte na automatização, buscando aprimorar ainda mais a relação homem-máquina para torná-la mais eficiente, segura e acessível, com linguagens mais simples e processos interativos.”
Por sua vez, a LDA é focada em desenvolver tecnologias simplificadas, com custo-benefício compatível nos diferentes modelos de espargidores mecânicos, hidrostáticos e eletrônicos. Para todas as linhas, os equipamentos possuem tanque ‘dual’ (bipartido) para armazenamento de dois tipos de produtos. Por exemplo, emulsões convencionais, modificadas, CM-30 e Asfalto Diluído de Petróleo (ADP), o que facilita a operação, aumenta a taxa de utilização do equipamento e a rentabilidade nos diferentes tipos de obras.
“Os espargidores possuem um amplo check-list de recursos e diferenciais, que comprovam o desempenho, a tecnologia de ponta e a economia com produtividade”, frisa Silva, destacando outras características, como a usinagem dos bicos e da barra espargidora, responsáveis pelo controle do ângulo do espargimento da emulsão, e o controle da altura da aplicação do material. “Outro fator importante na homogeneidade na aplicação é a calibração das bombas”, finaliza.
MERCADO
Segmento vive aquecimento de vendas
Apesar dos desafios impostos pela pandemia, a LDA computou um crescimento de 12,87% em 2021 em relação ao ano anterior. Em razão dos reflexos provocados pelo coronavírus, que impactaram bruscamente os fabricantes de implementos, o especialista do departamento comercial da LDA, Paulo Silva, informa que a empresa sentiu problemas de abastecimento por parte dos fornecedores, principalmente a falta e demora de matérias-primas vitais como aço e itens comerciais. Esse cenário foi comum para todos os fabricantes de máquinas. “Mas estamos otimistas para 2022, com uma expectativa de vendas superior à do ano passado”, prevê.
Mesmo com os impactos da pandemia, setor está confiante em 2022
Leonardo Carvalho, coordenador de vendas da SR, compartilha a percepção. “As expectativas são muito boas, já iniciamos o ano com a nossa linha de produção a pleno vapor”, comemora. “Não temos do que nos queixar de 2021, pois fizemos parcerias fortes que nos possibilitaram levar nossos equipamentos a novos e importantes mercados, tornando a marca cada vez mais consolidada no ramo da pavimentação.”
De acordo com ele, o ano passado foi um dos melhores exercícios recentes para a SR Equipamentos, com metas superadas, vendas com aumento considerável e reconhecimento cada vez maior da marca pelo mercado. “Há alguns gargalos para entrega de máquinas, mas temos trabalhado com planejamento sempre à frente, para superá-los sem maiores transtornos”, arremata.
TECNOLOGIA
Nova geração de espargidores de ligante promete maior eficiência
Lançados em 2020, os novos modelos das séries TC e MC da Streumaster agregam sistema automático de dosagem, unidade de pesagem eletrônica Weightronic, dispositivo pneumático de enchimento bilateral de alta velocidade, eclusas dosadoras autolimpantes (construídas em carcaça especial com zonas de pressão e alívio), painel operacional atualizado com display em cores de 12 polegadas e sistema opcional de câmera, prometendo máxima precisão de equipamentos projetados como reboques ou para montagem em veículos de transporte.
Com capacidade de carregar até duas toneladas de ligantes por minuto e por conexão, o processo de enchimento pode ser realizado em ambos os lados, graças a dois tubos de conexão de grandes dimensões. Por padrão, são fixados na parte traseira da máquina, permitindo que os caminhões-silo se desloquem e realizem o enchimento mesmo quando o espaço for limitado ou houver fluxo de tráfego.
“O novo dispositivo de enchimento pneumático de alta velocidade e a nova geometria do reservatório garantem o enchimento rápido e a distribuição uniforme do material”, diz a empresa. “Um sistema de filtro automático opcional também permite o enchimento livre de poeira.”
Saiba mais:
LDA: www.ldaequipamentos.com.br
Romanelli: www.romanelli.com.br
SR: https://srequipamentos.com.br
Streumaster: www.streumaster.com
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade