Considerada fator principal para a elevação da competitividade brasileira, a área de infraestrutura vem passando por um período de definições estratégicas nos últimos anos.

Por um lado, os governos federal, estadual e municipal vêm anunciando programas e aportes bilionários nesse segmento. Por outro lado, o percentual de investimento dos principais setores que compõe a infraestrutura energia, saneamento e transportes – em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) apresenta uma ínfima variação desde 2008.

A previsão é que, este ano, esse índice alcance 1,97%, considerando a soma dos três segmentos. Individualmente, a estimativa é que a área de transportes obtenha 0,96%, enquanto energia registre 0,81% e saneamento, 0,2%.

A análise de tal cenário provém da pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018, que aponta 8.300 obras em andamento e em projeto e intenção, cujo montante estimado chega a expressivo R$ 1,19 trilhão para o período entre 2013 e 2018.

A pesquisa mostra que, em termos de investimentos, o setor com maior participação é o de transportes, com um montante estimado de R$ 369,6 bilhões, que equivale a 30,94% do total calculado. Na sequência, aparece a área de óleo & gás, com aportes de R$ 346,6 bilhões, o que corresponde a 29,02%.

Em terceiro, está o setor de energia, com 16,41%. Os demais segmentos contemplados na pesquisa, por ordem de participação, são indústria, saneamento, infraestrutura de habitação e infraestrutura esportiva.

De acordo com Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, em termos regionais, com 49,36% dos recursos, o sudeste responde pela maior fatia, seguido pelo nordeste, com 23,33%.

“O que impulsiona a região sudeste são os aportes financeiros ligados ao pré-sal, além de investimentos em rodovias, ferrovias e mobilidade urbana”, avalia Daniel

Encomendado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração às empresas CriActive e e8 Inteligência, o levantamento compilou informações de cerca de 1.200 fontes primárias e secundárias para apresentar as perspectivas de oito setores da economia, seus principais projetos e aportes financeiros disponíveis.