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PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre e afasta risco de recessão técnica

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que inclui o que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação, avançou 3,2% no 2º trimestre, após queda de 1,6% no 4º trimestre de 2018 e recuo de 1,2% no 1º trimestre

G1

03/09/2019 11h00 | Atualizada em 03/09/2019 11h25

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo divulgou na semana passada o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2019 totalizou R$ 1,780 trilhão.

O resultado, embora reforce a leitura de maior fraqueza da economia em 2019, veio um pouco acima do esperado pelo mercado e afastou o risco de entrada do país em uma recessão técnica, caracterizada por dois trimestres seguidos de retração do PIB.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A alta no 2º trimestre foi puxada, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. Pela ótica da despesa, a taxa de investimento avançou 3,2% e o consumo das famílias cresceu 0,3%, enquanto que o consumo do governo recuou 1%.

Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1% no 2º trimestre, ante avanço de 0,5% nos 3 primeiros meses do ano. O ritmo de recupe

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo divulgou na semana passada o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2019 totalizou R$ 1,780 trilhão.

O resultado, embora reforce a leitura de maior fraqueza da economia em 2019, veio um pouco acima do esperado pelo mercado e afastou o risco de entrada do país em uma recessão técnica, caracterizada por dois trimestres seguidos de retração do PIB.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A alta no 2º trimestre foi puxada, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. Pela ótica da despesa, a taxa de investimento avançou 3,2% e o consumo das famílias cresceu 0,3%, enquanto que o consumo do governo recuou 1%.

Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1% no 2º trimestre, ante avanço de 0,5% nos 3 primeiros meses do ano. O ritmo de recuperação, entretanto, segue abaixo do registrado no final de 2018.

“Não dá para afirmar que há recuperação, precisamos de um período maior de análise”, afirmou a gerente de contas trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio.

Construção civil reage e investimentos voltam a crescer

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que inclui o que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação, avançou 3,2% no 2º trimestre, após queda de 1,6% no 4º trimestre de 2018 e recuo de 1,2% no 1º trimestre.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2019 ficou em 15,9% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,3%), mas ainda em patamar muito baixo.

No final de 2013, antes do início da recessão, estava em 20,9%. Já a taxa de poupança foi de 15,2%, ante 15,8% no mesmo período de 2018.

"No caso dos investimentos, o mais importante foi a virada da construção, que tem um peso muito importante”, afirmou a gerente de Contas Nacionais, Rebeca de La Rocque, destacando que essa atividade responde por em torno de 50% da FBCF.

A construção civil avançou 1,9% na comparação com o 1º trimestre. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, subiu 2% – primeira alta após 20 trimestres consecutivos de queda nessa comparação.

Segundo o IBGE, o que contribui para a melhora do setor foi foi alta de 0,9% na ocupação e o crescimento nominal de 10,7% de financiamento imobiliário. O IBGE observou, no entanto, que não houve retomada de obras de infraestrutura.

“Mais uma vez, vemos o consumo das famílias influenciando a demanda, além de ter puxado o aumento do comércio varejista. Já o comércio por atacado cresceu graças às indústrias de transformação, principalmente a metalurgia e produção de máquinas e equipamentos. Junto com a importação, a produção doméstica de bens de capital e a construção explicam a aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo”, disse Claudia.

Os números do IBGE mostraram ainda que a necessidade de financiamento do país saltou de R$ 1,8 bilhão no 2º trimestre de 2018 para R$ 11 bilhões no 2º trimestre de 2019. Isso porque houve redução de R$ 1,5 bilhão do saldo externo de bens e serviços ante um aumento de R$ 8,8 bilhões na renda líquida de propriedade enviada ao exterior.

Perspectivas para o ano

Segundo economistas ouvidos pelo G1, o crescimento de 0,4% da economia brasileira no segundo trimestre coloca o PIB esperado para 2019 mais perto de 1%. Mas a recuperação é lenta e ainda depende da agenda de reformas.

De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa dos analistas do mercado financeiro é de uma alta do PIB de 0,80%, ante um avanço que no início do ano era estimado em 1,3%. Para 2020, a previsão de crescimento passou de 2,2% para 2,1%.

Em 2018, a economia brasileira cresceu 1,1%, após alta de 1,1% em 2017, e retrações de 3,5% em 2015, e 3,3% em 2016.

Na visão dos analistas, o impacto de medidas como liberação do FGTS e PIS, e a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência podem contribuir para alguma melhora do consumo e da confiança no 2º semestre.

Por outro lado, a piora no cenário externo trouxe ainda mais incertezas para os próximos meses, em meio ao acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos, piora da situação da Argentina e temores de uma nova recessão global.

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