Após anos de queda nas receitas, resultando em aumento de estoques e ociosidade produtiva, as fabricantes chinesas contam com a abertura de uma nova “rota da seda” para recuperar a indústria de equipamentos pesados no país. Desde 2011, após o colapso nos preços das commodities, o setor vem sofrendo com a retração. Naquele ano, as vendas da indústria no país chegaram a um pico de US$ 35 bilhões, de acordo com a consultoria especializada Off-Highway Research. Em 2016, as estimativas apontam para resultados de US$ 9 bilhões, o pior nível em mais de uma década.
Isso porque o volume de vendas de equipamentos para construção na China declinou de 435 mil unidades em 2011 para 131 mil unidades em 2015, em uma queda de 70% em quatro anos. Para 2016, os analistas esperam um leve avanço de aproximadamente 4%, com vendas provavelmente estabilizadas em um pouco menos de 138 mil unidades.
INFRAESTRUTURA
O país tenta driblar o impacto do ritmo mais baixo de crescimento dos últimos 25 anos acelerando aprovações de projetos e encorajando invest
Após anos de queda nas receitas, resultando em aumento de estoques e ociosidade produtiva, as fabricantes chinesas contam com a abertura de uma nova “rota da seda” para recuperar a indústria de equipamentos pesados no país. Desde 2011, após o colapso nos preços das commodities, o setor vem sofrendo com a retração. Naquele ano, as vendas da indústria no país chegaram a um pico de US$ 35 bilhões, de acordo com a consultoria especializada Off-Highway Research. Em 2016, as estimativas apontam para resultados de US$ 9 bilhões, o pior nível em mais de uma década.
Isso porque o volume de vendas de equipamentos para construção na China declinou de 435 mil unidades em 2011 para 131 mil unidades em 2015, em uma queda de 70% em quatro anos. Para 2016, os analistas esperam um leve avanço de aproximadamente 4%, com vendas provavelmente estabilizadas em um pouco menos de 138 mil unidades.
INFRAESTRUTURA
O país tenta driblar o impacto do ritmo mais baixo de crescimento dos últimos 25 anos acelerando aprovações de projetos e encorajando investidores privados a assumir um papel mais importante na área de infraestrutura. Nos primeiros 10 meses do ano passado, o país aprovou projetos de US$ 429 bilhões, um nível 2,9% maior sobre o mesmo período do ano anterior.
A Associação Americana de Fabricantes de Equipamentos (AEM, da sigla em inglês) estima que o país tenha investido o equivalente a US$ 130 bilhões na construção de ferrovias entre 2014 e 2015. Em um plano mais amplo, observadores esperam que o 13º Plano Quinquenal, que começou em 2016, disponibilize a anunciada soma de US$ 650 bilhões para construção de estradas de ferro até 2020.
Os investimentos em logística, inclusive, podem agregar US$ 2,5 trilhões na próxima década, tornando-se um ponto chave para a recuperação pós-crise econômica. As iniciativas do presidente Xi Jinping incluem estímulos para a construção de uma área econômica integrada envolvendo Ásia Central, Ásia Ocidental, Oriente Médio e Europa, baseada em uma nova infraestrutura, com estradas e ferrovias, que possam aquecer as rotas de comércio nessas regiões.
As regulações mais restritivas também constituem um incentivo adicional para aquisição de novas máquinas. Desde abril de 2016, todos os motores a diesel novos para máquinas fora de estrada comercializados na China devem cumprir ao menos com o padrão Tier III. De acordo com informações da revista chinesa Economy & Nation Weekly, o padrão mais restritivo retirará de circulação mais de 2,5 milhões de máquinas antigas do mercado. Como consequência disso, espera-se que a demanda por máquinas mais amigáveis ambientalmente cresça exponencialmente no país, que representa 16% do mercado global de equipamentos para construção e 12% em valores nominais.
ESTABILIZAÇÃO
E os estímulos parecem estar funcionando. Embora investimentos privados e exportações continuem abaixo do esperado, dados oficiais já mostram sinais de estabilização na economia, induzida por bilhões de dólares em investimentos públicos e um boom em grandes cidades. Puxado pelos projetos governamentais, no terceiro quarto de 2016 já houve sinais de recuperação.
A demanda de escavadeiras, por exemplo, cresceu 50% em setembro, enquanto as vendas de soluções para movimentação de terra e construção rodoviária – as mais beneficiadas dos programas de investimento – registraram resultados positivos após cinco anos de quedas contínuas. “Já vemos sinais significativos de melhora”, disse David Beatenbough, vice-presidente da LiuGong Machinery, ao periódico Shanghai Daily. “As coisas já melhoraram um pouco em ferrovias, estradas e mesmo construção imobiliária.”
No entanto, a recuperação ainda está só começando. Após um dos anos mais difíceis em décadas, o setor ainda está cauteloso, mas – liderado pela China – já mostra resultados de crescimento no continente asiático, como ocorre no Paquistão e também na Índia, levando a previsões otimistas de crescimento em 2017, desde que o apoio do governo continue.
Contudo, muitos permanecem hesitantes em predizer o ritmo da retomada. Uma coisa é certa: mesmo que se recupere, o mercado chinês nunca mais será o mesmo. “As companhias chinesas estão mais espertas agora, não querem mais produzir em larga escala como ocorreu da última vez”, afirmou Chen Dewei, vice-gerente da Fujian Jingong Machinery para o sul da China.
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