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Revista M&T - Ed.53 - Jun/Jul 1999
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Eletrônica Embarcada I

Eletrônica Embarcada - Da prancheta ao pós-venda

Para a Caterpillar, a eletrônica deve estar "embarcada " em todas as fases: do desenvolvimento de um novo equipamento ao seu suporte no campo.
Sensores gerenciam transmissão, motor e comandos finais
Não há grande diferença entre as expectativas dos usuários de equipamentos da América Latina e seus pares na Europa, Ásia e Estados Unidos.
A constatação é de uma pesquisa da Caterpillar junto aos seus clientes no Brasil e demais países latino-americanos. “Todos estão procurando tecnologia, não há usuário de primeiro ou terceiro mundo", Hermínio Sabio Filho, consultor marketing da Caterpillar Brasil.
Segundo ele, essa similaridade de aspiraçõesentre os latino-americanos e os usuários dos países mais industrializados é uma realidade nova no mercado e pode ser comprovada por dados concretos, como o número cada vez maior de equipamentos comercializados no Brasil (incluindo carregadeiras) com cabine com ar-condicionado. “O nosso objetivo, como fabricantes, também é comum ao de todos os usuários: equipamentos de maior produtividade e de menor custo operacional e isso só pode ser alcançado pela via tecnológica”.
Para o consultor da Caterpillar, essa via tecnológica não se resume à eletrônica embarcada nos equipamentos. Ela, na verdade, começa muito antes no próprio desenvolvimento do equipamento. Na Caterpillar, diz ele, todo o desenvolvimento atual é feito no computador, incluindo, o projeto de uma máquina, odesenho das peças, as áreas mais solicitadas, o tamanho da caçamba, o centro de gravidade, e outros itens menos comuns, como a
simulação de toda a operação, através de “realidade virtual”.
“Com isso, conseguimos melhorar a qualidade e diminuir o tempo de lançamento dos produtos, de 4 a 5 anos para dois anos - do início do projeto até o lançamento — e estamos trabalhando para reduzir ainda mais, porque cada vez mais o cliente quer novas soluç&ot

Sensores gerenciam transmissão, motor e comandos finais
Não há grande diferença entre as expectativas dos usuários de equipamentos da América Latina e seus pares na Europa, Ásia e Estados Unidos.
A constatação é de uma pesquisa da Caterpillar junto aos seus clientes no Brasil e demais países latino-americanos. “Todos estão procurando tecnologia, não há usuário de primeiro ou terceiro mundo", Hermínio Sabio Filho, consultor marketing da Caterpillar Brasil.
Segundo ele, essa similaridade de aspiraçõesentre os latino-americanos e os usuários dos países mais industrializados é uma realidade nova no mercado e pode ser comprovada por dados concretos, como o número cada vez maior de equipamentos comercializados no Brasil (incluindo carregadeiras) com cabine com ar-condicionado. “O nosso objetivo, como fabricantes, também é comum ao de todos os usuários: equipamentos de maior produtividade e de menor custo operacional e isso só pode ser alcançado pela via tecnológica”.
Para o consultor da Caterpillar, essa via tecnológica não se resume à eletrônica embarcada nos equipamentos. Ela, na verdade, começa muito antes no próprio desenvolvimento do equipamento. Na Caterpillar, diz ele, todo o desenvolvimento atual é feito no computador, incluindo, o projeto de uma máquina, odesenho das peças, as áreas mais solicitadas, o tamanho da caçamba, o centro de gravidade, e outros itens menos comuns, como a
simulação de toda a operação, através de “realidade virtual”.
“Com isso, conseguimos melhorar a qualidade e diminuir o tempo de lançamento dos produtos, de 4 a 5 anos para dois anos - do início do projeto até o lançamento — e estamos trabalhando para reduzir ainda mais, porque cada vez mais o cliente quer novas soluções”.
Outra providência que, a princípio, nada tem a ver com eletrônica embarcada, diz respeito ao sistema de distribuição de peças e componentes, por satélite, totalmente integrado entre as diversas fábricas e a rede de concessionários. Com isso, o Centro de Distribuição de Peças para toda a América Latina, com depósito de 90.000 itens em Piracicaba, tem um nível de atendimento da ordem de 96%, e os 4% restantes, que não são peças de alto consumo, dependendo da urgência, podem ser importadas e chegar ao usuário, por via aérea ou marítima, em no máximo uma semana.
Ferramentas de diagnóstico: Identificação de falhas, abusos e calibração
Ainda na área de Suporte ao Produto, a eletrônica embarcada ganhas contornos mais conhecidos nas ferramentas de diagnóstico dos técnicos e mecânicos da rede de con-cessionários dos equipamentos da marca. Ao contrário dos computadores de bordo, as ferramentas de diagnóstico, não só identificam, como também determinam as causas da falhas, identificam abusos com equipamentos e podem até mesmo “calibrar” uma transmissão. “O laptop pode também ser conectado à caixa preta do motor, alterando suas características através do sistema de injeção de combustível”.
Tais ferramentas incluem também um equipamento com infra-vermelho que analisa a qualidade e a condição do óleo - permitindo estender com segurança a sua vida útil. "A diferença em relação ao conhecido “espectro-fotômetro por absorção atômica”, é que esse último verificava somente as partículas em suspensão para determinação dosdesgastes dos componentes. ”Essa tecnologia atende a um objetivo maior que é o de antecipar falhas e economizar de 3 a 4 vezes na reparação dos componentes”.
Dentro do equipamento, a eletrônica está disseminada nos motores. O objetivo da Caterpillar é que todos os produtos da marca sejam equipados com motores com com gerenciamento eletrônico. A interface entre o controle eletrônico e o motor é sempre o sistema de injeção, para se obter
uma maior potência com um menor consumo e menor geração de ruídos e emissão de poluentes
Em máquinas de grande porte, principalmente as utilizadas em mineração, existe uma interligação muito grande entre o motor, e o computador de bordo, que gerencia tanto a transmissão quanto os comandos finais. Com todos os sistemas interligados, quando se muda uma marcha na transmissão, automaticamente os sensores mandam uma mensagem para o motor diminuir a rotação para evitar solavancos, trancos, e para aumentar a vida útil dos componentes. Do mesmo modo, com sensores nos comandos finais, quando um caminhão entra num lamaçal e começa a patinar, o sensor manda uma mensagem que redistribui as potências e o equipamento sai do atoleiro.
Na linha de tratores de esteiras, o destaque são os controles “na ponta dos dedos”, que substituíram as alavancas direcionais. Com esse novo recurso, os operadores alteram direção e velocidade do equipamento com uma única mão. Nos novos modelos, também existem os diferenciais
steering - um tipo de bomba hidráulica adicional que direciona o fluxo de óleo e o distribui dentro do sistema.
“Antigamente, com os sistemas convencionais de embreagem direcional, quando você freava um lado, praticamente eliminava 50% da potência”, lembra Sábio Filho.
“Todos estão procurando tecnologia, não há usuário de primeiro ou terceiro mundo”.
No caso das novas linhas de escavadeiras hidráulicas, o desenvolvimento maior está no computador de bordo, que gerencia a potência do motor, o fluxo de óleo e pressão da bomba hidráulica, e faz todo o diagnóstico das falhas - mesmo que intermitentes. Além disso, pode-se escolher os módulos de potência com os quais se quer trabalhar, definindo prioridades, na lança ou no giro, por exemplo, para cada tipo de operação, e para o uso do equipamento com qualquer tipo de acessório (martelo, prensador de madeira, garra, tesoura, e outros). “A escavadeira hidráulica é, por excelência, uma máquina porta-ferramentas”.
Computador de bordo gerencia motor, transmissão e comandos finais.
Outros recursos eletrônicos foram integrados aos equipamentos de construção e mineração pela Caterpillar. Além do payload, usado em carregadeiras e caminhões, com o qual é possível monitorar toda a operação de carregamento e estabelecer a produção diária na tela do computador, há também o sistema CAES, utilizado tanto em mineração quanto em serviços de terraplanagem. Com esse sistema, é
possível determinar, por satélite, a topografia do terreno e repassar as informações para a tela do operador dentro da cabine, dizendo, por exemplo, onde ele tem que cortar mais o material, e onde tem que pôr. “Em terraplenagem. a tendência é que esse sistema acabe com o teodolito, pois a topografia estará determinada na tela do computador".

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