As transmissões automatizadas chegaram ao segmento rodoviário brasileiro há cerca de uma década. Ao longo desse período, o mercado pôde comprovar os benefícios dessa tecnologia, um componente altamente sofisticado e fundamental para atingir os atuais níveis de produtividade, conforto e segurança dos caminhões. Hoje, a maioria dos veículos pesados e extrapesados é equipada com esse sistema, que já vem sendo inclusive aplicado a caminhões de menor porte, como semipesados.
A partir de 2011, o avanço na tecnologia de automação possibilitou a customização desse sistema também para uso em veículos utilizados na construção. “Para isso, contudo, foram necessárias correções na versão inicial e também adaptações necessárias ao setor”, afirma Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema. O sistema atual permite, por exemplo, escolher o modo da condução: normal, econômico e com potência.”
Segundo Auler Neto, as transmissões automatizadas são mais utilizadas na Europa, enquanto nos EUA o mercado prefere as transmissões tipo powershift, que – apesar de mais
As transmissões automatizadas chegaram ao segmento rodoviário brasileiro há cerca de uma década. Ao longo desse período, o mercado pôde comprovar os benefícios dessa tecnologia, um componente altamente sofisticado e fundamental para atingir os atuais níveis de produtividade, conforto e segurança dos caminhões. Hoje, a maioria dos veículos pesados e extrapesados é equipada com esse sistema, que já vem sendo inclusive aplicado a caminhões de menor porte, como semipesados.
A partir de 2011, o avanço na tecnologia de automação possibilitou a customização desse sistema também para uso em veículos utilizados na construção. “Para isso, contudo, foram necessárias correções na versão inicial e também adaptações necessárias ao setor”, afirma Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema. O sistema atual permite, por exemplo, escolher o modo da condução: normal, econômico e com potência.”
Segundo Auler Neto, as transmissões automatizadas são mais utilizadas na Europa, enquanto nos EUA o mercado prefere as transmissões tipo powershift, que – apesar de mais caras – prometem maior durabilidade e confiabilidade. “Compete ao usuário avaliar a aplicação do caminhão para escolher a alternativa que reúna o melhor custo-benefício”, diz o especialista.
Atualmente, o sistema pode ser visto em modelos de caminhões betoneira, basculantes, guindastes, bombas de concreto e outros. De acordo com Henrique Uhl, gerente de produto da Eaton, algumas aplicações específicas no mercado brasileiro têm sido alvo de novos desenvolvimentos para as transmissões automatizadas, enquanto outras estão em fase de testes nas montadoras. “Uma vez que a frota receba um modelo automatizado, as próximas aquisições serão sempre assim, pois as vantagens são expressivas”, afirma.
BENEFÍCIOS
Nesse sentido, diz o especialista, destacam-se ganhos de produtividade e redução nos custos de manutenção. “Há vários sensores e algoritmos na transmissão automatizada que impedem o mau uso ou erros por falta de experiência do motorista, permitindo que o veículo permaneça disponível por mais tempo”, avalia Uhl. “Em serviços severos, um dos componentes críticos na manutenção do trem de força é a embreagem, que agora é monitorada em tempo integral, dobrando sua vida útil.”
Para Fernando Luetzoff, supervisor de serviços da ZF, os ganhos de produtividade estão relacionados à maior facilidade e agilidade agregadas à operação, uma vez que a troca de marcha é realizada automaticamente, na faixa ideal de rotação. Consequentemente, as velocidades médias de cada trecho são otimizadas, permitindo reduzir o tempo para a execução de um trabalho e, assim, padronizando a condução. “Em determinadas situações, o componente também admite que o motorista use sua experiência e mude de marchas manualmente”, complementa o executivo.
Essea operação em regime mais adequado para o motor também colabora para uma melhor dirigibilidade e aumento da segurança, conforto e qualidade do trabalho do operador. “Como referência, medimos 1.500 trocas de marcha em um caminhão betoneira em um único dia de trabalho”, destaca Uhl. “E, além de melhorar a dirigibilidade, constatamos que o trabalho do motorista se torna menos cansativo, podendo se concentrar no que está acontecendo ao seu redor.”
A tecnologia de transmissões automatizadas também proporciona a diminuição do custo operacional, por meio de menor consumo, em uma economia que, segundo os cálculos de Luetzoff, pode chegar a 15%. Por todos esses benefícios, estimativas apontam que em 2025 uma fatia de 70% das vendas no Brasil serão de veículos equipados com transmissões automáticas ou automatizadas. “Esse dado evidencia que, cada vez mais, as empresas consideram o ciclo de vida do produto e seus benefícios para a produtividade”, sublinha Luetzoff.
Além de produzir mais e reduzir o tempo de jornada, a transmissão automática também contribui para diminuição do custo e tempo da manutenção, pois, como explica Antonio C. Novaes, gerente de marketing da Allison para a América do Sul, não permite a operação inadequada, com trancos e “queima” da embreagem. “E isso impacta diretamente nos custos de operação, manutenção e pessoal”, conclui o especialista.
Transmissões hidrostáticas reduzem custos, garante fabricante
Durante a M&T Peças e Serviços 2017 (Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração) – que ocorre entre os dias 7 e 9 de junho – os visitantes podem conferir as novidades em transmissões hidrostáticas de fabricantes como a Novak & Gouveia. Segundo a empresa, os sistemas atendem às demandas dos fabricantes OEM, cada vez mais sequiosas por aumentar a eficiência e o conforto de seus equipamentos, que atuam em situações críticas. “Outra vantagem é a flexibilidade e facilidade de instalação de seus componentes”, explica Sandro Ricardo de Gouveia, diretor da empresa.
Segundo ele, a tendência é que as máquinas de construção utilizem progressivamente esses sistemas, uma vez que é possível obter a força superior de tração necessária a este tipo de equipamento. Alem disso, se utilizados apropriadamente, os componentes da transmissão hidrostática são desenvolvidos para uma baixa manutenção. “O tempo de serviço de bombas e motores de pistões são altamente dependentes da qualidade do fluído hidráulico e temperatura de operação do equipamento”, detalha Gouveia. “Enquanto, em geral, a vida útil de componentes hidrostáticos é limitado pela vida útil dos rolamentos.”
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