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Desafios da indústria da construção

Para 2017 era esperado o início da recuperação das atividades. A Fundação Getulio Vargas (FGV) estimou um crescimento de 0,5% para o ano

Valor Econômico

30/05/2017 16h35 | Atualizada em 08/06/2017 12h54

A indústria da construção caminha para o quarto ano de retração. Entre 2014 e 2016 o PIB setorial recuou 13,3% e o nível de emprego caiu 14,3%.

Para 2017 era esperado o início da recuperação das atividades. A Fundação Getulio Vargas (FGV) estimou um crescimento de 0,5% para o ano.

Mas, a lenta retomada econômica, a instabilidade política e a insegurança jurídica nos contratos levaram a FGV registar um declínio na confiança dos empresários do setor a partir de abril, e, consequentemente, a uma menor disposição ao investimento.

"Há um clima de incerteza em um horizonte já conturbado para o setor de construção e a economia brasileira, os projetos de infraestrutura não vão andar se houver insegurança", diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC).

Na semana passada, empresários e líderes da construção civil se reuniram em Brasília no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) para debater os problemas que afligem o setor e encaminhar sugestões ao Executivo e Legislativo.

Um grupo de 30 empresários da construção liderados por Martins levou ao presidente Michel Temer um conjunto de propostas, entre elas o estímulo à

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A indústria da construção caminha para o quarto ano de retração. Entre 2014 e 2016 o PIB setorial recuou 13,3% e o nível de emprego caiu 14,3%.

Para 2017 era esperado o início da recuperação das atividades. A Fundação Getulio Vargas (FGV) estimou um crescimento de 0,5% para o ano.

Mas, a lenta retomada econômica, a instabilidade política e a insegurança jurídica nos contratos levaram a FGV registar um declínio na confiança dos empresários do setor a partir de abril, e, consequentemente, a uma menor disposição ao investimento.

"Há um clima de incerteza em um horizonte já conturbado para o setor de construção e a economia brasileira, os projetos de infraestrutura não vão andar se houver insegurança", diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC).

Na semana passada, empresários e líderes da construção civil se reuniram em Brasília no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) para debater os problemas que afligem o setor e encaminhar sugestões ao Executivo e Legislativo.

Um grupo de 30 empresários da construção liderados por Martins levou ao presidente Michel Temer um conjunto de propostas, entre elas o estímulo às concessões e as Parcerias Público-Privadas (PPPs) no âmbito federal, mas, também nos munícipios.

As propostas incluem o lançamento de editais para aeroportos regionais e armazéns, leilões de pequenas centrais de hidrelétricas, renegociação das dívidas das carteiras imobiliárias das incorporadoras e a aprovação das reformas estruturais, como a trabalhista e previdenciária.

Presente no 89º Enic, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse que as reformas estruturais podem elevar o potencial do PIB para os próximos dez anos de 2,3% ao ano para 3,7%.

José Romeu Ferraz Neto, presidente do Sindicato da Indústria de Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), diz que 2017 está sendo muito pior que o previsto, tanto em relação à indústria imobiliária residencial e comercial quanto em concessões de obras públicas.

"Só teremos um horizonte azul a partir de 2018 se as reformas avançarem e o país recuperar fôlego para investir e as concessões e PPPs deslancharem."

No mercado imobiliário, as 20 maiores incorporadoras do país lançaram 69,8 mil unidades residenciais em 2016, uma queda significativa em relação ao primeiro ano da crise no setor, 2014, quando os lançamentos somaram 75 mil unidades.

No entanto, 44,2 mil das residências vendidas no ano passado foram alvo de distratos, ou seja, o cancelamento das vendas.

 

 

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