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Revista M&T - Ed.50 - Dez/Jan 1999
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Ferramentas

Como evitar o desgaste prematuro e entrar sem medo em qualquer material

F.P.S: fundamentais para a performance dos equipamentos

Por Wilson Bigarelli

Como diz José Martins Guedes Jr., gerente de vendas e serviços da Soldering, fabricante de umalinha ampla de ferramentas de penetração no solo (FPS), esse tipo de componente não pode ser encarado como um simples acessório, mas como um complemento fundamental e indispensável no processo de se conseguir gerar o resultado que se espera de um equipamento, de acordo com a sua especificidade. Fie lembra que as ferramentas de penetração no solo destinadas a aplicação em tratores de esteira (bulldozers, angledozers), tratores de roda, carregadeiras, escavadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, motoescrapers, equipamentos industriais, skid-steen loarders, tiveram, nos últimos anos, grandes evoluções referente aos materiais utilizados em sua fabricação, bem como opções de projetos (design), visando aumento da vida útil e diminuição do tempo gasto na substituição em campo ou nas próprias oficinas de manutenção. “E muito importante o entendimento de que qualquer equipamento ou 'módulo de potência', sem as ferramentas de penetração no solo, não pode executar o serviço para o qual foi projetado”.
Há quem garanta, inclusive, que, em algumas aplicações de equipamentos, é necessário trocar os “dentes” da caçamba praticamente todos os dias. Vanderlei Corridini, gerente de vendas da Volvo Equipamentos de Construção, acha provável essa hipótese já que, para ele, o nível de desgaste depende sobretudo da escolha correta do implemento em função da quantidade de sílica presente no material a ser carregado. “Nós temos aplicações de pás-carregadeiras em Minas Gerais onde a lâmina da caçamba desgasta muito rapidamente, com aquele material, a pedra mineira (que tem 98% de sílic


F.P.S: fundamentais para a performance dos equipamentos

Por Wilson Bigarelli

Como diz José Martins Guedes Jr., gerente de vendas e serviços da Soldering, fabricante de umalinha ampla de ferramentas de penetração no solo (FPS), esse tipo de componente não pode ser encarado como um simples acessório, mas como um complemento fundamental e indispensável no processo de se conseguir gerar o resultado que se espera de um equipamento, de acordo com a sua especificidade. Fie lembra que as ferramentas de penetração no solo destinadas a aplicação em tratores de esteira (bulldozers, angledozers), tratores de roda, carregadeiras, escavadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, motoescrapers, equipamentos industriais, skid-steen loarders, tiveram, nos últimos anos, grandes evoluções referente aos materiais utilizados em sua fabricação, bem como opções de projetos (design), visando aumento da vida útil e diminuição do tempo gasto na substituição em campo ou nas próprias oficinas de manutenção. “E muito importante o entendimento de que qualquer equipamento ou 'módulo de potência', sem as ferramentas de penetração no solo, não pode executar o serviço para o qual foi projetado”.
Há quem garanta, inclusive, que, em algumas aplicações de equipamentos, é necessário trocar os “dentes” da caçamba praticamente todos os dias. Vanderlei Corridini, gerente de vendas da Volvo Equipamentos de Construção, acha provável essa hipótese já que, para ele, o nível de desgaste depende sobretudo da escolha correta do implemento em função da quantidade de sílica presente no material a ser carregado. “Nós temos aplicações de pás-carregadeiras em Minas Gerais onde a lâmina da caçamba desgasta muito rapidamente, com aquele material, a pedra mineira (que tem 98% de sílica)”. Segundo Corridini, a vida útil de uma lâmina de caçamba tanto pode durar mais de 2 mil horas no trabalho com barro ou argila, como pode estar comprometida já com 200 horas, se manipular um material com muita sílica. Ele afirma que, em alguns testes que a Volvo fez, em nível mundial, o desgaste dos dentes pode variar de 3 a 80 gramas por hora, dependendo da operação. “Muitas vezes, o cliente reclama que a operação dele está gastando demais. E, quando vamos checar, descobrimos que ele está usando o dente errado, a ferramenta errada, ou então que o material dele é muito abrasivo, diferente daquilo que ele imagina”.

Volvo fornecerá diferentes versões segundo a aplicação

Justamente para atender a diferentes condições de trabalho, a empresa, segundo o gerente de vendas, vai lançar um sistema em que será possível “configurar” os diversos equipamentos, de acordo com as suas condições de trabalho. As opções não se resumirão a tipos diferentes de dentes. A idéia é dar ao usuário condições de optar também por tipos diferentes de caçamba, de pneus e, por exemplo, de usar ou não suspensão hidráulica no braço de elevação. E uma configuração de máquina completa, em função de vários tipos de operação, como cerâmica, areia, brita, e fertilizantes. “Para fertilizantes, estão previstas proteções especiais para a máquina, porque se o enxofre, durante o transporte, tomar chuva, ele vira ácido sulfúrico”, diz ele. Uma das opções que estarão disponíveis no sistema (e que hoje é opcional) é uma lâmina reversível que pode ser colocada e parafusada na própria lâmina da caçamba. “Você usa um lado da lâmina e quando ele termina, solta os parafusos, vira ao contrário e você tem uma outra vida”. Outra novidade, segundo ele, serão os “segmentos” parafusados e também reversíveis entre os dentes. E, além deles, “os dentes de canto”, um dente que se amolda e se encaixa na caçamba.
Em relação aos materiais utilizados na fabricação das ferramentas de penetração no solo, a Volvo oferecerá duas opções: uma da Componeta, empresa sueca que fabrica lâminas e materiais de desgaste, e da Esco, tanto para material abrasivo, quanto para material de uso geral.

A Volvo também, segundo Corridini, tem trabalhado no sentido de minimizar os erros operacionais, que também contribuem (e muito) para o desgaste dos mais diversos equipamentos. “Um procedimento infelizmente muito comum é o operador entrar com um dente ou dois dentes no monte de material, acelerando o desgaste em um dos cantos da lâmina”.
Outra coisa que acontece bastante na operação, lembra ele, é o hábito de se raspar a caçamba no chão muitos metros antes de se atingir o local de carregamento. “Muitas vezes isso é feito para limpar o pé de rocha e acaba virando rotina”.

ESCAVADEIRAS

O contínuo desenvolvimento e aperfeiçoamento em curso das escavadeiras hidráulicas está levando a máquinas de maiores capacidades que estão se tornando mais e mais potentes. Para garantir uma operação livre deproblemas, a Liebherr desenvolveu seu próprio sistema de dentes. Ele consiste de três principais componentes: dente, adaptador, e componentes de travamento. O dente é montado sobre o adaptador do topo a um ângulo de 45", e é auto travado por um movimento vertical descendente. Uma cunha travante de borracha, que deve ser previamente inserida junto com um pino de travamento de aço, mantém o dente no lugar.

Liebherr desenvolveu seu próprio sistema de dentes

Segundo a Liebherr, esse novo sistema apresenta inúmeras vantagens, pois através dele é possível se chegar a uma “força ideal de transferência”. As forças de escavação e arrancamento são conduzidas ao adaptador. Devido ao desenho especial, o pino de travamento de aço não é exposto a quaisquer destas forças. Sua posição horizontal - contrária ao pino de travamento vertical - também protege o pino dos movimentos, mesmo quando escavando em material irregular ou durante cargas de impactorepentinos.
A cunha travante de borracha elástica, por outro lado, não está sujeita a qualquer força durante o processo de escavação. Por isso, não se desgastará e irá assegurar um assento positivo do dente durante todo o tempo.
As ligas especiais tratadas com aquecimento, do mesmo modo, dão aos dentes de aço fundido alta resistência ao desgaste. O volume de material de desgaste disponível é mantido alto, sem que haja um aumento na resistência de penetração. Isto foi possível pelo uso de diferentes formas de dentes para diferentes materiais. A instalação também é fácil e pode ser executada rapidamente sem muito esforço e com ferramentas simples.
O formato dos dentes, segundo a empresa, deve ser selecionado de acordo com a respectiva necessidade, de forma a utilizar o potencial máximo de uma escavadeira hidráulica. A Liebherr oferece uma linha completa de dentes nos mais variados formatos, para diferentes aplicações:
Dente Modelo C (Materiais Soltos), com desenho cônico que torna-se mais estreito na ponta, assegurando excelente penetração em materiais coesos, é indicado para solos pesados, areia, argila e pedregulho; Dente Modelo L (Argila), em forma de espada, com a borda de corte mais afiada para facilitar a escavação em materiais duros, é indicado para solos de peso médio, materiais coesos, areia argilosa, carvão leve, areia média; Dente Modelo R (Rocha), com dentes mais extensos para uma melhor penetração no material detonado, principalmente para caçambas shovel e materiais abrasivos e rochas como granito, basalto; Dente Modelo P (Pontiagudo), têm boa penetração em materiais muito duros, mesmo em algumas rochas, para solos muito duros ou congelados, rocha laminada, minério fragmentado pesado e escória de siderúrgica.
A Caterpillar tem, é claro, as suas próprias propostas técnicas para prolongar a vida útil dos equipamentos e das próprias ferramentas de penetração no solo. A empresa possui, inclusive, um catálogo completo de “ferramentas” específicas para cada aplicação, que é, sem dúvida, uma referência, no mercado. Nele constam opções de pontas e dentes de caçamba, segmentos de borda, parafusados ou soldados, bordas, adaptadores, lâminas e bordas de lâmina, cantos de lâmina, placas de desgaste e chapas de empuxo, e outros acessórios para os mais variados equipamentos de sua linha de produtos - e na maioria dos casos já direcionados para esta ou aquela aplicação em construção civil ou mineração.
Um dos mais significativos desenvolvimentos da empresa na área, no entanto, é o ARM (Material Resistente à Abrasão) que está integrado ao desenvolvimento das ferramentas de penetração no solo. Trata-se de um revestimento de partículas de carbureto de tungstênio extremamente duras que, quando soldadas aos aços DH-2 ou DH-3 Gat formam uma blindagem protetora sobre as principais superfícies de desgaste. A empresa garante que as F.RS. com ARM duram de três a cinco vezes mais do que as tradicionais.

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