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Brasil recicla apenas 0,6% de entulho

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Abrecon, que apontou, ainda, que 50% dos municípios brasileiros seguem destinando seus resíduos sólidos em aterros sanitários, lixões, ou locais irregulares

DCI

09/01/2019 09h26 | Atualizada em 09/01/2019 12h26

A realidade da reciclagem na construção civil ainda é desafiadora, apesar da reutilização de resíduos estar ganhando cada vez mais força. Diariamente são geradas no país 290,5 mil toneladas de resíduos de construção e demolição, sendo apenas 0,6% reaproveitado desse total.

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que apontou, ainda, que 50% dos municípios brasileiros seguem destinando seus resíduos sólidos em aterros sanitários, lixões, ou locais irregulares.

“Esses resíduos podem ser comercializados, encaminhados para usinas de reciclagem e reaproveitados como agregados de concreto em obras não estruturais, como aterros, pavimentação, fabricação de artefatos de concreto”, comenta Hewerton Bartoli, presidente da associação.

Segundo o diretor da associação, ainda que o descarte adequado (em usinas públicas ou privadas) seja uma obrigação legal das incorporadoras e construtoras, a falta de fiscalização compromete o cumprimento da lei.

“O que vemos é um enorme entulho descartado em locais ilegais. Poucas cidades têm conhecimento da destinação correta de seus r

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A realidade da reciclagem na construção civil ainda é desafiadora, apesar da reutilização de resíduos estar ganhando cada vez mais força. Diariamente são geradas no país 290,5 mil toneladas de resíduos de construção e demolição, sendo apenas 0,6% reaproveitado desse total.

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), que apontou, ainda, que 50% dos municípios brasileiros seguem destinando seus resíduos sólidos em aterros sanitários, lixões, ou locais irregulares.

“Esses resíduos podem ser comercializados, encaminhados para usinas de reciclagem e reaproveitados como agregados de concreto em obras não estruturais, como aterros, pavimentação, fabricação de artefatos de concreto”, comenta Hewerton Bartoli, presidente da associação.

Segundo o diretor da associação, ainda que o descarte adequado (em usinas públicas ou privadas) seja uma obrigação legal das incorporadoras e construtoras, a falta de fiscalização compromete o cumprimento da lei.

“O que vemos é um enorme entulho descartado em locais ilegais. Poucas cidades têm conhecimento da destinação correta de seus resíduos e menos ainda controlam a gestão para o município”, avalia.

Segundo a pesquisa, no ano de 2015 o país somava 300 usinas de reciclagem de entulho. Em 2018 esse número saltou para 360, crescimento de 20% mesmo diante da diminuição da atividade da construção no período da crise econômica.

“A quantidade de entulho gerada em 2015 era algo em torno de 87 milhões de toneladas por ano, e hoje são 105 milhões de toneladas por ano. Ou seja, houve um aumento significativo na quantidade de entulho gerada, porém, sem tratamento e destinação correta”, reforça Hewerton.

Ainda de acordo com a pesquisa, as usinas de reciclagem de entulho estão operando com aproximadamente 35% de capacidade máxima, devido, principalmente, a uma possível redução de geração e de demanda por material obtido por meio da reciclagem.

Custos

De acordo com a consultoria I&T – Gestão de Resíduos, as prefeituras gastam algo em torno de R$ 113 por metro cúbico na destinação do resíduo. O custo por caminhão chega a R$ 1,2 mil, em média.

Se o entulho não for coletado, os gastos públicos podem atingir proporções maiores em saúde da população, pois poderão ser de aproximadamente R$ 409 por dia com internação, caso alguém seja hospitalizado devido a alguma doença provocada por fatores associados ao entulho, como dengue, leptospirose etc.

A informação é do DataSUS – Ministério da Saúde. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) menos da metade dos municípios apresentaram seus planos de resíduos sólidos, realidade que resulta em custos altíssimos na gestão dos resíduos e problemas graves na saúde pública.

“É sim um pouco mais caro para as empresas o descarte de forma correta, mas é lei e, se isso não for cumprido, outro alguém pagará a conta”, finaliza Torres.

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