A demanda por energia tem aumentado exponencialmente no país, conforme diferentes setores da economia se fortalecem, a exemplo do industrial, minerário, agronegócio e comércio, além do consumo.
A previsão do relatório “Electricity 2024 – Analysis and Forecast to 2026”, elaborado pela Agência Internacional de Energia, aponta para um crescimento médio de 2,5% ao ano no Brasil pelos próximos dois anos, com aumento de 50% da produção solar e eólica.
Embora a alta seja evidente, nem sempre as empresas são abastecidas de maneira eficiente pelas concessionárias.
Por isso, os grupos geradores e as torres de iluminação são alternativas eficazes para atender a esses setores, até pela confiabilidade e capacidade de fornecer energia ininterrupta em condições adversas.
Atualmente, esses equipamentos contam com robustez e qualidade necessárias para garantir o suprimento que os projetos requerem, seja para fornecimen
A demanda por energia tem aumentado exponencialmente no país, conforme diferentes setores da economia se fortalecem, a exemplo do industrial, minerário, agronegócio e comércio, além do consumo.
A previsão do relatório “Electricity 2024 – Analysis and Forecast to 2026”, elaborado pela Agência Internacional de Energia, aponta para um crescimento médio de 2,5% ao ano no Brasil pelos próximos dois anos, com aumento de 50% da produção solar e eólica.
Embora a alta seja evidente, nem sempre as empresas são abastecidas de maneira eficiente pelas concessionárias.
Por isso, os grupos geradores e as torres de iluminação são alternativas eficazes para atender a esses setores, até pela confiabilidade e capacidade de fornecer energia ininterrupta em condições adversas.
Atualmente, esses equipamentos contam com robustez e qualidade necessárias para garantir o suprimento que os projetos requerem, seja para fornecimento contínuo ou stand by em diferentes aplicações.
Para o consultor Eduardo Fernandes Teixeira, o atendimento pós-venda é o diferencial para balizar a escolha entre as diferentes marcas, com destaque para eficiência em suprimento de peças, mão de obra e garantia.
“A concepção de montagem de grupos geradores é praticamente idêntica entre os fabricantes, com poucas diferenças”, descreve o especialista, destacando que poucas empresas fabricam o conjunto completo.
A Atlas Copco investe em tecnologia avançada para garantir que os geradores sejam robustos e eficientes, atendendo às demandas críticas de energia.
Segundo o gerente de marketing e produto da divisão Power Technique, Marco Castro, as empresas exigem o menor custo de propriedade possível, principalmente quando o gerador é a principal fonte de energia.
“Aplicações e localidades onde não há energia elétrica fornecida pela concessionária são exemplos disso”, diz.
Na perspectiva de Ricardo Garcia, diretor comercial da Pramac Brasil, a demanda energética no país deve crescer em média 3% ao ano no próximo biênio, impulsionada pela atividade econômica e maior consumo nas residências.
Uma parte significativa será preenchida por fontes renováveis, mas as linhas de transmissão ainda são um problema. “Nessa ótica, a demanda para grupos geradores a diesel e a gás tende a aumentar”, conjectura.
A gerente executiva de vendas da Cummins Power Generation para a América do Sul, Cora Reis, reforça que a demanda por fontes alternativas tem crescido em ondas progressivas.
No entanto, o diesel permanece no topo das consultas quando se fala em geradores, com uma fatia de cerca de 90%.
“Em parceria com distribuidores, a Cummins atua em projetos híbridos de geradores a diesel combinados com outras fontes”, conta, apontando uma tendência por solares e eólicas, que variam de acordo com a região e a disponibilidade de energia.
“O futuro dos negócios transita necessariamente pela adoção de fontes renováveis”, acentua.
Consumo crescente de energia deve impulsionar
demanda de grupos geradores no país
ESPECIFICAÇÃO
Quando dimensionado corretamente, o gerador é um aliado para evitar a inoperância de sistemas, exigindo estudos de consumo em horários de pico.
Reis explica que, para determinar o modelo adequado, é necessário inicialmente entender o perfil de utilização de energia.
Ou seja, se o cliente busca energia de backup para emergências e/ou desabastecimento ou como forma de economia e fornecimento alternativo por períodos mais longos.
“O passo seguinte é verificar a potência total necessária para alimentar a obra”, diz.
De acordo com ela, é fundamental avaliar o local da instalação, visando garantir o fluxo de ar correto e adequar o ambiente para que a entrada de ar frio seja oposta à exaustão do ar quente.
“Outro ponto importante é checar o nível de ruído, para que não haja problemas no ambiente em que o gerador será instalado”, explica.
Além disso, a acessibilidade também deve ser levada em conta, já prevendo futuras manutenções, abastecimentos e operações com o gerador.
“A equipe de engenharia analisa esses itens, além de questões logísticas, verificando o entorno da instalação, local para movimentação da carga e acesso do cliente”, completa.
O consultor Teixeira acrescenta que cada segmento tem uma particularidade em relação aos geradores.
“Normalmente, as grandes obras de infraestrutura já contam com projeto definido por um time de especialistas, em que consta a potência necessária no escopo”, ressalta.
“Contudo, os clientes de varejo, eventos, condomínios, área de serviços e consumidores finais nem sempre possuem ideia da potência definida e, por isso, é necessário fazer uma visita ao local, instalar equipamento de medição, entender as cargas e levantar as informações de instalação.”
Para um diagnóstico preciso, Garcia, da Pramac, lembra que avaliar a conta de energia é vital para auxiliar nessas informações.
“Ao relacionar a quantidade e a potência de equipamentos como motores, ar-condicionado, iluminação e outros, torna-se possível dimensionar o gerador com mais exatidão”, afirma.
Redução da pegada de carbono representa um
progresso significativo em produtos emissionados
STAND-BY X CONTÍNUO
Os geradores para uso contínuo são projetados para operação ininterrupta em aplicações onde se necessita de energia constante.
Já os geradores stand-by são adequados para backup, ativando-se automaticamente em caso de falha de energia.
Os geradores da Atlas Copco são projetados para operação em regime contínuo devido à alta tecnologia e robustez”, destaca Castro.
“Porém, é crucial saber em qual regime de operação o equipamento irá operar, para que se possa estabelecer a potência adequada.”
O gerente reitera que os geradores mais avançados integram sistemas de controle para monitoramento remoto, diagnóstico automático e ajuste adaptável de carga.
Essas inovações não só melhoram a eficiência operacional, ele garante, mas também ajudam a economizar combustível e a prolongar a vida útil do equipamento.
Já Garcia, da Pramac, lembra que, além do avanço do sistema eletrônico de supervisão, os recursos tecnológicos no motor (que pode ser movido a diesel ou gás natural) marcam uma evolução nesses equipamentos.
Ele aponta que não há diferenças no modelo, mas sim na aplicação.
Nesse sentido, a ISO 8528 estabelece quatro regimes de operação, incluindo COP (potência contínua com carga constante, tipicamente com PRP de 70%); PRP (potência contínua com carga variável, com carga média abaixo de 70%); LTP (potência por tempo limitado para uso intermitente, com limite de 500 h/ano); e ESP (potência de emergência para uso intermitente em stand-by, com limite de 200 h/ano e carga média abaixo de 70%).
De acordo com Teixeira, aproximadamente 90% dos grupos geradores utilizados no mercado são de operação stand-by e prime, modalidade em que o equipamento pode ser utilizado por um período adicional que não seja na mesma condição do contínuo.
Para ele, embora a maior parte das empresas calculem o dimensionamento para potência stand-by, deveriam fazê-lo em prime, pois nunca se sabe com exatidão quanto tempo pode durar a falta de energia.
“Por isso, o cálculo deve ser mais conservador em relação à aplicação do gerador”, orienta.
Em falta súbita de energia, por exemplo, os geradores stand-by e prime entram em ação de forma automática.
“Há um tempo mínimo até o equipamento começar a operar em momentos de interrupção”, observa.
“Quando ocorre a queda, o gerador recebe um sinal do desabastecimento e leva cerca de 15 seg. para iniciar o fornecimento.”
Avanço da tecnologia resulta em geradores
mais robustos, compactos e econômicos
TECNOLOGIA
O mercado de geradores evoluiu nos últimos anos, especialmente em relação a motores.
Hoje, estão mais eficientes e robustos, com economia de combustível e inteligência para evitar consumo excessivo de peças, além de oferecerem montagem muito parecida.
“O tamanho dos equipamentos também progrediu, pois se antes eram enormes para atender cargas relativamente pequenas, hoje a estrutura está bem mais compacta”, nota Teixeira.
A parte de automação, monitoramento remoto, gerenciamento e gestão do equipamento também está mais eficiente, gerando informações precisas sobre consumo, falhas e resolução de problemas.
“Muitas vezes, bastam alguns ajustes em campo, mesmo sem conhecimento pleno sobre o funcionamento do gerador”, completa.
Com o advento da eletrônica embarcada para motores, a Cummins avançou também no desenvolvimento de geradores, oferecendo vantagens como redução de consumo e manutenção, além de propulsores menores e mais potentes.
“No entanto, o progresso mais significativo foi a redução da pegada de carbono em produtos emissionados”, sublinha Cora Reis.
De acordo com ela, a família de geradores fabricada em Guarulhos (SP) traz motor eletrônico QSB7 nas versões C170D6E, C185D6E e C200D6E, com potências de 170 kW, 185 kW e 208 kW, respectivamente. A nova gama substitui o motor mecânico C6 6C, de 8.3 l.
“Essa troca permitiu entregar a mesma potência, com a vantagem de oferecer geradores mais compactos e econômicos, com redução de emissões”, afirma.
“A dimensão dos novos modelos diminuiu 14%, oferecendo mais energia em menor espaço, além de redução de peso de 11%.”
A transição energética para fontes renováveis de energia é vista como crucial para frear as emissões.
Alinhada a essa demanda, a Atlas Copco tem investido no desenvolvimento de soluções híbridas com geradores a diesel e sistemas de armazenamento de energia com baterias de íon de lítio, que atuam apenas em caso de necessidade.
“As cargas são alimentadas pelos sistemas de armazenamento de energia, reduzindo em mais de 90% a emissão de CO2, além de permitirem a integração a sistemas de energia renovável, como a solar”, explica Castro.
MERCADO I
Gerador a hidrogênio já está disponível no Reino Unido
Com 45 kVA de potência contínua, o gerador de combustão interna a hidrogênio E45 já está disponível para compra e locação no Reino Unido.
Equipado com motor H2ICE Electrical Power, o modelo foi concebido para funcionar com qualquer tipo de hidrogênio.
“Esse gerador representa um avanço significativo na tecnologia de produção de energia a partir do hidrogênio, oferecendo uma solução rentável, ecológica e de elevado desempenho para a produção de energia”, diz Robin Futcher, diretor executivo da Commercial Fuel Solutions, que assumiu a distribuição na região.
Com 45 kVA, o gerador E45 funciona com qualquer tipo de hidrogênio
Diferentemente dos sistemas baseados em células de combustível, o gerador H2ICE é menos vulnerável a impurezas no fornecimento de hidrogênio, garantindo maior confiabilidade e reduzindo os custos com combustível ao longo do tempo.
“Essa característica torna o gerador de energia a hidrogênio uma opção atrativa para operações que pretendem minimizar o impacto ambiental através de energia limpa”, completa Futcher.
MERCADO II
Demanda de torres de iluminação cresce no país
Equivoca-se quem pensa que as torres de iluminação são geradores de energia, quando na verdade são equipamentos específicos com padrão de montagem único.
Projetadas para oferecer eficiência energética, utilizam tecnologia LED de alta qualidade e sistemas de controle automatizados, que ajustam automaticamente a intensidade da luz, combinando baixo consumo de diesel e de emissão de gases, além de um reduzido custo de propriedade.
“Entre as inovações recentes, pode-se citar a economia de combustível proporcionada pela eficiência do motor diesel, novos materiais fonoabsorventes, que garantem a redução de ruído, e substituição de refletores com lâmpadas halógenas por refletores LED de última geração”, descreve Ricardo Garcia, da Pramac.
“Essas alterações garantem uma operação de até 200 h, sem a necessidade de reabastecimento.”
Atualmente, o mercado já oferece torres solares e elétricas de alta eficiência e emissão zero de CO2, além de híbridas.
As torres alimentadas por energia solar oferecem benefícios significativos, incluindo autonomia prolongada com baterias de alta capacidade, baixa manutenção devido à ausência de combustíveis fósseis e sustentabilidade ambiental com emissão zero.
“A eficiência operacional é mantida mesmo em dias nublados ou chuvosos, garantindo uma fonte confiável de iluminação, com autonomia de até 60 h de operação”, conta Marco Castro, da Atlas Copco.
O armazenamento por baterias permite inclusive a alimentação dos refletores LED.
“A autonomia pode variar, mas em média são necessárias 6 h de carregamento para 12 h de operação”, retoma Garcia. “Após a carga total, a autonomia de operação chega a 40 h.”
Segundo o gerente de engenharia Fabio Carvalho, as torres de iluminação da DCCO podem ser alugadas por meio de departamento de rental nas regiões onde a empresa atua, incluindo os estados de Goiás, Distrito Federal e Tocantins.
“Normalmente, são bastante procuradas para reformas de estradas e obras em geral que avançam noite adentro”, relata.
Inovações em torres incluem economia de combustível,
novos materiais e refletores de última geração
Basicamente, o portfólio da DCCO é composto por torres equipadas com grupos geradores a diesel da Cummins. Mas a empresa também oferece modelos que podem funcionar com placas solares.
“Nesse caso, são projetos mais recentes e que passam o dia expostos, recebendo a luz do sol para carregar as baterias e funcionar no período noturno”, diz Carvalho.
De acordo com ele, as placas fotovoltaicas das torres de iluminação têm autonomia de cerca de 20 h, mais que o suficiente para a utilização em períodos noturnos.
Além disso, a recarga das baterias não requer sol estridente. “A claridade, mesmo que parcial, consegue realizar o carregamento”, assegura.
“Quando exposta por 12 h, certamente consegue funcionar no período da noite.”
No entanto, o cuidado no transporte é um ponto crucial para o manuseio das torres equipadas com placas fotovoltaicas, pois os equipamentos contam com superfície de vidro ou resina, que pode ser danificada caso as torres não estejam muito bem-acomodadas no caminhão.
“Temos recebido demanda para torres de iluminação, principalmente para iluminar canteiro de obras em período noturno, além de obras em estradas”, conta o especialista.
Garcia ressalta que o mercado para esses equipamentos está em constante evolução no país.
“O surgimento de novos segmentos tem chamado a atenção, sendo que a robustez e a autonomia têm norteado os clientes na escolha do melhor produto”, diz ele.
Já Castro aponta uma demanda promissoras em setores como construção, mineração, eventos ao ar livre e emergências.
“Os clientes valorizam a facilidade de uso, a eficiência energética e a capacidade de fornecer iluminação de alta qualidade, de forma rápida e confiável”, conclui.
Saiba mais:
Atlas Copco: www.atlascopco.com/pt-br
Commercial Fuel Solutions: https://commercialfuelsolutions.co.uk
Cummins: www.cummins.com/pt
DCCO: https://dcco.com.br
Pramac: https://pramac.com.br
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