Com investimentos totais de R$ 150 milhões em equipamentos, dos quais 30% foram destinados à conclusão da primeira balsa brasileira para lançamento de dutos (leia reportagem na edição nº 160 da M&T, de agosto de 2012), a Locar Guindastes e Transportes Intermodais vem ampliando sua área de atuação para manter-se como uma das maiores locadoras do país no segmento de movimentação de cargas.
Segundo o presidente e fundador da empresa, Julio Eduardo Simões, além da balsa Locar Pipe que custou R$ 95 milhões e deve ser finalizada no final do primeiro semestre, mais cinco barcos também estão sendo concluídos no Rio de Janeiro com o objetivo de atuar na exploração do pré-sal. Esses projetos sinalizam uma nova realidade para a empresa, cuja área marítima vem crescendo a uma média de 20% ao ano, já representando aproximadamente 25% de seus negócios, com um faturamento em torno de R$ 70 milhões.
Simões informa que a parte marítima da Locar está dividida em duas frentes: Apoio Marítimo e Contrato (que inclui a gestão de
Com investimentos totais de R$ 150 milhões em equipamentos, dos quais 30% foram destinados à conclusão da primeira balsa brasileira para lançamento de dutos (leia reportagem na edição nº 160 da M&T, de agosto de 2012), a Locar Guindastes e Transportes Intermodais vem ampliando sua área de atuação para manter-se como uma das maiores locadoras do país no segmento de movimentação de cargas.
Segundo o presidente e fundador da empresa, Julio Eduardo Simões, além da balsa Locar Pipe que custou R$ 95 milhões e deve ser finalizada no final do primeiro semestre, mais cinco barcos também estão sendo concluídos no Rio de Janeiro com o objetivo de atuar na exploração do pré-sal. Esses projetos sinalizam uma nova realidade para a empresa, cuja área marítima vem crescendo a uma média de 20% ao ano, já representando aproximadamente 25% de seus negócios, com um faturamento em torno de R$ 70 milhões.
Simões informa que a parte marítima da Locar está dividida em duas frentes: Apoio Marítimo e Contrato (que inclui a gestão de contratos com a Petrobras). Atualmente, no primeiro segmento a empresa conta com 16 barcos, entre balsas, guindastes e rebocadores. No total, 13 já estão prontos e três ainda em fabricação, entre eles a Locar Pipe. “Já na parte do Contrato, temos 10 barcos com contrato de aluguel, sete em operação e três em fabricação, que entregaremos ainda no primeiro semestre”, diz o presidente.
BALSA
Equipamento até então oferecido apenas por empresas internacionais, a Locar Pipe está sendo concluída no estaleiro da empresa, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro (RJ). Projetado pela própria companhia, o casco da embarcação possui 87,5 m de comprimento, 30 m de largura e 6 m de profundidade. A balsa foi dimensionada para lançamento de dutos de 6 a 34 polegadas de diâmetro em águas rasas de até 100 m.
A expectativa do executivo é que o sucesso do projeto estimule um maior desenvolvimento desse setor no mercado nacional. “A previsão de entrega da balsa é para julho de 2013, com perspectivas de locação ainda para este ano”, afirma Simões.
Além do lançamento de dutos, a balsa poderá ser utilizada como flotel e estrutura de apoio, sendo posicionada ao lado de uma plataforma fixa com a finalidade de realizar reparos, funcionando ainda como alojamento para a tripulação de 170 pessoas a bordo. “Nas plataformas, normalmente não é possível alocar todos os trabalhadores, sendo necessário levar e trazer os funcionários todos os dias”, explica Simões. “Com o flotel, no entanto, os trabalhadores poderão permanecer no local, com estrutura completa para as atividades diárias, otimizando o tempo.”
Operacionalmente, a balsa lançadora de dutos está sendo equipada com um guindaste principal, modelo Manitowoc 4100W, com 250 t/m de capacidade e capaz de atingir 47,76 m de altura. Outro equipamento auxiliar, o modelo Fushun QUY150, operará a uma altura de até 42,7 m, com capacidade de 150 t/m. A balsa conta ainda com um heliporto para o suprimento e troca de operações, feito com material importado leve e de alta tecnologia, capaz de segundo Simões suportar um helicóptero de 12 t.
MERCADO
No mercado de locação, a estimativa da Locar era de crescer 25% no último ano, mas o setor travou e o avanço acabou não superando os 10%. Após os resultados frustrantes, a empresa já recuperou o ânimo com a comercialização de grande parte de seus equipamentos para o setor marítimo no início de 2013, o que segundo Simões é um sinal positivo para o restante do ano. Após obter um faturamento de R$ 480 milhões no último exercício, os resultados da empresa podem chegar a R$ 620 milhões neste ano, o que significaria um significativo avanço de 30%.
Como comenta o presidente, o foco atual da empresa está voltado para a conclusão do projeto da balsa, além de investimentos internos em estruturação do organograma, processos e equipamentos, para auxiliar no crescimento sustentável da empresa. “O mais recente investimento realizado foi na área de plataformas, com a aquisição de cerca de 500 máquinas”, revela Simões. “Com isso, estamos otimistas com as possibilidades do mercado, mas tudo dependerá dos resultados no primeiro semestre.”
Segurança é objeto de atenção
Além dos serviços marítimos, a Locar atua com andaimes, transportes especiais, remoções industriais, gruas, guindastes, manipuladores telescópicos e plataformas aéreas. Com tantas opções de equipamentos, a empresa investe pesado na segurança de seus funcionários e oferece treinamentos constantes, especialmente após a criação de uma gerência nacional de QSMS - Qualidade e Sistemas Integrados (Segurança, Meio Ambiente e Saúde). “No final de 2012, criamos a diretoria de gestão de pessoas, algo que precisamos investir, pois trabalhamos com equipamentos de alto risco, como guindastes e plataformas”, comenta o presidente da Locar, Julio Eduardo Simões.
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