Revista M&T - Ed.168 - Maio 2013
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Suplemento - Compactos & Ferramentas

Boas vibrações em concretagem

Utilizados em obras de construção civil, vibradores para concreto eliminam bolhas de ar que eventualmente surgem no processo da concretagem

Na construção civil, os vibradores mecânicos de imersão (os populares vibradores para concreto) são recomendados para diversos tipos de obras, com aplicações especialmente na colocação de lajes, vigas, alicerces e colunas de concreto. Tecnicamente, sua principal função é retirar o ar presente na mistura do concreto, evitando a formação de falhas ou bolhas que podem redundar em fissuras, além de proporcionar maior homogeneidade e assentamento perfeito da massa, garantindo um bom acabamento ao material aplicado.

De acordo com Carlos Hexsel, diretor da Weber MT, empresa de origem alemã que atua com produtos de compactação de solo e medição de níveis de compactação em máquinas de pequeno porte, a água e o ar de fato tendem a ficar retidos no interior do concreto devido à sua própria composição química, devendo ser retirados e adensados por meio de vibração.

Para Pauline Horn, especialista da área comercial e de marketing da Menegotti, quando o concreto acaba de ser misturado é natural que apareçam grandes vazios (bolhas de ar) dentro da massa. Além disso, diz Horn, os agregados n


Na construção civil, os vibradores mecânicos de imersão (os populares vibradores para concreto) são recomendados para diversos tipos de obras, com aplicações especialmente na colocação de lajes, vigas, alicerces e colunas de concreto. Tecnicamente, sua principal função é retirar o ar presente na mistura do concreto, evitando a formação de falhas ou bolhas que podem redundar em fissuras, além de proporcionar maior homogeneidade e assentamento perfeito da massa, garantindo um bom acabamento ao material aplicado.

De acordo com Carlos Hexsel, diretor da Weber MT, empresa de origem alemã que atua com produtos de compactação de solo e medição de níveis de compactação em máquinas de pequeno porte, a água e o ar de fato tendem a ficar retidos no interior do concreto devido à sua própria composição química, devendo ser retirados e adensados por meio de vibração.

Para Pauline Horn, especialista da área comercial e de marketing da Menegotti, quando o concreto acaba de ser misturado é natural que apareçam grandes vazios (bolhas de ar) dentro da massa. Além disso, diz Horn, os agregados nem sempre interagem de forma adequada com a massa, exigindo que o vibrador atue como um misturador para eliminar as bolhas de ar, tornando o concreto mais coeso e resistente. Segundo ela, para cada 1% de ar removido do concreto, a resistência da massa é aumentada de 3% a 5%.

Na Menegotti, as opções de produtos incluem vibradores das linhas Rental (com ponteiras de 28, 38, 45 e 60 mm), Profissional (35 e 45 mm) e Costal (32 e 38 mm), tendo como destaque o vibrador de Alta Rotação (25, 35, 40 e 48 mm), com opção de mangote intercambiável com 2 m, 3 m e 5 m.

ADENSAMENTO

Com o desenvolvimento de técnicas mais modernas, a forma como isso é feito mudou completamente. “No passado, esse processo era realizado manualmente, com estacas e varas (internamente) ou com marretas golpeando a caixaria (externamente)”, explica Hexsel, da Weber MT. “Atualmente, utilizamos a vibração mecânica que é a melhor forma de se conseguir um adensamento ideal.”

Na prática, o processo ocorre por meio de ondas de choque promovidas por um pêndulo ou eixo excêntrico localizado dentro do equipamento, que são repassadas ao concreto pelo cabeçote vibrador. Segundo Glauber Marinho Daud, assistente de produtos do setor de construção e demolição da Atlas Copco, os vibradores de imersão apresentam funcionalidade bem simples, mas nem por isso de menor importância nas áreas que utilizam concreto. “Os maiores clientes deste mercado são construtoras e empreiteiras voltadas em grande parte para construção civil”, diz Daud. “Mas locadores e prestadores de serviço também compõem outro tipo de mercado que adquire esses equipamentos.”

TIPOS

Como explica Daud, da Atlas Copco, os vibradores de concreto podem ser de três tipos. “Basicamente, os vibradores necessitam de uma fonte de acionamento, que pode ser combustível, elétrica ou pneumática, utilizando respectivamente motores a combustão, rede elétrica ou bomba hidráulica”, enumera.

No primeiro tipo, os equipamentos são movidos a gasolina ou a diesel, sendo indicados para utilização em ambientes externos que não tenham disponibilidade suficiente de energia. Os modelos elétricos podem ser monofásicos, trifásicos ou a bateria, tendo o motor montado em um suporte com tiras que podem ser facilmente manuseadas pelo operador ou mesmo em um rack sobre o piso.

De acordo com a Atlas Copco, os vibradores elétricos são adequados para obras que exigem vários diâmetros, pois um único conversor de frequência pode acionar até quatro vibradores. Para esse tipo de aplicação, a empresa conta com a série Smart, com diâmetros de 28, 40, 48, 56 e 65 mm e conversor eletrônico de frequência montado no conjunto.

“Os modelos elétricos e a combustão utilizam mangotes com um cabo metálico flexível por dentro da mangueira, que fazem girar o eixo excêntrico e vibram a ponta metálica”, pontua Joey Jacson Viêra, diretor da Maquisul, empresa que atua com distribuição e locação de máquinas e ferramentas para uso industrial e na construção civil. “E esses modelos também são chamados de vibradores de imersão pendular.”

Já os modelos pneumáticos são acoplados em compressores de ar, podendo ser de pistão ou de parafuso, montados com motor a gasolina, diesel ou elétrico. De acordo com Viêra, esse modelo utiliza ar comprimido insuflado por dentro da mangueira, fazendo girar um eixo excêntrico na ponta do vibrador por meio de uma turbina pneumática. “Todos os modelos de mangotes possuem diâmetros variados, que podem ser de 25 mm até 160 mm”, explica Viêra. “As mangueiras, por sua vez, podem ser montadas com até 10 metros de comprimento.”

O raio de efetividade do processo de vibração chega a 105 cm e a frequência da vibração, de 10.000 a 18.000 vpm. O diretor da Maquisul acrescenta ainda os vibradores elétricos de alta frequência, com motores nos quais a frequência é ainda maior, podendo chegar a 20.000 vpm.

COMPARAÇÃO

Evidentemente, a escolha entre um vibrador elétrico ou pneumático, como comenta Marcos Schmidt, da divisão CMT da Atlas Copco, deve levar em conta além da capacidade nominal de vibração a disponibilidade energética oferecida pelo canteiro de obra (eletricidade ou ar comprimido), uma vez que ambos oferecem desempenhos similares dentro de um mesmo diâmetro.

Mas, para uma escolha correta do vibrador, também é importante verificar a aplicação a que se destina. A escolha de vibradores com ponteira de maior diâmetro, por exemplo, é recomendada para estruturas mais robustas, como blocos, vigas mestras, sapatas de grande volume e barragens. Já os vibradores com menor diâmetro na ponteira são recomendados para estruturas mais esbeltas, como colunas, alicerces e lajes com confinamento de espaço.

Para um resultado mais eficiente do processo, a vibração deve ser efetuada de forma que a agulha do vibrador seja mergulhada rapidamente dentro da massa e, depois, retirada lentamente, sempre em diâmetros sequenciais. “A escolha do diâmetro do vibrador é baseada na espessura do concreto (a agulha deve ter comprimento ao redor de 75% da espessura a vibrar) e da medida da armadura”, ensina Hexsel, da Weber MT.

De acordo com ele, um dos erros mais comuns é a introdução do equipamento no concreto, apoiando o vibrador no interior da armadura onde – por meio de um movimento de alavanca vibra a ferragem, mas não o concreto. Hexsel explica ainda que o tempo excessivo de vibração provoca a desagregação dos materiais, sendo prejudicial ao concreto. Adicionalmente, ele observa que o vibrador deve ser sempre utilizado com a agulha na vertical. “Caso o vibrador seja utilizado na horizontal, haverá falta da refrigeração, provocando a quebra do vibrador”, afirma. “Do mesmo modo, deve-se evitar o contato da agulha com a forma ou caixaria, pois isso provoca o surgimento de bolhas de ar.”

RADAR

Soprador térmico permite dois estágios de temperatura

Os novos lançamentos da linha F-Power da Famastil incluem um soprador térmico com 2.000 W de potência, indicado para aplicações como remoção de tintas e películas autocolantes. Segundo a fabricante, o produto pode ser utilizado em dois estágios de temperatura, entre 50ºC e 450ºC e na faixa de 90ºC e 600ºC.

www.famastiltaurus.com.br

Luvas de proteção são indicadas para agricultura

Produzidas com fios sintéticos derivados do petróleo, as luvas de proteção da linha Poling, da Yeling, são destinadas à agricultura e indústria automotiva. A peça é indicada para usuários que necessitam de proteção em temperatura ambiente a produtos secos, que possam causar desgastes ou escoriações nas mãos.

www.yeling.com.br

Laser de superfícies oferece maior precisão

A Bosch lança no mercado o GSL2 Professional, um laser de superfícies que permite a visualização instantânea de irregularidades no solo, oferecendo operações mais precisas e rápidas. Projetadas diretamente na superfície, as duas linhas de laser são capazes de identificar depressões ou elevações em uma cobertura de 360º, diz a empresa.

www.bosch.com.br

Martelete possui sistema antivibração

Fabricado pela Makita, o martelete combinado HR2611FT tem potência de 800 W e energia de impacto de 2,9 j, além de corpo compacto, mais leve e com sistema antivibração AVT (Anti Vibratrion Technology). O produto conta ainda com a iluminação de trabalho para facilitar a operação.

www.makita.com.br

Produto veda diferentes tipos de superfícies

Resistente a raios ultravioletas, o produto Cascola Flextec FT 101 veda espaços e permite a adesão em diferentes tipos de superfícies, como concreto, ladrilho, mármore, azulejo, aço, ferro e outros. Segundo a fabricante, o lançamento também é resistente à movimentação.

www.cascola.com.br

Kit para acabamentos dispensa uso de escadas

A Norton – Saint Gobain amplia sua linha de produtos com o Kit Norton, que contém suporte e esponja indicados para uso em drywall. O suporte possibilita dois tipos de aplicação: com alça manual e com encaixe de conector, dispensando o uso de escadas. Já as esponjas são reutilizáveis e podem ser usadas em lixamentos secos ou molhados.

www.norton-abrasivos.com.br

 

 

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