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Linha de financiamento para máquinas e equipamentos pode ser estendida

Brasil Econômico

15/09/2010 11h05 | Atualizada em 15/09/2010 15h14

Prorrogado inicialmente até março do próximo ano, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) tem grandes chances de sobreviver à mudança de governo, e permanecer no cardápio de produtos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelos próximo quatro anos. Porém, diante de um descasamento de R$ 60 bilhões no orçamento previsto para o próximo ano - diferença entre o orçamento disponível e a demanda prevista por recursos no ano que vem -, a manutenção está condicionada a um verdadeiro regime de emagrecimento das condições de financiamento do BNDES.

A instituição deverá ser menos "generosa" daqui para frente, e terá de ampliar as taxas do programa – hoje, na média, em 5,5% -, que evitou um tombo maior da economia brasileira no ano passado. O Comitê de Orçamento do banco estatal identificou o valor de R$ 60 bilhões como sendo a diferença entre oferta e demanda de crédito da instituição. Interlocutores do governo revelam, no entanto, que o banco aguarda o resultado eleitoral para discutir soluções para essa diferença. Mesmo assim, o aporte do Tesouro, se ocorrer, deverá se limitar a valores bem abaixo de R$ 60 bilhões.

"O banco deverá cobrir essa diferença com ajustes nas condições dos financiamentos, seja pelo aumento das taxas cobradas, se

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Prorrogado inicialmente até março do próximo ano, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) tem grandes chances de sobreviver à mudança de governo, e permanecer no cardápio de produtos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelos próximo quatro anos. Porém, diante de um descasamento de R$ 60 bilhões no orçamento previsto para o próximo ano - diferença entre o orçamento disponível e a demanda prevista por recursos no ano que vem -, a manutenção está condicionada a um verdadeiro regime de emagrecimento das condições de financiamento do BNDES.

A instituição deverá ser menos "generosa" daqui para frente, e terá de ampliar as taxas do programa – hoje, na média, em 5,5% -, que evitou um tombo maior da economia brasileira no ano passado. O Comitê de Orçamento do banco estatal identificou o valor de R$ 60 bilhões como sendo a diferença entre oferta e demanda de crédito da instituição. Interlocutores do governo revelam, no entanto, que o banco aguarda o resultado eleitoral para discutir soluções para essa diferença. Mesmo assim, o aporte do Tesouro, se ocorrer, deverá se limitar a valores bem abaixo de R$ 60 bilhões.

"O banco deverá cobrir essa diferença com ajustes nas condições dos financiamentos, seja pelo aumento das taxas cobradas, seja pela redução do percentual de cobertura dos empréstimos", avisa uma fonte do banco. "Hoje, os recursos via Finame, por exemplo, cobrem até 100% dos investimentos. Deverão passar a cobrir só 80% daqui para frente".

Apesar do ajuste nas condições, essa mesma fonte revelou que o banco terá que recorrer a novas soluções para atender a demanda projetada para o próximo ano. Com a tendência de queda dos juros para 2011, o cenário do próximo ano se revela promissor, por exemplo, para a emissão das novas Letras do Desenvolvimento Econômico (LDE), um novo título em discussão no banco, cujo lançamento deverá contribuir para preencher a necessidade de funding do BNDES.

Esses mesmos interlocutores revelam que a decisão de prorrogar o PSI por mais três meses teve por objetivo assegurar uma espécie de transição, até março de 2011, para evitar o que executivos do governo classificam como corrida especulativa pelos recursos do BNDES. Temia-se que, diante da suspensão em 31 de dezembro, o setor privado pressionasse o já espremido orçamento do banco estatal. "Com mais três meses, o novo governo poderá avaliar de forma mais confortável a possibilidade, já em estudo, de manutenção do PSI", confirmou uma fonte próxima ao BNDES.

Visto como elemento fundamental nas políticas anticíclicas, o PSI foi elogiado recentemente pelo candidato José Serra, que pregou não somente a manutenção, mas a ampliação do programa diante de empresários em evento na Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que a manutenção do programa por mais um trimestre pode contribuir para que as decisões de investimentos dos empresários sigam firmes, principalmente durante o processo de transição de governo. "Queremos que o fluxo de investimentos continue, ainda mais agora sabendo que pelo menos no início do próximo ano ainda haverá essa forma de empréstimo”, disse. Segundo ele, o PSI foi um sucesso e ajuda a elevar a capacidade instalada, gerando menor pressão inflacionária para o futuro.

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