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Revista M&T - Ed.296 - Agosto de 2025
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ENTREVISTA – PEDRO BONHOLO SILVA

Empresas tecnificadas conseguem otimizar a eficiência’’

"Queremos solidificar a nossa presença ainda mais e crescer em segmentos estratégicos", diz o novo líder da New Holland Construction para a América Latina
Por Redação


Foto:GASPAR NÓBREGA


Com 75 anos recém-completados de atuação no mercado brasileiro, a New Holland Construction nutre grandes expectativas em relação ao país, enxergando oportunidades – presentes e futuras – para a comercialização de suas máquinas em território nacional.

Essa é a constatação de Pedro Bonholo Silva, novo líder da marca para a América Latina, em entrevista exclusiva para a Revista M&T.

Segundo o executivo, o país apresenta tendências favoráveis em infraestrutura, por exemplo.

“A New Holland está sempre pronta para atuar no desenvolvimento da região junto aos concessionários, parceiros e clientes, levando em consideração as características e necessidades de cada mercado”, diz ele.

Formado em Administração pela Faculdade Estácio, Silva constr



Foto:GASPAR NÓBREGA


Com 75 anos recém-completados de atuação no mercado brasileiro, a New Holland Construction nutre grandes expectativas em relação ao país, enxergando oportunidades – presentes e futuras – para a comercialização de suas máquinas em território nacional.

Essa é a constatação de Pedro Bonholo Silva, novo líder da marca para a América Latina, em entrevista exclusiva para a Revista M&T.

Segundo o executivo, o país apresenta tendências favoráveis em infraestrutura, por exemplo.

“A New Holland está sempre pronta para atuar no desenvolvimento da região junto aos concessionários, parceiros e clientes, levando em consideração as características e necessidades de cada mercado”, diz ele.

Formado em Administração pela Faculdade Estácio, Silva construiu uma sólida carreira no setor de máquinas e equipamentos, inicialmente na Brasif (2007-2015), onde atuou como analista de negócios e planejamento, supervisor de pricing, controle de estoque e gerente de inteligência em pós-venda, dentre outros.

Posteriormente, amealhou uma vasta experiência na CNH Industrial e suas controladas.

No grupo desde 2015, já desempenhou diferentes cargos estratégicos, começando como especialista de produto e passando depois a supervisor regional de vendas para peças, serviços e máquinas.

Antes de chegar à posição de liderança na América Latina, em janeiro de 2025, o executivo atuou como gerente de negócios da CNH em Austin, nos Estados Unidos.

A vivência profissional internacional inclui ainda a função de Market Intelligence and Digital Marketplace na New Holland Construction North America, com sede em Houston.

“Queremos solidificar a nossa presença ainda mais e crescer em segmentos estratégicos”, afirma. “As expectativas são grandes, pois enxergamos um futuro promissor para a região, que apresenta muitas oportunidades em infraestrutura.”

A seguir, acompanhe os principais trechos.

Segundo o executivo, investimento de R$ 12 milhões no Centro de Experiência do Cliente mostra a confiança da marca no potencial do mercado. Foto: NEW HOLLAND CONSTRUCTION


  • O que representa para a marca completar 75 anos no país?

A New Holland Construction cresceu junto com o país, que na década de 1950 – quando a empresa se estabeleceu no país – se preparava para encarar o desafio do desenvolvimento. Ao longo desses 75 anos, a marca esteve presente em importantes obras, verdadeiros marcos no desenvolvimento do país, sempre lado a lado com os clientes e atenta às oportunidades. Depois de mais de sete décadas, podemos nos orgulhar dessa trajetória, mas sabemos que ainda há muito a ser feito.

  • Qual é a expectativa da empresa em relação ao mercado latino-americano?

Atuamos em um mercado bastante amplo, cobrindo setores como infraestrutura, construção civil (leve e pesada), terraplenagem, mineração, locação e agronegócio. Para isso, contamos com equipes totalmente dedicadas à América Latina, sempre atentas às tendências e demandas do mercado. E, levando em consideração os dados demográficos e econômicos dos países latino-americanos, é possível identificar carências em infraestrutura, saneamento e outras áreas, o que revela o enorme potencial de crescimento.

  • A inauguração do Centro de Experiência do Cliente reflete essa confiança?

Fizemos um investimento de R$ 12 milhões na criação do Centro de Experiência do Cliente em Sarzedo (MG), um espaço que reforça a preocupação com o desenvolvimento do mercado e mostra a confiança em seu potencial. O espaço está em linha com outros centros de excelência da CNH no mundo, como Tomahawk, nos EUA, que serviu de referência para o projeto. Além de demonstrações de produtos e serviços, o espaço foi desenvolvido para receber testes de engenharia e prover capacitação técnica e comercial à rede, elevando a experiência do cliente e reforçando a proximidade com a marca.

  • Nesse sentido, qual é a importância de contar com um campo de provas?

O campo de provas funciona como um laboratório a céu aberto, onde nossas máquinas são testadas e submetidas a condições extremas de trabalho. Isso permite testar exaustivamente os equipamentos e verificar seu desempenho, tudo dentro de casa, em um local criado especialmente para isso. Ou seja, mais que um espaço físico, trata-se de um investimento estratégico, que ajuda a garantir qualidade, segurança e conformidade técnica de equipamentos e serviços, constituindo um fator fundamental para a confiabilidade da marca e a satisfação dos clientes.

  • Quais são os critérios adotados para ampliação do portfólio?

Desenvolvemos produtos e serviços a partir das percepções e necessidades dos usuários em campo, levando em consideração as características e tendências de cada mercado – e seguiremos com essa premissa. Esse processo é baseado em pesquisas de campo, comparações com a concorrência e monitoramento contínuo dos feedbacks, seja por pesquisas diretas ou redes sociais. A partir dessas informações, podemos propor alterações e evoluções para o aprimoramento dos equipamentos.

  • Pode citar um exemplo?

Um exemplo prático é que, desde o dia 1° de maio deste ano, todas as máquinas da marca fabricadas em Contagem passam a ter garantia de três anos ou 4.500 h. Mas a inovação também segue como foco. Atualmente, 100% das máquinas já saem de fábrica com sistema embarcado de telemetria. Oferecemos ainda uma plataforma (My New Holland Construction) que auxilia na gestão da frota. Com o monitoramento, é possível ter uma visão geral das principais informações e tomar decisões baseadas em dados, a partir da análise dos indicadores. Na fábrica, há ainda a central conectada FleetConnect Center, que analisa e gerencia os alertas gerados pela frota em tempo real, com uma equipe de especialistas para garantir respostas rápidas e experiência diferenciada às operações.

  • Qual é a ocupação atual da fábrica e como se divide a demanda?

Recentemente, a fábrica recebeu um aporte de R$ 106 milhões para modernização e aumento da capacidade, sendo responsável pela produção de cinco das nove linhas oferecidas pela marca (retroescavadeiras, escavadeiras, pás carregadeiras, motoniveladoras e tratores de esteira), com produção cerca de 40% maior que em 2020. Além da produção nacional, importamos compactadores, miniescavadeiras, minicarregadeiras e carregadeiras compactas, produzidos em diferentes plantas ao redor do mundo.

Equipe de inteligência faz levantamentos de consumo para definir os volumes de produção. Foto: NEW HOLLAND CONSTRUCTION


  • Como a empresa define a estratégia de produção?

Nosso time de inteligência faz os levantamentos de consumo dos países importadores para definir os volumes indicados de produção. Segundo a AEM (Association of Equipment Manufacturers), os principais mercados latino-americanos incluem Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Equador e Panamá. Hoje, as máquinas mais exportadas incluem a retroescavadeira B95B e as motoniveladoras RG170.B e RG200.B, que atendem todas as segmentações. O mercado brasileiro absorve cerca de 2/3 da produção, enquanto os demais países da América Latina representam o 1/3 restante.

  • Qual é o diferencial da rede em termos de equipes, tecnologias e serviços?

A empresa está presente em 95% do território do continente (23 países da América Latina), com uma ampla rede de concessionários e pontos de venda. Contamos com uma rede sólida, com parceiros que representam a marca há mais de 50 anos, além de novos investidores que acreditam na força da marca e iniciaram operação recentemente. Somos uma marca de grande tradição, mas também em plena expansão, principalmente devido à estabilização do mercado latino-americano em cerca de 55 mil unidades/ano nos últimos cinco anos.

  • Como a marca se posiciona em relação à transição energética?

Seguimos as regulamentações de motores exigidas pelos respectivos países – como Chile e Colômbia, por exemplo, que já estão no Tier 4. Mas seguimos investindo constantemente em novas tecnologias e inovação com foco em sustentabilidade, sendo líderes mundiais em busca por soluções em energia limpa. Um bom exemplo são os tratores movidos a biodiesel, biometano e hidrogênio. Nosso portfólio global também já oferece outras inovações em termos de emissões, como máquinas elétricas. Porém, ainda não enxergamos uma grande demanda para essa tecnologia no mercado latino-americano.

  • A propósito, quais dessas tendências devem se efetivar nos próximos anos?

A tendência da construção é tornar os processos ainda mais eficientes, seguros, sustentáveis e produtivos. Nos próximos anos, devemos ver o aprimoramento e a consolidação de movimentos que já estão emergindo, com foco em inteligência de dados, automação, IA e conectividade, como já ocorre em maior escala no agronegócio. Em relação à telemetria, a aplicação ainda varia muito conforme o perfil de atuação do cliente. Empresas mais tecnificadas já conseguem otimizar a eficiência operacional com base nos dados gerados pela telemetria, enquanto outras ainda estão sendo introduzidas ao tema.

  • Qual atividade ou função está mais evoluída nesse aspecto?

O mercado brasileiro é muito diverso, fazendo com que em cada região convivam demandas distintas. Porém, algumas tecnologias são demandadas em várias aplicações, como nivelamento orientativo ou automático, que facilita escavações em taludes com limitação de profundidade, tamanho ou formato, por exemplo. Outra tecnologia cuja procura vem crescendo são os sistemas de identificação de obstáculos, que tornam os canteiros mais seguros, uma vez que a máquina consegue identificar, alertar o operador e, até mesmo, parar a operação para evitar um possível acidente.

O mercado brasileiro é muito diverso, fazendo com queem cada região convivam demandas distintas, diz Silva. Foto: NEW HOLLAND CONSTRUCTION


  • Como avalia o momento do país para o setor de máquinas?

O mercado indica uma retomada da confiança, devendo se manter acima de 35 mil unidades pelo 4º ano consecutivo, segundo perspectivas de diferentes entidades. Sabemos que há oportunidades. O mercado vem sendo mais impulsionado pela iniciativa privada (construtoras, empreiteiras, locadoras), tornando-se cada vez menos dependente dos governos. A expectativa é seguir em linha com os dados de mercado, que apontam participação relevante nos setores de locação, construção pesada e agronegócio.

  • Há preocupações nesse caminho?

Além dos juros altos, a principal preocupação que os clientes trazem é a dificuldade de obter crédito para investir. Todavia, há uma tendência clara de ampliação das PPPs nos próximos anos. Na nossa casa, em Minas Gerais, são previstos mais de R$ 100 bilhões em investimentos para os próximos sete anos, segundo dados da FIEMG e da Fundação Dom Cabral. São esperadas diversas oportunidades de grandes obras, como estradas, rodoanel, ampliação do metrô, marco legal do saneamento e grandes leilões de infraestrutura, entre outras.


Saiba mais:
New Holland Construction: construction.newholland.com/pt-br/southamerica

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