P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.265 - Julho 2022
Voltar
ENTREVISTA – Sérgio B. Martins

“Setor precisa de equilíbrio entre demanda e oferta”

Uma das principais distribuidoras de máquinas e equipamentos pesados do país, a Brasif Máquinas vê o atual momento do mercado com otimismo

Uma das principais distribuidoras de máquinas e equipamentos pesados do país, a Brasif Máquinas vê o atual momento do mercado com otimismo, principalmente pela demanda aquecida por soluções, mas também pontuado por desafios, incluindo a oferta de produtos abaixo da necessidade dos clientes, com prazos de entrega maiores que o habitual.

A empresa, que atua na área de construção e mineração desde a fundação, em 1965, tem a trajetória marcada pela parceria com a marca Case Construction, uma das maiores fabricantes de equipamentos do mundo, mas também atua com produtos das marcas Hyster-Yale, FPT e Indeco, inclusive nos segmentos de rental e seminovos.

Em entrevista exclusiva concedida à Revista M&T, o diretor da Brasif Máquinas, Sérgio Borges Martins, afirma que, mesmo frente ao cenário desafiador, os resultados têm sido satisfatórios, tanto em 2021 quanto no primeiro trimestre


Uma das principais distribuidoras de máquinas e equipamentos pesados do país, a Brasif Máquinas vê o atual momento do mercado com otimismo, principalmente pela demanda aquecida por soluções, mas também pontuado por desafios, incluindo a oferta de produtos abaixo da necessidade dos clientes, com prazos de entrega maiores que o habitual.

A empresa, que atua na área de construção e mineração desde a fundação, em 1965, tem a trajetória marcada pela parceria com a marca Case Construction, uma das maiores fabricantes de equipamentos do mundo, mas também atua com produtos das marcas Hyster-Yale, FPT e Indeco, inclusive nos segmentos de rental e seminovos.

Em entrevista exclusiva concedida à Revista M&T, o diretor da Brasif Máquinas, Sérgio Borges Martins, afirma que, mesmo frente ao cenário desafiador, os resultados têm sido satisfatórios, tanto em 2021 quanto no primeiro trimestre deste ano.

Natural de Belo Horizonte (MG), o executivo é formado em engenharia mecânica pela PUC/MG, além de ter concluído o Programa de Gestão Avançada da FDC-Insead (Institut Européen d’Administration des Affaires), na França. Iniciou a carreira profissional na antiga Sotema, de São Paulo, posteriormente adquirida pela Brasif, onde Martins está desde outubro de 1972, completando, portanto, 50 anos de empresa este ano.

“As altas taxas de juros, a dificuldade de vários clientes em obter crédito e o panorama político de grande incerteza vêm contribuindo para uma maior cautela por parte dos empresários”, diz ele, que também comenta em primeira mão pontos como fornecimento, tempo de entrega, tecnologia, tendências e outros.Acompanhe.

  • Qual é a estrutura atual da empresa? E seu foco?

Com mais de 50 anos de atuação no mercado, a Brasif possui uma rede de 10 filiais que cobre todo o território onde atua, incluindo as cidades de Belo Horizonte (MG), Jundiaí e Ribeirão Preto (SP), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Palmas (TO), Brasília (DF) e Cuiabá (MT). Nosso objetivo é manter a disponibilidade operacional e contribuir para que nossos clientes tenham uma produtividade progressiva e sustentável. Por isso, somos obstinados na qualificação de nosso corpo técnico e criteriosos na escolha dos fornecedores e parceiros, para entregarmos o melhor custo total de propriedade nos produtos que comercializamos e provermos o máximo de eficiência operacional aos nossos clientes.

  • Quais marcas e setores são atendidos pela rede?

Atualmente, representamos a Case, especialmente a linha de máquinas para construção, agricultura e mineração, a Hyster-Yale, com empilhadeiras e reach stackers, e a linha de motores e geradores da FPT. Vale destacar que a empresa é a distribuidora exclusiva da marca Case Construction no Brasil, em uma parceria que completou 50 anos em 2020. Além disso, a Brasif Máquinas também atua com locação de máquinas, especializando-se em soluções para movimentação de materiais. Quanto aos setores, a companhia atende aos mercados de Construção, Mineração, Energia, Óleo & Gás, Indústria, Saneamento e Agricultura, entre outros.

  • Como está o mercado brasileiro em termos de demanda?

A demanda por equipamentos continua aquecida em todo o território nacional e em seus vários segmentos. Porém, continuamos com uma oferta de produtos menor que a necessidade dos clientes, o que provoca prazos de entrega bastante longos. A demanda por equipamentos da Linha Amarela continua alta, mas alguns fatores já sinalizam uma tendência de desaceleração. As altas taxas de juros, a dificuldade de vários clientes em obter crédito e o panorama político de grande incerteza vêm contribuindo para uma maior cautela por parte dos empresários. Felizmente, os resultados têm sido muito bons, tanto em 2021 quanto no 1º trimestre, apesar das citadas dificuldades de atendimento a muitos pedidos por falta de equipamentos.


Segundo Martins, seriedade permitiu sobreviver à pandemia sem problemas nas equipes

  • Nesse cenário, qual é a expectativa comercial para 2022?

Como todos sabem, no mundo todo no nosso segmento sofre com problemas no fornecimento de componentes e matérias-primas, com a forte elevação de preços desses insumos e com as dificuldades e preços dos fretes internacionais. Além desses fatores, o cenário foi agravado com a recente guerra deflagrada na Ucrânia. Mesmo assim, a expectativa para o ano é boa, talvez com um crescimento na ordem de 5% a 7%.

  • Aliás, como avalia os gargalos na produção e no tempo de entrega? Até quando devem perdurar?

Como disse acima, a falta de componentes é um problema global, analisado em várias reportagens e seminários virtuais, tanto locais quanto internacionais. A solução para essa situação está demandando algum tempo e, na minha visão, ainda vai demorar alguns meses. Acredito que o segmento – incluindo fabricantes, distribuidores e clientes – já absorveu e tenta se ajustar a essa realidade. Mas é claro que tudo isso alterou de maneira agressiva os prazos de entrega. Como ocorreu em outras regiões do mundo, a demanda por equipamentos começa a declinar e, em alguns meses, poderemos retomar um equilíbrio maior entre a demanda e a oferta.


Com mais de 50 anos de atuação, empresa também atua com rental e soluções de movimentação

  • Como a empresa atuou no pós-venda durante a pandemia?

Durante a pandemia, atuamos de modo bastante próximo ao normal quanto ao atendimento técnico, buscando atender às demandas dos nossos clientes obedecendo todas as orientações sanitárias das autoridades na área. É importante registrar que, mesmo com um quadro de colaboradores próximo a 1.000 pessoas, não tivemos nenhum problema maior relacionado à saúde dos nossos colegas, muito em virtude da seriedade com que tratamos a pandemia.

  • Mudando de assunto, como a tecnologia embarcada vem impulsionando o setor?

Fala-se muito em tecnologia embarcada, mas ainda não vejo um grande avanço na Linha Amarela aqui no Brasil, principalmente se compararmos com o que acontece hoje com as máquinas agrícolas. É claro que, atualmente, o monitoramento já é bastante comum e ganhou uma importância inédita na gestão das frotas, tornando-se uma importante ferramenta para um melhor controle da produtividade e dos custos operacionais.

Setor ainda sofre com fornecimento de componentes e matérias-primas, diz o executivo

  • Qual é sua expectativa quanto aos novos combustíveis e máquinas elétricas? Já é algo próximo para o país?

Também sobre esse tema tenho uma visão bastante conservadora, pois acredito que a substituição de motores a diesel por motores elétricos em máquinas de construção ainda está muito distante. Isso por várias razões práticas, sendo uma delas determinante, que é a recarga e o manuseio das baterias em obras no campo sem infraestrutura adequada. Além disso, a tecnologia elétrica ainda é muito incipiente. Em 2021, foi vendido no mundo um volume de 1,2 milhão de máquinas da Linha Amarela, sendo apenas de 2.000 a 5.000 unidades de máquinas elétricas. Quanto aos novos combustíveis, as possibilidades são maiores que o uso de motores elétricos.

  • E como a digitalização pode transformar os negócios? A Brasif vem atuando em relação a isso?

É evidente que os avanços na área de TI, incluindo internet e redes sociais, estão transformando o mundo e a maneira de fazer negócios, especialmente com o e-commerce. Felizmente, a Brasif estava (e ainda está) em um estágio evoluído na área, tornando-se bem-preparada para esses novos tempos. Que, de certa forma, foram acelerados pela necessidade de distanciamento provocada pela pandemia. Hoje, fazemos pleno uso de diversas ferramentas e aplicativos desenvolvidos para melhorar e tornar mais ágil o atendimento aos nossos clientes.


Para o CEO, a substituição em larga escala das máquinas a diesel ainda deve demorar

  • Há outras tendências que podem mudar o jogo no setor?

Essa é uma questão difícil de responder, pois infelizmente ainda estamos atrasados em alguns avanços que já são habituais em outras regiões do planeta, como o problema das emissões. Isso posto, posso afirmar que temos no Brasil os maiores fabricantes do mundo, que – no momento mais adequado – certamente trarão para nós o que for possível usar em território brasileiro em termos de tecnologia e inovações.


Saiba mais:
Brasif:
www.brasifmaquinas.com.br

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E