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Revista M&T - Ed.278 - Outubro 2023
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COLUNA DO YOSHIO

Vivenciando a intermodalidade

A malha ferroviária nipônica conta com alta capilaridade, podendo-se chegar a qualquer lugar de trem, algumas vezes finalizando o ‘last mile’ com ônibus

Como seria uma viagem de turismo feita totalmente por trem? No Brasil, essa ainda não é uma experiência tão comum como ocorre em outros países, em que constitui a única maneira acessível.

Refiro-me especificamente ao Japão, onde planejei alugar um carro e aventurar-me pela ilha de Hokkaido, mesmo com a direção sendo no lado direito do veículo.

Mas a surpresa veio logo depois, quando uma agência de viagem me informou que, em décadas de atividades, nunca havia tratado de locação de automóveis naquele país.

Logo descobri que o Brasil não faz parte da Convenção de Genebra para o protocolo de direção, mas sim de Viena. Ou seja, embora o Brasil permita a condução para visitantes com carteira do Japão, a recíproca não é verdadeira, pois não podemos dirigir lá.

Assim, a alternativa para conhecer locais remotos fica por conta dos trens. Felizmente, a malha ferroviária nipônica conta com alta capilaridade, podendo-se chegar a qualquer lugar de trem, algumas vezes finalizando o “last mile” (última milha) com ônibus.

Além disso, um passe de trem (“Rail Pass”) resolve a necessidade das compras frequentes de passagens, facilitando muito a viagem, com total flexibilidade.

Sem desviarmos demasiadamente do tema do nosso espaço, é claro que tudo isso representa uma infraestrutura invejável de transporte coletivo, da qual falamos e ouvimos muito, mas que pouco vivenciamos no Brasil.

Claro que sempre há alguns incômodos com respeito às bagagens, mas daí temos outra infraestrutura surpreendente para transporte de carga pessoal.

É possível despachar a bagagem ao próximo hotel para chegar em 48 h no máximo. Leva-se a bagagem de mão necessária para o período de se enviar as malas ao próximo destino.

Apesar da desconfiança inicial, a confiabilidade é tão elevada que a solução se torna parte


Como seria uma viagem de turismo feita totalmente por trem? No Brasil, essa ainda não é uma experiência tão comum como ocorre em outros países, em que constitui a única maneira acessível.

Refiro-me especificamente ao Japão, onde planejei alugar um carro e aventurar-me pela ilha de Hokkaido, mesmo com a direção sendo no lado direito do veículo.

Mas a surpresa veio logo depois, quando uma agência de viagem me informou que, em décadas de atividades, nunca havia tratado de locação de automóveis naquele país.

Logo descobri que o Brasil não faz parte da Convenção de Genebra para o protocolo de direção, mas sim de Viena. Ou seja, embora o Brasil permita a condução para visitantes com carteira do Japão, a recíproca não é verdadeira, pois não podemos dirigir lá.

Assim, a alternativa para conhecer locais remotos fica por conta dos trens. Felizmente, a malha ferroviária nipônica conta com alta capilaridade, podendo-se chegar a qualquer lugar de trem, algumas vezes finalizando o “last mile” (última milha) com ônibus.

Além disso, um passe de trem (“Rail Pass”) resolve a necessidade das compras frequentes de passagens, facilitando muito a viagem, com total flexibilidade.

Sem desviarmos demasiadamente do tema do nosso espaço, é claro que tudo isso representa uma infraestrutura invejável de transporte coletivo, da qual falamos e ouvimos muito, mas que pouco vivenciamos no Brasil.

Claro que sempre há alguns incômodos com respeito às bagagens, mas daí temos outra infraestrutura surpreendente para transporte de carga pessoal.

É possível despachar a bagagem ao próximo hotel para chegar em 48 h no máximo. Leva-se a bagagem de mão necessária para o período de se enviar as malas ao próximo destino.

Apesar da desconfiança inicial, a confiabilidade é tão elevada que a solução se torna parte da viagem. Creio que a principal empresa seja a Yamato (“Gato Preto”), que cobre o país todo. Em todos os hotéis há o serviço de despacho de bagagens.

Nas cidades, os terminais de ônibus estão posicionados ao lado das estações de trem, que é o meio mais prático de chegar aos aeroportos. Em geral, os hotéis também ficam próximos das estações.

Desse modo, a intermodalidade é praticada amplamente – e não apenas para rotas específicas e áreas de maior movimentação.

Os trens podem ter composições longas ou apenas um único vagão de “rail car”, e caminhões e ônibus podem ser grandes ou pequenos, conforme a necessidade.

Não deixa de ser frustrante não poder dirigir por conta própria, mas vivenciar a integração e a intermodalidade é uma experiência interessante para quem viaja.


*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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