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Mineradora Sigma investirá R$ 230 milhões para produzir lítio

A extração comercial é prevista para começar no 1º trimestre de 2019. O ponto de partida deve ser a abertura do capital

Valor Econômico

17/01/2018 08h56 | Atualizada em 24/01/2018 12h14

A Sigma Mineração, subsidiária da Sigma Lithium Resources, companhia com sede no Canadá, mas de origem brasileira, quer levantar R$ 230 milhões neste ano para investir em um projeto de lítio no Vale do Jequitinhonha, de Minas Gerais.

O objetivo é explorar uma reserva considerável e se beneficiar do grande consumo esperado da matéria-prima para as próximas décadas, principalmente por conta de carros elétricos.

A extração comercial é prevista para começar no 1º trimestre de 2019. O ponto de partida deve ser a abertura do capital.

A mineradora pretende realizar uma oferta pública inicial de ações na bolsa de Toronto e conseguir cerca de um terço dos recursos necessários para investir até março.

Mais 33% provavelmente virão de endividamento e o restante, de investimentos estrangeiros. Atualmente, a empresa é controlada por um fundo de participações da A10 Investimentos, uma gestora de recursos que tem 80% do capital da Sigma.

Os outros 20% das ações pertencem aos executivos e credores. A equipe montada para colocar o projeto nos trilhos tem larga experiência no setor.

Itamar Resende, presidente da companhia, é engenheiro metalúrgico e trabalha com mineração há pel

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A Sigma Mineração, subsidiária da Sigma Lithium Resources, companhia com sede no Canadá, mas de origem brasileira, quer levantar R$ 230 milhões neste ano para investir em um projeto de lítio no Vale do Jequitinhonha, de Minas Gerais.

O objetivo é explorar uma reserva considerável e se beneficiar do grande consumo esperado da matéria-prima para as próximas décadas, principalmente por conta de carros elétricos.

A extração comercial é prevista para começar no 1º trimestre de 2019. O ponto de partida deve ser a abertura do capital.

A mineradora pretende realizar uma oferta pública inicial de ações na bolsa de Toronto e conseguir cerca de um terço dos recursos necessários para investir até março.

Mais 33% provavelmente virão de endividamento e o restante, de investimentos estrangeiros. Atualmente, a empresa é controlada por um fundo de participações da A10 Investimentos, uma gestora de recursos que tem 80% do capital da Sigma.

Os outros 20% das ações pertencem aos executivos e credores. A equipe montada para colocar o projeto nos trilhos tem larga experiência no setor.

Itamar Resende, presidente da companhia, é engenheiro metalúrgico e trabalha com mineração há pelo menos duas décadas.

Ana Cabral-Gardner, representante da A10 no conselho, cuidou da privatização da Vale, à época no Merrill Lynch. E Tadeu Carneiro, também conselheiro, é ex-presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), de nióbio.

Para Resende, um grande desafio será levar a cabo essa janela curta para o pontapé inicial.

Faltam, além do capital, licenças para a exploração da matéria-prima em território mineiro.

"Mas, vemos como principal desafio hoje a importação da tecnologia de separação por meio denso", afirma.

"Esse processo, embora consolidado no exterior, ainda não tem muita tradição no Brasil."

O objetivo é abrir capital e fazer uma oferta pública inicial de ações em Toronto para captar 33% dos recursos A própria exploração do metal não é tradicional no país.

A expectativa da Sigma é terminar o ano que vem já em um ritmo de produção de 240 mil toneladas anuais de concentrado, um produto que deve ter uma concentração média de 6% a 8% do óxido de lítio.

As reservas mapeadas do material até esse projeto eram de 50 mil toneladas, apenas 1,5% do total no mundo, desconsiderando os dados da Bolívia, que não possui dados suficientes provados.

Ou seja, em apenas um ano a expectativa é que a Sigma produza quase um terço de todas as reservas lavráveis até então. "Somos parte de uma corrida mundial pelo lítio e se abre uma janela de oportunidades", opina Carneiro.

"Nossa tese é que a exploração de uma área assim abre espaço para a criação de pequenos centros produtores regionais, que avancem na cadeia", explica Ana.

Até recentemente, a maior parte do lítio produzido no mundo era utilizado na fabricação de vidros e cerâmicas. Com o advento dos veículos elétricos e a busca por um tipo de bateria que pudesse alimentar esses automóveis, contudo, esse segmento ganhou corpo e hoje é o destino mais importante do metal.

 

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