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Revista M&T - Ed.145 - Abril 2011
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Lubrificação

Tecnologias otimizam o abastecimento em campo

Diferentes tipos de comboios de lubrificação ganham aplicações na construção, mineração e indústria sucroalcooleira

O mercado brasileiro de comboios de lubrificação deve encerrar este ano com um consumo médio de mais de 300 unidades por mês. Essa é uma avaliação da Bozza, um dos principais fabricantes desse tipo de equipamento, cujas vendas se concentram basicamente nos setores de construção e mineração. Há poucos meses, porém, a empresa vem aumentando a comercialização para a indústria sucroalcooleira, onde a Gascom, outro player do setor, concentra cerca de 90% dos seus negócios.

A aposta da Bozza nesse segmento se deve ao recente lançamento dos modelos de comboios pressurizados, que passaram a fazer parte da sua linha de produtos. Os equipamentos podem ser considerados intermediários em relação à velocidade de abastecimento e encontram forte demanda nas usinas de açúcar e álcool. Eles ficam entre os pneumáticos, cuja velocidade de abastecimento não ultrapassa os 15 l/min, e os hidráulicos, que alcançam até 90 l/min, dependendo do fabricante. “Os pressurizados alcançam até 25 l/min, que é uma produtividade satisfatória para o abastecimento de lubrificantes em grande parte das frotas de equipamentos móveis”, diz Guilherme Baraldi Neto, engenheiro de vendas da Bozza.

Essa é a faixa de velocidade de abastecimento requerida pela indústria sucroalcooleira na maioria dos casos e o que explica a grande representatividade da Gascom nesse setor. “Apesar de também oferecermos as tecnologias hidráulicas e pneumáticas, os pressurizados ganham mercado pelo menor custo de aquisição e pela manutenção simplificada”, avalia Lázaro Cassaro, responsável por desenvolvimento de produto na Gascom. “Diferentemente dos comboios hidráulicos e pneumáticos, que utilizam bombas e uma série de outros componentes, os equipamentos pressurizados realizam o abastecimento por pressão, dispensando a necessidade dessas peças”, ele complementa.

Tendência
Apesar da preferência do setor sucroalcooleiro pelos modelos pressurizados, o especialista da Bozza adverte que a realidade é bem diferente nas mineradoras e canteiros de construção civil, onde os modelos hidráulicos têm grande representatividade. “Há uma tendência mundial de lubrificação a granel, com a substituição dos tambores e frasc


O mercado brasileiro de comboios de lubrificação deve encerrar este ano com um consumo médio de mais de 300 unidades por mês. Essa é uma avaliação da Bozza, um dos principais fabricantes desse tipo de equipamento, cujas vendas se concentram basicamente nos setores de construção e mineração. Há poucos meses, porém, a empresa vem aumentando a comercialização para a indústria sucroalcooleira, onde a Gascom, outro player do setor, concentra cerca de 90% dos seus negócios.

A aposta da Bozza nesse segmento se deve ao recente lançamento dos modelos de comboios pressurizados, que passaram a fazer parte da sua linha de produtos. Os equipamentos podem ser considerados intermediários em relação à velocidade de abastecimento e encontram forte demanda nas usinas de açúcar e álcool. Eles ficam entre os pneumáticos, cuja velocidade de abastecimento não ultrapassa os 15 l/min, e os hidráulicos, que alcançam até 90 l/min, dependendo do fabricante. “Os pressurizados alcançam até 25 l/min, que é uma produtividade satisfatória para o abastecimento de lubrificantes em grande parte das frotas de equipamentos móveis”, diz Guilherme Baraldi Neto, engenheiro de vendas da Bozza.

Essa é a faixa de velocidade de abastecimento requerida pela indústria sucroalcooleira na maioria dos casos e o que explica a grande representatividade da Gascom nesse setor. “Apesar de também oferecermos as tecnologias hidráulicas e pneumáticas, os pressurizados ganham mercado pelo menor custo de aquisição e pela manutenção simplificada”, avalia Lázaro Cassaro, responsável por desenvolvimento de produto na Gascom. “Diferentemente dos comboios hidráulicos e pneumáticos, que utilizam bombas e uma série de outros componentes, os equipamentos pressurizados realizam o abastecimento por pressão, dispensando a necessidade dessas peças”, ele complementa.

Tendência
Apesar da preferência do setor sucroalcooleiro pelos modelos pressurizados, o especialista da Bozza adverte que a realidade é bem diferente nas mineradoras e canteiros de construção civil, onde os modelos hidráulicos têm grande representatividade. “Há uma tendência mundial de lubrificação a granel, com a substituição dos tambores e frascos pequenos”, intervém Elizabeth Bozza, diretora da empresa que leva o seu sobrenome.

Segundo ela, essa substituição deve ser concluída num período não muito longo. “Há vários motivos para isso, como as leis ambientais, que já limitam o uso de vasilhames e responsabilizam toda essa cadeia, desde quem fabrica o lubrificante até quem descarta o material.” A especialista reforça que a compra de lubrificantes em grande quantidade também melhora as condições de negociação dos gestores de equipamentos com a indústria petrolífera, além do armazenamento a granel diminuir a possibilidade de contaminação dos materiais e reduzir a necessidade de descarte das embalagens.

Com essa tendência identificada por Elizabeth, as instalações de lubrificação podem seguir uma espécie de efeito escada, na qual o canteiro central fica equipado com reservatórios de alta capacidade de armazenamento para o abastecimento de comboios de lubrificação ou de postos avançados no canteiro. Esse tipo de instalação já é realidade em obras de grande porte. A Bozza, por exemplo, oferece tanques com capacidade de armazenagem de até 22 mil l, equipados com bombas que atingem uma vazão de até 300 l/min.

Mudanças no mercado
A tendência de armazenamento de combustíveis e lubrificantes a granel nos canteiros de obras deve refletir também no mercado de comboios de lubrificação e abastecimento, que deverão ter velocidades de abastecimento cada vez maiores. De olho nessa demanda, a Bozza lançou a tecnologia de comboios semi-hidráulicos pressurizados. Trata-se de um sistema hidráulico que aciona simultaneamente ou individualmente o compressor de ar e o conjunto de abastecimento, possibilitando também a movimentação dos lubrificantes disponíveis no implemento.

A movimentação dos lubrificantes é realizada através da pressurização. “O benefício dessa tecnologia é o seu sistema de auto-abastecimento a vácuo para os óleos lubrificantes, dando total independência ao implemento e diminuindo riscos de contaminação”, diz Baraldi.

Para Cassaro, da Gascom, as grandes obras de infraestrutura em realização no Brasil figuram como os principais consumidores dessas estruturas maiores de abastecimento de combustível e lubrificante. “São nesses projetos que se encontram as oportunidades para os comboios de lubrificação de elevada capacidade e velocidade de abastecimento”, diz ele. Como exemplo, o especialista cita a quantidade de consultas recebidas dessas obras para a aquisição de modelos hidráulicos, com velocidade de abastecimento de óleo motor de até 90 l/min.

De olho nesse mercado, a Gascom também apresentou o Prolub Press, que realiza as funções de suprimento de óleos hidráulicos e lubrificantes por impulsão a baixa pressão, eliminando a presença de propulsoras pneumáticas ou bombas e motores hidráulicos. De acordo com a empresa, essa tecnologia proporciona vazões até três vezes superiores à dos comboios pneumáticos e possui compartimentos fechados, para proteger os lubrificantes contra contaminação.

O Prolub Press também é dotado de carretéis retráteis, com retração por mola, o que evita que as mangueiras se arrastem pelo chão. Além disso, as mangueiras são mais extensas, medindo 15 m de comprimento, o que pode otimizar o trabalho dos reservatórios pressurizados no abastecimento em campo.

Controle de abastecimento
A evolução dos comboios de lubrificação também engloba sistemas capazes de reduzir o desperdício e/ou furto de combustíveis, motivo pelo qual 100% das centrais de abastecimento e comboios de lubrificação já saem de fábrica com medidores instalados, segundo a Bozza. No que diz respeito ao controle de abastecimento de lubrificantes, a empresa recomenda a instalação de medidores digitais, que dão o controle instantâneo da aplicação e memorizam a quantidade abastecida no dia.

A Gascom também equipa os seus comboios com medidores. A empresa assegura uma precisão de 99,85% no controle de combustível do modelo Prolub Press, que vem com medidor mecânico dotado de contador de cinco dígitos e totalizador de oito dígitos.

A aplicação de medidores pode ser combinada com o uso de coletores de dados. Essa tecnologia é disponibilizada por empresas especializadas, que realizam a instalação diretamente para o frotista. A CTF e a Unidata são duas das empresas que oferecem esse tipo de sistema. Para a primeira, os comboios são os mais preocupantes, pois geralmente eles não oferecem controle sobre o que está sendo abastecido em campo. Nesses casos, o coletor consiste em um anel, instalado no bico da bomba de abastecimento, e em uma antena junto à entrada do comboio. Assim, o bico da bomba fica em contato constante com o comboio durante o abastecimento e só libera a operação em equipamento autorizado.

Esse mesmo sistema pode ser instalado no posto fixo de abastecimento, que identifica quais comboios e equipamentos móveis podem receber o carregamento. A CTF também desenvolveu uma versão do sistema para instalação dentro da cabine do comboio, com a antena no bico da mangueira. Outra antena do mesmo tipo é instalada no equipamento off road e, assim, a bomba de abastecimento do comboio só liga se o bico da mangueira estiver colocado em um equipamento autorizado.

 

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