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Modernização da infraestrutura exige investimentos de 4,15% do PIB

CNI apresentou aos presidenciáveis as prioridades nas áreas de transporte, mobilidade urbana, energia, saneamento e telecomunicações

Assessoria de Imprensa

19/09/2018 09h59 | Atualizada em 19/09/2018 19h02

O caminho para a modernização da infraestrutura no Brasil é longo. Demandará um esforço de duas décadas e investimentos pelo menos duas vezes maiores que os atuais R$ 132 bilhões, que correspondem a 2% do PIB nacional.

É preciso alcançar os aportes na área para um patamar mínimo de 4,15% do PIB, o equivalente a R$ 274 bilhões.

As estimativas são do estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Privatizações na Infraestrutura: o que falta fazer?, que lista as medidas prioritárias para o avanço do país nas áreas de transporte, mobilidade urbana, energia, saneamento e telecomunicações.

O trabalho integra uma série

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O caminho para a modernização da infraestrutura no Brasil é longo. Demandará um esforço de duas décadas e investimentos pelo menos duas vezes maiores que os atuais R$ 132 bilhões, que correspondem a 2% do PIB nacional.

É preciso alcançar os aportes na área para um patamar mínimo de 4,15% do PIB, o equivalente a R$ 274 bilhões.

As estimativas são do estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Privatizações na Infraestrutura: o que falta fazer?, que lista as medidas prioritárias para o avanço do país nas áreas de transporte, mobilidade urbana, energia, saneamento e telecomunicações.

O trabalho integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregou no começo de julho aos candidatos à Presidência da República.

Wagner Cardoso, gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, defende mais aportes de recursos da iniciativa privada na gestão da infraestrutura como alternativa para a retomada da competitividade dos produtos brasileiros.

“A crescente queda dos investimentos públicos reforça a necessidade de expansão da participação privada na infraestrutura nacional. Uma medida importante é reforçar a agenda de concessões e privatizações já em andamento no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)”, afirma o gerente.

De acordo com o estudo da CNI, o fator que mais contribuiu para o atraso da infraestrutura no país foi a reduzida capacidade do setor público de investir.

“O histórico de baixo impacto do investimento em infraestrutura no Brasil está diretamente associado à limitada capacidade de execução do Estado – no sentido de planejar, elaborar e escolher os projetos com maior relação benefício-custo, contratar sua execução, fiscalizar e assegurar sua integridade”, destaca o estudo.

Burocracia

A burocracia que cerca a tomada de decisões e os investimentos no setor público inviabiliza muitas vezes as respostas em tempo hábil para os problemas de infraestrutura e logística no Brasil.

O estudo da CNI aponta que legislações e regras voltadas para proteger o erário dificultam e atrasam o tempo de reação da empresa aos desafios do mercado.

“A atuação do gestor público é limitada tanto pela legislação quanto pela interpretação dos órgãos reguladores. A sua pessoa física pode ser diretamente responsabilizada à atividade de gestão, uma vez que sua atuação não influenciaria apenas a sociedade da empresa, mas a sociedade como um todo”, detalha o estudo.

“Na administração de uma empresa estatal, as vontades do governo eleito influenciam as decisões”, acrescenta.

Estudo

Os 43 documentos com propostas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o novo governo foram elaborados com base no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, que aponta os caminhos para o Brasil construir, nos próximos quatro anos, uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.

Os estudos sugerem ações em áreas como eficiência do estado, segurança jurídica, infraestrutura, tributação, educação, meio ambiente, inovação, financiamento e segurança pública.

As propostas foram discutidas com os presidenciáveis durante o Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República, que reuniu cerca de 2 mil líderes empresariais em 4 de julho, em Brasília. A CNI apresenta as propostas da indústria aos presidenciáveis desde a eleição de 1994.

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