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Revista M&T - Ed.294 - Junho de 2025
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ENTREVISTA – MARLUZ RENATO CARIANI

“A locação segue em expansão rápida no país”

Diretor comercial da Unidas Pesados ressalta a relevância do segmento para o grupo, que registrou avanço de 22,7% na receita líquida em 2024
Por Redação


Foto: UNIDAS PESADOS


Aos poucos, mas progressivamente, o brasileiro vem enxergando na locação de bens uma solução plausível para os negócios, em diferentes setores.

Segundo Marluz Renato Cariani diretor comercial da Unidas Pesados, em entrevista exclusiva concedida à Revista M&T, a relevância do segmento no grupo acompanha essa tendência, registrando avanço de 22,7% na receita líquida em 2024, em relação ao ano anterior.

“A gestão de veículos pesados já representa 25% na distribuição de capital da companhia”, posiciona o executivo, especializado em gestão e terceirização de veículos e equipamentos pesados.

Com passagens por empresas como Magneti Marelli, Volvo Trucks, Iveco e Ouro Verde, o executivo possui mais de 20 anos de experiência com venda e locação de equipamentos pesados, c



Foto: UNIDAS PESADOS


Aos poucos, mas progressivamente, o brasileiro vem enxergando na locação de bens uma solução plausível para os negócios, em diferentes setores.

Segundo Marluz Renato Cariani diretor comercial da Unidas Pesados, em entrevista exclusiva concedida à Revista M&T, a relevância do segmento no grupo acompanha essa tendência, registrando avanço de 22,7% na receita líquida em 2024, em relação ao ano anterior.

“A gestão de veículos pesados já representa 25% na distribuição de capital da companhia”, posiciona o executivo, especializado em gestão e terceirização de veículos e equipamentos pesados.

Com passagens por empresas como Magneti Marelli, Volvo Trucks, Iveco e Ouro Verde, o executivo possui mais de 20 anos de experiência com venda e locação de equipamentos pesados, caminhões, ônibus, máquinas da Linha Amarela e soluções agrícolas, possuindo expertise em áreas como qualidade, serviços, vendas e desenvolvimento de negócios, com ênfase no segmento fora de estrada.

Graduado em eletrotécnica e em engenharia industrial mecânica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além de contar com MBA em gestão de pessoas e liderança pela Universidade Positivo (UP), Cariani responde diretamente pela estratégia e gestão executiva da área comercial da Unidas Pesados, assim como pelo desenvolvimento e estruturação de uma equipe multidisciplinar segmentada, que presta apoio estratégico ao plano de negócios da companhia.

“Já está sendo criada uma cultura favorável à locação em diferentes segmentos produtivos”, diz ele à Revista M&T.

“Quanto mais os gestores das empresas entenderem as vantagens desse negócio para as operações, mais optarão pelo aluguel de ativos.”

Acompanhe os principais trechos da entrevista.


  • Qual é o estágio atual do país na terceirização de frotas em relação a outras regiões?

A terceirização de frotas é uma tendência global em diversos setores produtivos, mas notamos que, no Brasil, ainda temos um vasto campo de oportunidades nesse segmento. Nos últimos anos, temos observado um crescimento consistente no país na busca por soluções de mobilidade mais eficientes e flexíveis, como a locação.

  • O que falta para o usuário brasileiro adotar definitivamente o uso no lugar da posse do bem?

Não diria que falta algo para isso acontecer. Como disse, já está sendo criada uma cultura favorável à locação em diferentes segmentos. Quanto mais os gestores das empresas entenderem as vantagens desse negócio para as operações, mais optarão pelo aluguel de ativos.

  • Qual é a participação do segmento pesado nos negócios da Unidas?

Atualmente, a gestão de veículos pesados representa 25% na distribuição de capital da companhia. Encerramos o ano de 2024 com uma receita líquida de R$ 932 milhões em gestão e terceirização de veículos pesados e equipamentos, o que significa um avanço significativo de 22,7% na receita líquida da divisão em comparação ao ano anterior.

Para o executivo, está sendo criada uma cultura favorável à locação em diferentes segmentos no país


  • Como foi o desempenho comercial da unidade de pesados no ano passado por segmento de atuação?

De forma geral, o segmento de veículos pesados e equipamentos apresenta bons resultados. Podemos destacar o Ebitda (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization, ou Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, em português), por exemplo, que cresceu 17,1% e alcançou R$ 615 milhões no ano passado. Dentro da Unidas Pesados, trabalhamos de forma segmentada, com 40% da frota dedicada ao agronegócio, 31% ao rodoviário, 15% à mineração e construção e 14% a outros segmentos.

  • Qual é a tendência desse indicador?

O crescimento dos nossos resultados financeiros reforça que estamos em um mercado com oportunidades de expansão. Como contamos com uma plataforma completa de soluções de gestão e locação de caminhões, máquinas e equipamentos pesados – sob o conceito de “one stop shop” –, oferecemos serviços que ajudam a simplificar a vida dos gestores. Isso nos permite expandir continuamente a base de clientes em todo o território nacional.

  • Nesse sentido, até onde a divisão pretende chegar?

Como estratégia corporativa, queremos fortalecer a presença da Unidas Pesados em mercados em que já estamos consolidados, como florestal, agronegócio, sucroalcooleiro e rodoviário, consolidando a operação como uma referência em gestão e terceirização de veículos pesados e equipamentos no país.

  • Quais são os obstáculos para a oferta integrada, incluindo locação, operação e manutenção das frotas?

Tudo é uma questão de cultura. Às vezes, os gestores podem entender que o microgerenciamento é necessário e, por isso, preferem investir o seu tempo na gestão da frota, quando isso poderia estar tranquilamente nas mãos de especialistas, facilitando o dia a dia desses gestores. Porém, nosso objetivo principal é mostrar que a terceirização de frotas, aliada aos serviços de manutenção e gestão, permite que os gestores foquem no que realmente importa para os seus negócios, ou seja, as atividades primárias das próprias operações.

Resultados da empresa reforçam as oportunidades de um mercado em expansão, diz Cariani


  • Como o novo Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa pode beneficiar o cliente?

Lançado no ano passado, o Centro de Controle Operacional monitora o desempenho das máquinas e equipamentos do nosso portfólio atualmente em operação no Brasil, tudo em tempo real, o que permite ao gestor de frotas tomar decisões muito mais rápidas e assertivas. Focados em tecnologia e performance, os nossos especialistas estão atentos a cada detalhe no CCO, buscando garantir os melhores resultados aos clientes a partir desse monitoramento centralizado.

  • Qual é o tamanho atual da frota de pesados e como ela se divide por família?

A frota atual de pesados da Unidas é composta por cerca de 15 mil ativos para locação, que incluem caminhões, colheitadeiras, implementos, tratores, pivôs de irrigação e muitos outros tipos e modelos de máquinas e equipamentos.

  • Como avalia a concorrência crescente no segmento?

Com naturalidade. Considero que a gestão de frotas e locação de equipamentos é um mercado que vem se fortalecendo nos últimos anos, o que evidentemente oferece oportunidades de negócios para diferentes players do setor.

  • De que maneira a descarbonização é um critério para expansão da frota?

No segmento de veículos pesados, especificamente, a descarbonização ainda é um movimento bastante incipiente no Brasil. É evidente que a Unidas acompanha esse movimento e investe constantemente na atualização da frota, mas sempre de acordo com as necessidades dos consumidores e empresas que são nossos clientes.

Frota atual da Unidas é composta por cerca de 15 mil ativos para locação, diz o executivo


  • Quais são as principais tendências tecnológicas para os próximos anos?

A conectividade segue à frente, com a presença de sensores e dispositivos embarcados que permitem o acompanhamento em tempo real de diversos parâmetros dos equipamentos, evitando paradas não programadas e otimizando o uso dos ativos. Os dados levantados por esses sensores e dispositivos são reunidos em plataformas de software, oferecendo dashboards e análises para uma gestão mais eficiente da frota. Em algumas aplicações, como mineração e construção, ainda veremos um aumento na utilização de equipamentos controlados remotamente ou com funcionalidades semiautônomas para tarefas específicas, aumentando a segurança e a produtividade.

  • Nesse sentido, como a inteligência artificial permeia o setor?

Os algoritmos de IA analisam os dados de sensores para identificar padrões e prever falhas em componentes antes que elas ocorram, permitindo intervenções proativas e reduzindo custos com grandes reparos. A IA também auxilia no planejamento de tarefas, na alocação de equipamentos de forma mais eficiente, na otimização do consumo de combustível com base em dados históricos e em tempo real e, até mesmo, no ajuste automático de parâmetros de operação para obtenção da máxima eficiência dos equipamentos.

  • De que maneira isso vale também para as locadoras?

Em breve, as locadoras utilizarão a IA para analisar grandes volumes de dados operacionais e de mercado, tomando decisões mais precisas sobre preços, disponibilidade de equipamentos, necessidades dos clientes e tendências futuras, o que já vem acontecendo em alguns mercados.

  • Como vê o avanço da eletrificação no setor?

No ramo da eletrificação, a crescente preocupação com as emissões de carbono impulsionará a demanda por caminhões, tratores e equipamentos de construção totalmente elétricos ou híbridos. Isso trará benefícios como menor ruído, redução de emissões e custos operacionais mais baixos no longo prazo. Também serão desenvolvidas soluções mais eficientes para o gerenciamento da energia de equipamentos elétricos, incluindo sistemas de carregamento rápido e otimizado, além de tecnologias para o reaproveitamento de energia.

Segundo o diretor, frotas controladas remotamente são tendência na construção e na mineração


  • A mesma lógica se aplica aos acionamentos alternativos e à digitalização?

A pesquisa e o desenvolvimento de combustíveis alternativos, como biometano e hidrogênio, também poderão impactar o setor, oferecendo opções mais sustentáveis para equipamentos que exigem maior autonomia e potência. Já as plataformas digitais tendem a se fortalecer para facilitar a busca, reserva e gestão, tornando o processo de locação mais ágil e transparente para os clientes. Além disso, as plataformas online para compra e venda de equipamentos usados também ganharão relevância ao oferecerem novas oportunidades para as empresas de locação, especialmente no gerenciamento dos ativos ao final dos contratos.

  • Para 2025, qual é a expectativa do setor de pesados no país?

Setores como agricultura, construção civil e mineração têm expectativa de crescimento em 2025, o que provavelmente deve gerar maior demanda por soluções confiáveis que atendam a esses segmentos. Nesse cenário, esperamos que a terceirização de frotas pesadas seja impulsionada também pelo crescimento previsto dos setores que atendemos. Para acompanhar as demandas do mercado, traçamos uma meta de aumentar a nossa frota entre 15% e 20%, expandindo a locação principalmente nos setores de construção e mineração.


Saiba mais:

Unidas Pesados: frotas.unidas.com.br

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