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Revista M&T - Ed.63 - Fev/Mar 2001
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Ferramenta

Estágio na Europa

Em sua fase internacional, programa da Sobratema promove visita de estudantes brasileiros a obras e fabricantes de equipamentos na Itália, Suíça e Alemanha.

Fábrica: contato com novas tecnologias e processos de produção.

No período de 17 de fevereiro a 3 de março, os nove estudantes de engenharia que obtiveram as melhores colocações entre os participantes do Programa Ferramenta, da Sobratema, realizaram uma viagem técnica a obras e fabricantes de equipamentos pesados da Itália, Suíça e Alemanha.

O evento teve acompanhamento dos engenheiros Valdir Christiano e Durval Barosa, monitores do programa e foi patrocinado pela Aliva, Casagrande, Herrenknecht, Liebherr e Sandvik/Tamrock, que compunham o roteiro de visitas do grupo e pela Asserc.

Lembrando que o programa Ferramenta foi criado com o propósito de atuar como agente facilitador do ingresso de estudantes de engenharia no mercado de trabalho, os dois monitores destacaram a importância da viagem, enquanto canal de acesso a tecnologias e metodologias exclusivas de alguns países da Europa, tanto para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes como também para todos os profissionais e colaboradores do programa que “viram o resultado de seus esforços e a materialização do sonho de propiciar esta experiência àqueles que um dia estarão no comando de empresas ou equipes de trabalho".

Para Renato Murias, aluno da FEI - Faculdade de Engenharia Industrial - da USP, “as visitas foram muito boas e produtivas já que acompanhamos a produção dos equipamentos nas fábricas e pudemos observá-los em funcionamento nos campos de obras”. Todos foram unânimes em considerar que essa “oportunidade única, com tantas portas abertas e um roteiro tão diversificado, cobrindo várias áreas da Engenharia”, dificilmente seria possível sem o empenho da Sobratema: “Estou muito, orgulhos


Fábrica: contato com novas tecnologias e processos de produção.

No período de 17 de fevereiro a 3 de março, os nove estudantes de engenharia que obtiveram as melhores colocações entre os participantes do Programa Ferramenta, da Sobratema, realizaram uma viagem técnica a obras e fabricantes de equipamentos pesados da Itália, Suíça e Alemanha.

O evento teve acompanhamento dos engenheiros Valdir Christiano e Durval Barosa, monitores do programa e foi patrocinado pela Aliva, Casagrande, Herrenknecht, Liebherr e Sandvik/Tamrock, que compunham o roteiro de visitas do grupo e pela Asserc.

Lembrando que o programa Ferramenta foi criado com o propósito de atuar como agente facilitador do ingresso de estudantes de engenharia no mercado de trabalho, os dois monitores destacaram a importância da viagem, enquanto canal de acesso a tecnologias e metodologias exclusivas de alguns países da Europa, tanto para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes como também para todos os profissionais e colaboradores do programa que “viram o resultado de seus esforços e a materialização do sonho de propiciar esta experiência àqueles que um dia estarão no comando de empresas ou equipes de trabalho".

Para Renato Murias, aluno da FEI - Faculdade de Engenharia Industrial - da USP, “as visitas foram muito boas e produtivas já que acompanhamos a produção dos equipamentos nas fábricas e pudemos observá-los em funcionamento nos campos de obras”. Todos foram unânimes em considerar que essa “oportunidade única, com tantas portas abertas e um roteiro tão diversificado, cobrindo várias áreas da Engenharia”, dificilmente seria possível sem o empenho da Sobratema: “Estou muito, orgulhoso de fazer parte desse time”, resume José Renato, também da FEI.

Fábricas e Canteiros

Atuando desde 1963 na fabricação de máquinas e equipamentos para construção de fundações e de equipamentos especiais para grandes obras, a sede e principal planta da italiana Casagrande, em Fontanafreda, foi o ponto de partida da visita dos brasileiros. Além de conhecer a linha de produtos, seus aspectos técnicos e sua aplicação, os estudantes tiveram acesso a dados do mercado de equipamentos de construção, cuja competitividade acirrada determinou a adoção de técnicas rigorosas para o desenvolvimento e controle de qualidade dos produtos. Também foi apresentado o funcionamento do departamento de serviços de apoio na fase pós-venda, formado por profissionais que já passaram por diversas áreas da Casagrande e que respondem não só pelo treinamento dos operadores e engenheiros dos clientes, como por um "call center” disponível 24 horas por dia para solucionar problemas ou dúvidas.

Outras curiosidades da empresa são o reduzido quadro de pessoal e a informalidade dos ambientes, também encontradas na Aliva, fabricante suiça de máquinas e acessórios para projeção de concreto por processo úmido, semi-úmido e seco e de equipamentos para aplicação de material refratário em trabalhos de reforma ou construção de fornos de fundição. A operação de alguns equipamentos pode ser assistida no canteiro de obras de um túnel para estrada de ferro, com um sistema de trabalho bastante semelhante ao das obras de duplicação da rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, visitadas recentemente pelo programa, exceto por alguns métodos construtivos e pela utilização menos intensiva de mão de obra.

Ainda na Suiça, em Porrentruy, os estudantes conheceram as obras de um complexo de túneis rodoviários, que utilizam um Jumbo Titan 316- 150, com três perfuratrizes, da Sandvik-Tamrock, empresa líder do mercado de equipamentos para perfuração. O projeto prevê a construção de 4 túneis, com 900 m de comprimento cada, área transversal de 78 m2 e altura aproximada de 8,3 m. A obra avança a uma velocidade de 81 metros por semana e toda a operação é planejada para o rendimento máximo do equipamento: enquanto se faz a remoção de material de uma frente de trabalho, o “JUMBO” faz a perfuração na outra. O equipamento então se desloca para fora do túnel para que seja feita a detonação da seção e se desloca para o trecho já limpo iniciando a perfuração de um novo avanço. A tecnologia empregada no sistema de navegação do equipamento, o controle de cada uma das perfurações e a detonação de uma das seções transversais de um dos trechos foram mostrados ao grupo durante a visita.

Para demonstrar a alta tecnologia da alemã Herrenknecht, única empresa no mundo que desenvolve, fabrica e comercializa a gama completa de máquinas para a construção de túneis, com diâmetros de perfuração que variam entre 100 e 14.200 mm, os estudantes conheceram as obras de um túnel para instalação de gasoduto, nas imediações de Basiléia e de outro para uma ferrovia ligando Zurique a Thalwil, ambas na Suiça e a fábrica em Schanaw, Alemanha.

No caso da ferrovia, estão sendo utilizados simultaneamente dois equipamentos Shield, com 12,3 m de diâmetro, em dois trechos de 6.330 m e 2.620 m, respectivamente, a uma profundidade máxima de 32 m. O canteiro principal para suprimento e descarga de material foi detalhadamente planejado e instalado em uma área de 70.000 m², de forma que tanto a entrada quanto a saída de material são feitos via ferrovia, eliminando-se o inconveniente tráfego de caminhões de grande porte.

Na fábrica, a produção não tem uma cadência pré-definida, mesmo porque cada máquina de grande diâmetro ocupa quase um galpão inteiro durante a montagem e os testes dos sistemas hidráulicos e eletrônicos. Chamou a atenção do grupo a grande quantidade e diversidade de máquinas em fabricação, confirmando o aquecimento desse mercado.

A última etapa da viagem foi a visita a duas fábricas da Liebherr, também na Alemanha. A fábrica de guindastes e gruas, em Biberach, ocupa uma área de 52 mil m2 e tem sua linha de produção composta de máquinas operatrizes de alta tecnologia, totalmente automatizadas e desenvolvidas pela própria Liebherr, onde um único operador supervisiona não menos do que 3 máquinas.

Já a fábrica de escavadeiras hidráulicas de Kirchdorf possui uma área total de 300 mil m2, 100 mil dela coberta e produz 12 unidades/dia. Nas duas plantas a verticalização da produção foi explicada não apenas como uma decisão econômica, mas também em função do compromisso da empresa de gerar o maior número de postos de trabalho sem comprometer a lucratividade, além do domínio tecnológico de todo o ciclo produtivo e consequentemente do produto.

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