A construção do edifício Freedom Tower (novo World Trade Center) conta com tecnologia de concretagem diferenciada, que proporciona a realização de um andar por semana no coração de Nova Iorque
O novo WTC está sendo construído no lugar onde caíram as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Esse projeto consiste em dois núcleos de concreto e decks de metal e conta com tecnologias avançadas de bombeamento e distribuição de concreto. De responsabilidade da construtora norte-americana Collavino, trata-se da construção do maior edifício dos EUA, que terá 541 metros de altura quando finalizado.
A escavação do buraco de fundação de 80 metros de profundidade está localizada sobre uma laje original do antigo World Trade Center. A laje separa a escavação de uma linha de metrô já existente. Os colaboradores trabalham em torno da laje e cerca de 300 mil passageiros utilizam o sistema de metrô diariamente, o que demonstra a criticidade da operação. Para vencer esse desafio, as concretagens da fundação são realizadas por auto-bombas com mastro para distribuição de concreto, comp
A construção do edifício Freedom Tower (novo World Trade Center) conta com tecnologia de concretagem diferenciada, que proporciona a realização de um andar por semana no coração de Nova Iorque
O novo WTC está sendo construído no lugar onde caíram as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Esse projeto consiste em dois núcleos de concreto e decks de metal e conta com tecnologias avançadas de bombeamento e distribuição de concreto. De responsabilidade da construtora norte-americana Collavino, trata-se da construção do maior edifício dos EUA, que terá 541 metros de altura quando finalizado.
A escavação do buraco de fundação de 80 metros de profundidade está localizada sobre uma laje original do antigo World Trade Center. A laje separa a escavação de uma linha de metrô já existente. Os colaboradores trabalham em torno da laje e cerca de 300 mil passageiros utilizam o sistema de metrô diariamente, o que demonstra a criticidade da operação. Para vencer esse desafio, as concretagens da fundação são realizadas por auto-bombas com mastro para distribuição de concreto, compondo lajes que variam de 305 a 915 mm de espessura e colunas centrais enormes, com 2 metros de diâmetro cada.
De acordo com a Schwing-Stetter, o equipamento utilizado bombeia concreto na descendente e fica posicionado no nível da rua, atingindo 53 metros de alcance horizontal e trabalhando com 162 m³ de capacidade de bombeamento por hora. “O sistema de estabilização dianteiro, denominado ‘Super X’, foi fundamental para permitir a operação do equipamento nessas condições”, informa a fabricante das bombas para concreto.
Um concreto de alta fluidez e resistência foi bombeado até o 3º andar do edifício. Com 96 Mpa, essa mistura permitiu o bombeamento e distribuição do material nos volumes necessários para a obra. Esse é um concreto que inclui traço composto por 136 kg de cimento, 32 kg de aditivo (fly ash), 215 kg de brita de 20 mm e 3% de ar, além de uma relação água cimento de 0.3. Do núcleo do prédio (3º andar) até o 35º andar, outro concreto de alta resistência está sendo utilizado para permitir o trabalho eficiente das bombas. Esse, por sua vez, é de 83 Mpa. Concretos de 69 e 55 Mpa serão utilizados do meio até o topo do edifício.
O concreto bombeado por bombas estacionárias trabalham em conjunto com mastros distribuidores, ambos da fabricante alemã de equipamentos. Essa atuação, aliás, teve destaque na parte de fundação, onde os cinco níveis de lajes abaixo do solo foram concretados com o uso da tecnologia conjunta, num volume total de concreto de 38.200 m³. “A solução proporcionou alta produtividade e versatilidade. O modelo funciona perfeitamente para o estilo nova iorquino de construção de edifícios altos, onde o aço é aplicado na frente do núcleo e dos decks, permitindo bombear concreto em vários níveis simultaneamente”, diz Renzo Collavino, presidente da construtora responsável pela obra.
Para o bombeamento de concreto e distribuição por mastros, foi escolhido um espaço do outro lado da rua da obra para possibilitar a montagem das tubulações de transporte do concreto. O local dá acesso à construção desde o seu primeiro piso abaixo do nível do solo. Duas bombas estacionárias foram posicionadas temporariamente debaixo de uma cobertura e foram equipadas com sistema de alimentação de concreto até a tremonha, facilitando a descarga das betoneiras dos dois lados da rampa de acesso. “As principais características dessas bombas são a facilidade de realizar o bombeamento em baixa e alta pressão. Em alta, a válvula rock no lado do pistão proporciona 200 bar de pressão. No lado da haste, o rendimento é de 94 m³ por hora, com 31 ciclos por minuto”, informa a Schwing-Stetter.
As duas bombas estacionárias e a auto-bomba com lança utilizadas na concretagem do novo WTC trabalham em conjunto com dois mastros distribuidores de cinco seções e 26 metros de alcance horizontal para realizar a concretagem de um andar por semana. As concretagens desse ciclo consistem no bombeamento para os núcleos nas segundas e sextas-feiras (753m³), do deck às terças-feiras (305 m³) e das paredes do núcleo e lajes que se encontram com o deck (170 m³) nas quartas e quintas-feiras.
Quando concluído, o novo WTC representará muito mais do que um edifício para os EUA. Ele simbolizará o reforço da segurança e da economia norte-americana, que será estampada em uma torre de 105 andares, ocupando um espaço de 241,5 mil m² e cujos investimentos totais devem somar mais de US$ 3,1 bilhões, com 46 mil toneladas de aço e 160 mil m³ de concreto.
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