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Revista M&T - Ed.54 - Ago/Set 1999
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Global Players

Agora, a competição é pra valer

Fornecedores mundiais de equipamentos se reestruturam e oferecem o que tem de melhor na disputa pela preferência dos usuários latino-americanos
George Beckwith e João Carlos Maranha, da Caterpillar

O processo sem precedentes de fusões e aquisições entre empresas gerou um novo protagonista na economia, o chamado global player, um competidor que, independente de seu país de origem, define no mapa mundi sua estratégia de atuação.
Onde houver uma mínima demanda a ser atendida, lá estará ele, representado pela marca de uma grande corporação ou pelo logotipo de alguma empresa, recém-incorporada, que, há pouco tempo, tinha nome e sobrenome.
No segmento de equipamentos de construção e mineração na América Latina - e no Brasil em particular - isso não representa grande novidade, mesmo porque os principais fabricantes mundiais sempre estiveram representados na região. A grande diferença é que esses mesmos fabricantes, juntos ou isoladamente, aceleraram o processo de introdução de novas marcas, iniciado com a abertura do mercado há alguns anos, e estão tratando de disponibilizar linhas completas etecnologia de ponta aos usuários.

“Para nós, competir com outros global playersno mercado é muito melhor, porque eles te forçam a adotar uma estratégia para chegar na frente”, diz João Carlos Maranha, gerentegeral do Centro deProdutos da CiterpillarBrasil.
Segundo ele, com a abertura do mercado e a presença de novos competidores, a Caterpillarmodernizou toda a sua linha de produtos e teve oportunidade de trazer novas tecnologias para a região.”Isso foi fundamental porque uma pesquisa que fizemos em toda a América Latina mostra que as necessidades dos usuários desse lado do mundo não
são diferentes das dos seus pares na Europa, nos EUA ou na Ásia. As expectativas em termos de produtividade, qualidade e ergonometria são as mesmas”.
Outro indiscutível globalplayer, a Komatsu, como demonstrou na própria M&T Expo’99, tem priorizado na região a oferta


George Beckwith e João Carlos Maranha, da Caterpillar

O processo sem precedentes de fusões e aquisições entre empresas gerou um novo protagonista na economia, o chamado global player, um competidor que, independente de seu país de origem, define no mapa mundi sua estratégia de atuação.
Onde houver uma mínima demanda a ser atendida, lá estará ele, representado pela marca de uma grande corporação ou pelo logotipo de alguma empresa, recém-incorporada, que, há pouco tempo, tinha nome e sobrenome.
No segmento de equipamentos de construção e mineração na América Latina - e no Brasil em particular - isso não representa grande novidade, mesmo porque os principais fabricantes mundiais sempre estiveram representados na região. A grande diferença é que esses mesmos fabricantes, juntos ou isoladamente, aceleraram o processo de introdução de novas marcas, iniciado com a abertura do mercado há alguns anos, e estão tratando de disponibilizar linhas completas etecnologia de ponta aos usuários.

“Para nós, competir com outros global playersno mercado é muito melhor, porque eles te forçam a adotar uma estratégia para chegar na frente”, diz João Carlos Maranha, gerentegeral do Centro deProdutos da CiterpillarBrasil.
Segundo ele, com a abertura do mercado e a presença de novos competidores, a Caterpillarmodernizou toda a sua linha de produtos e teve oportunidade de trazer novas tecnologias para a região.”Isso foi fundamental porque uma pesquisa que fizemos em toda a América Latina mostra que as necessidades dos usuários desse lado do mundo não
são diferentes das dos seus pares na Europa, nos EUA ou na Ásia. As expectativas em termos de produtividade, qualidade e ergonometria são as mesmas”.
Outro indiscutível globalplayer, a Komatsu, como demonstrou na própria M&T Expo’99, tem priorizado na região a oferta de máquinas com técnica avançada produzidas em vários locais do mundo e não somente as fabricadas
no Brasil. “Queremos colocar à disposição dos usuários os melhores equipamentos de nossa marca para que eles
possam adquirir o melhor e mais adequado aos seus projetos”, confirma Yoichi Kobayashi, presidente da Komatsu Latin
America e da KBI - Komatsu Brasil International, empresa criada há um ano para comercializar e dar suporte aos produtos da marca na região, independente do local onde tenham sido produzidos.
A empresa também está tratando, segundo ele, de estabelecer um padrão de atendimento verdadeiramente internacional em sua rede de distribuidores. “Com essa integração, o usuário vai sentir que a Komatsu e sua rede caminham juntas”.
Osório Paes, diretor da Ingersol Rand, por outro lado, confirma a vocação internacional de sua empresa com a perfuratriz 580, um equipamento que agrega tecnologia das fábricas nos EUA, Europa e Japão. Ou seja, o projeto é norte-americano, o martelo e os sistemas de controles são franceses e o sistema de perfuração é japonês. "É um equipamento verdadeiramente globalizado e é fruto da incorporação de Montalbert francesa pela Ingersol há mais de trinta anos”, lembra ele.
Recém-egressa no time de empresas globais no segmento de equipamentos, depois da incorporação das marcas Sansung e Champion e a própria Scania, o grupo Volvo-Volvo Construction Equipment, Volvo do Brasil (Curitiba) e Volvo Penta (RJ) - anunciou, durante a M&T Expo’99, sua decisão de assumir uma postura mais corporativa e global perante os mercados do Brasil e América Latina. Mais do que uma mudança física, diz Oswaldo Twacek, presidente
da Volvo Construction South América, a transferência no início dejulho dos escritórios da empresa de Campinas (SP)
para Curitiba (PR) representa uma maior cobertura ao usuário, através do Centro de Distribuição Global da marca, a Volvo Serviços Financeiros e o Consórcio Nacional Volvo. Segundo ele, em pás-carregadeiras, a participação da Volvo é de 26%, e a liderança é absoluta na linha de caminhões articulados (80% no Brasil e 60% em nível mundial) "Sabemois que ainda nos falta, por exemplo, uma linha de bulldozers, mas estamos satisfeitos com a evolução de nossas duas novas linhas”, diz Twacek, referindo-se às escavadeiras Sansunge e às motoniveladoras Champion, que já abocanharam 5% de seus mercados.
A FiatAllis, que já era grande, na onda da globalização, incorporou a O&K e mais recentemente se juntou com outro peso-pesado, a Case, para formar um colosso industrial com faturamento de US$12 bilhões. O objetivo, como é de se
prever, é o de cobertura ampla e indiscriminada de mercados. No setor de construção civil, a retroescavadeira Case é uma potência e recentes medidas aumentaram consideravelmente a participação da marca no setor de equipamentos pesados. A FiatAllis, através da holding New Holland, por sua vez, com a aquisição da O&K, assumiu a vice-liderança na Europa, fortaleceu sua posição na América Latina e acabou de lançar uma linha completa de equipamentos
de construção na América do Norte.

Yoichi Kobayashi, da Komatsu Latin America e KBI

“Da parte da FiatAllis, a meta continua sendo a de produzir equipamentos com a mais avançada tecnologia, oferecida pelo grupo aos mercados mais exigentes, como o americano e o europeu”, diz o diretor comercial Gino Cuchiari. Com 26% de participação nomercado, diz ele, a empresa produz 20 modelos e complementa sua oferta com os produtos de outras fábricas do grupo (ou de outras empresas como a Hamm), situadas na Europa e Estados Unidos.
Israel Celli, gerente geral de vendas da Case, afirmou durante a M&T Expo’99 que, apesar da fusão entre a Case e a FiatAllis em nível mundial, as marcas e as redes de distribuidores prevalecerão. Ainda há muito a ser definido, diz ele, mas no início as duas companhias deverão atuar juntas no sentido de buscar sinergia em engenharia de desenvolvimento, finanças e R.H. "A médio e longo prazo, deverá haver um trabalho conjunto em plataformas de desenvolvimento".

A Svedala tem alguma experiência nessetrabalho conjunto. Reunindo no Brasil sob o comando do brasileiro João Ney Colagrossi Filho (que acaba de ser nomeado também vice-presidente do grupo naAmérica Latina) empresas tão distintas quanto a Dynapac, a Faço e, mais recentemente, a Reedrill, o grupo tornou-se umpotência mundial em razão de um semnúmero de aquisições e fusões nas últimas décadas.

Oswaldo Twacek, da Volvo Construction South America

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